quarta-feira, 30 de junho de 2010

Portugal perdeu. E isso foi normal.

Fazes falta João Lopes. Escreveu ele:

1. É relativamente fácil definir a trajectória desportiva da selecção portuguesa de futebol desde os tempos de Luiz Felipe Scolari. Que é como quem diz: uma equipa vulgar que perde, sistematicamente, nos momentos decisivos face às equipas com um mínimo de consistência. É uma equipa que se vê e deseja para empatar com uma selecção mediana, mas muito disciplinada, como a Costa do Marfim. É uma equipa que "esmaga" a Coreia do Norte, a mesma Coreia do Norte que, sem grande surpresa, teria a mesma sorte com uma equipa do meio da tabela do campeonato português. É uma equipa que, face a um Brasil em poupança de talento e esforço, consegue um "heróico" empate a zero. Enfim, é uma equipa que, em condições normais, perde com a Espanha — como perdeu.

2. Em boa verdade, para a selecção portuguesa, este foi apenas um Mundial normal. Claro que o futebol é um jogo de imprevistos e imponderáveis — factores decisivos para os seus delicados sabores — e imaginar Portugal como campeão do Mundo, mesmo que futebolisticamente insensato, era um delírio que a lógica não podia consumar, mas permitia. Resta saber se fazer jornalismo consiste em alimentar esse delírio como uma espécie de religião mediática que, em tudo e por tudo, dispensa o uso da inteligência de cada espectador.

3. O mesmo jornalismo que andou meses a alimentar a ideia (?) segundo a qual Portugal era um candidato "obrigatório" a campeão do Mundo mudou a agulha quando se ouviu o derradeiro apito do árbitro do Espanha-Portugal. Como? Lançando a palavra "frustração" para a arena da nossa mediocridade televisiva (e radiofónica). De repente, exigem-nos que vivamos a normalidade desportiva — a cruel perda de qualidades da selecção portuguesa desde a época Scolari — como se fosse uma tragédia nacional. São mesmo capazes de promoverem a indignação contra os cidadãos mais serenos que, com tristeza, apenas podem reconhecer que, por vezes, o normal acontece.


Esqueça-se a equipa inicial, as escolhas de Queiroz para as substituições, Liedson a jogar a extremo direito, as declarações de Ronaldo no final. Portugal perdeu normalmente, ou como diria esse pensador do jogo da bola com penteado estranho: com tranquilidade.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Este senhor

calou muita gente, incluindo este que vos escreve. Quanto ao jogo, nota negativa para o árbitro que devia ter expulso o Ricardo Costa, o Pepe e o Queiróz (pela ordem que lhe fosse mais conveniente) logo no ínicio do jogo.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Oh my sweet Regina, quinta estaremos contigo

A S. hoje faz anos. E nada melhor que oferecer a oportunidade de ver e ouvir a Regina. A preparar os ouvidos para estas pérolas:



terça-feira, 22 de junho de 2010

Não tenho nada de interessante para colocar aqui

Mas não quero deixar isto abandonado ao ngoncalves. Ontem Portugal ganhou e esta tudo bem. As noticias na tv falaram muito disso. Parece que houve festa. Eu vi os golos a comer num chinês. Foi o mais perto da Coreia que encontrei. Beijinhos a todos. Tenho muitas saudades vossas. Mas de facto não tenho nada de interessante para aqui dizer.

Quod erat demonstrandum

Neste livro, entre outros, é avançado o argumento da correlação positiva entre educação e conhecimentos de economia. O deputado Galamba é licenciado em economia, o que não abona a favor da tese do livro. 

Será este o meu Henrique Raposo ?

Qual será o valor correcto do salário do João Galamba ? O João Galamba parece que é deputado do PS, que tem uma maioria relativa no parlamento. Se por hipótese o João Galamba não estiver presente no parlamento, a posição do PS não se altera. Se por hipótese estiver sempre presente, a posição do PS não se altera. Logo, o deputado João Galamba é irrelevante e o seu correcto salário é de zero euros.

O deputado Galamba acredita, parece-me, a intervenção do estado na economia. É preciso ter cuidado com este tipo de crenças. Porque desde do tempo do Botas que o governo intervem forte e feio na economia. Comparando os resultados do senhor de Santa Comba Dão, com os da democracia, esta fica muito mal na figura. Porquê ? O que mudou da segunda para a terceira república: i) a forma de governo e ii) a abertura do país ao estrangeiro. O deputado Galamba defende uma volta ao autoritarismo do passado ou ao fecho das fronteiras ?

terça-feira, 1 de junho de 2010

O homem sem dinheiro

Mark Boyle, o homem que decidiu viver sem dinheiro. Ver o video aqui no Guardian.

"What have I learned? That friendship, not money, is real security. That most western poverty is of the spiritual kind. That independence is really interdependence. And that if you don't own a plasma screen TV, people think you're an extremist.

People often ask me what I miss about my old world of lucre and business. Stress. Traffic jams. Bank statements. Utility bills.

Well, there was the odd pint of organic ale with my mates down the local."