sexta-feira, 26 de julho de 2013

Elogio da loucura

Houve mesma tentativa de rapto, não sei onde, mas houve.
de alguém muito baralhado e que não percebe nada de futebol

Elogio da derrota

“somos humanos, somos humanos”, acrescentando que lhe doíam as costas. “Espero que não haja mortos porque isso cairia na minha consciência”

dito por um maquinista que nunca mais será o mesmo

quarta-feira, 17 de julho de 2013

À mulher de César não basta ser, tem de parecer

Segundo parece, a demissão do ex-ministro das finanças foi precipitada depois de ele e a esposa terem sido insultados quando faziam compras no supermercado.

O que raio estava o homem mais poderoso do país a fazer dentro do supermercado? O governo económico de um país com os tomates presos no torno da troika é assim tão fácil que lhe sobra tempo de ir aproveitar a posta mirandesa em promoção ? Tinham-se-lhe acabado os cereais e ele não pode negociar com a troika sem um pequeno almoço completo ?

(Breve pausa enquanto vocês sacam dos argumentos da democracia e da igualdade entre cidadãos. E o exemplo da Holanda aonde a rainha ia de bicicleta ao mercado comprar flores.)

Podeis enfiar os vossos argumentos de volta do coldre, porque não valem de nada. O país está atolado na merda, e para onde quer que se vire só vê merda. Numa situação assim não racionalidade económica que nos valha. Vamos ter que andar a anhar durante largos e vários anos até nos desenmerdamos. De uma situação destas só se sai com fé e esperança num futuro melhor. Parafraseando um senhor que agora não me lembra o nome, a ideia de que uma população aceita sacrifícios no curto prazo para colher potenciais benefícios no médio e longo prazo é, para ser simpático, ridícula.

Voltando ao exemplo do Victor Gaspar, um homem no lugar que ele ocupava tem que sobretudo ser capaz de puxar a massa humana na direcção que acredita ser a melhor. Homens, para citar dois exemplos cerca de nós, como o Mário Soares e Ramalho Eanes. Competências nas artes das economias, essas são necessárias aos amanuenses e serviçais, não a quem tem por função de liderar o país para sair da merda. 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Le meilleur de Portugal

Prólogo

Gosto de min's, tremoços e um bom roça-roça no baile. Um cavalheiro não conta estas coisas, mas eu por outro lado posso confirmar que já facturei num baile ao som do Emanuel, Romana, Rute Marlene, e claro está, a Mónica Sintra.

O pessoal que faz música pimba passa o Verão a comer pó por esse país fora, fazem o espetáculo num palco improvisado e não chateiam ninguém com a falta de subsídios para a cultura. 

O melhor?

Este sábado passado, eram já oito e meia da matina e eu pensei que era a ressaca a fazer das suas. Grandes pórticos da SuperBock aqui ao lado no Cinquantenaire, a franchise belga da Alameda Afonso Henriques.

Mas não, afinal não era a ressaca. Era a festa do melhor de Portugal. Olhando para o cartaz, é óbvio que a festa era apenas e só para a comunidade portuguesa. Também é óbvio a SuperBock não pode patrocinar um evento que pretende mostrar o que Portugal tem de melhor, mas um problema de cada vez.

Os vizinhos belgas,  no domingo, queixaram-se da barulheira que durou a noite toda. E continuou na tarde de domingo. Os amigos estrangeiros que lá foram ao engano, não perceberam bem o que estava a acontecer.

Aquilo era suposto ser exactemente o quê ? Festa da comunidade portuguesa ? O Portugal agro-pecuário mostra-se à Bélgica ? Acabou por nem ser uma coisa nem outra. Palermices, isso sim uma mostra do que Portugal tem de pior.

Conclusão

Os portugueses por enquanto vão tendo uma boa imagem na estranja. A título de exemplo, por exemplo quase todos me falam da vizinha portuguesa que lhes povou os sonhos húmidos da adolescência.

Pena que este tipo de eventos, para além de servir as limitadas ambições políticas do eurodeputado nuno melo, estranha a estranja que os vê. E força-me a ter que passar uma manhã a explicar que Portugal não é só pimba, min's e tremoços.