sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

É o Bacalhau, caralho.

Em virtude do sistemático apelo ao cinismo que é comum ser convocado a propósito das minhas ingénuas e prosélitas tentativas de converter todo o meio literário português num esforço de contínua superação das grandes obras textuais da humanidade, desta feita sou eu que aqui venho apelar - por meio de toda a potência sarcástico-irónica que é possível conjugar num indivíduo demasiado tempo exposto a tragédias sentimentais - para que toda a comunidade entenda as declarações de Sua Excelência o Grande Motivador Inspirador e Condutor da nação em armas, de Rodrigo de Moita de Deus como apenas mais um triste momento de confirmação do há muito diagnosticado problema, a saber, a expansão acentuada das várias formas de estruturalismo anti-indígena, uma religião organizada pelo temível atleta com mais de 250 quilos e cerca de 570 anos, Vasco Pulido Valente.
 
 
Até parece que o maradona não sabe que o problema, longe de ser a homérica ignorância que bem o caracteriza - ao de Rodrigo de Moita de Deus, bem entendido - decorre de um tópico aqui já abordado e a que Francisco Louçã tenta dar conteúdo num dos seus merdosos e confusos livros recentes sem que no entanto a matéria seja totalmente esclarecida. Também não será este o momento próprio para clarificar a questão, uma vez que tenho compromissos inadiáveis com o livro abaixo referenciado, Anachronic Renaissance, mas adianto que a mistificação das Londres e Nova Iorques deste mundo (o desporto mais praticado pelas elites portuguesas logo depois da mama atlética e sistemática do Orçamento de Estado) é o prolongamento natural do desconhecimento duplo, quer do hinter-land nacional - de que têm nojo - quer das referidas cidades que julgam civilizadas - onde a abundância de toda a sorte de bichos, livros e problemas urbanos, torna o ar irrespirável para quem tem votado em Aníbal Cavaco Silva e defende a boçalidade como modo de vida, o que explica não apenas a pujante vitalidade mórbida das ditas cidades como também o singelo facto das elites portuguesas por lá não terem ficado, continuando antes por cá a foderem gloriosamente o miolo a quem tenta fazer o seu trabalho em sossego. 

5 comentários:

Tolan disse...

eheheheh :)) Ao menos o Sócrates foi uns tempos estudar Paris num curso de filosofia. E eu pagava para ver uma apresentação de trabalho de grupo dele. Ou um teste, daqueles em que dão um tema e um gajo tem de escrever sobre ele ehehehe...

alma disse...

Elites :))))
Não sabia que tinhamos disso... :)

Capt. Paddock disse...

Alf, sabias que de Rodrigo de Moita de Deus, para lá de ter a mania que sabe de estratégia política, também tem a mania que é escritor?

Pois bem: com a mania que é o Karl Rove da S. Caetano à Lapa, fodeu o resultado do PSD nos Açores onde foi armar em estratega, mas isso é lá com ele e com quem lhe pagou para fazer um serviço de merda.

Já a mania de armar em escritor, fode a vida dos colaboradores da FNAC que não sabem se hão-de colocar os seus livros ao pé dos da Margarida Rebelo Pinto ou ao lado dos da Inês Pedrosa.

Izzy disse...

Pois eh o bacalhau eh. Oh Deus, se eh o bacalhau!

Ex-Vincent Poursan disse...

acho de péssimo gosto juntar no mesmo post: bacalhau, caralho, moita de deus e vasco p. valente.
fodaçe!!! é injusto para o bacalhau e baixa a cotação do caralho!!!

o título adequado seria: são as moscas merda