segunda-feira, 20 de junho de 2011

Relato de um percurso de 30 minutos a pé por Lisboa

8h00. No cruzamento da Av. de Duque de Loulé com a Luciano Cordeiro passo pelo R2D2, vidrão nas horas vagas

8h10. Um aviso bi-sensorial dos tempos que se avizinham, ao topo da Sousa Martins. A fotografia abaixo e o odor nauseabundo a mictório (ainda não fotografável nem blogável)

8h15. No Saldanha, o duque passa o tempo a apontar para o marquês (simbolismo político da tragédia grega e em breve, lusitana) e não se apercebeu das duas fachadas adulteradas no mesmo prédio.


8h15. Um aviso a quem de direito no prédio ao lado

Eu traduzo: "Se não querem ver isto tudo fodido, apanhem-me antes de fazer o próximo"

Amanhã há mais.

sábado, 4 de junho de 2011

Várias e determinadas coisas que eu já ando para dizer há algum tempo

Amanhã vou votar. Não tenho fé na democracia, muito menos aplicada a Portugal. Nenhum dos candidatos me inspira um módico de confiança ou esperança num futuro melhor. O meu voto não conta para nada. Não sei ainda quem vai levar a cruz, mas sei bem quem é o primeiro-ministro cessante que não ficar com ela. Vou votar porque nestes tempos têem que se tomar decisões difíceis e não para se estar de fora a gritar que são todos uns corruptos e uns incompetentes (que o são).

Na semana que hoje termina li três livros do Dinis Machado. Ok, para ser correcto um do Dinis Machado e dois do Dennis McShade. No "Mulher e Arma com Guitarra Espanhola", um dos gangsters passa o tempo a ouvir obcessivamente o "Concerto de Aranjuez". Como eu o entendo.

Finalmente, uma palavra de agradecimento sincero aos graffiters que andam a pintar os prédios devolutos. Gosto imenso de graffiti e cada vez que descubro um novo sinto-me como um pirata que acaba de desenterrar um tesouro numa qualquer ilha deserta. Gosto de viver numa cidade assim.