terça-feira, 15 de dezembro de 2009

É Verdade caro Alf
O mundo parece caminhar para uma longa fase de desertificação, como se toda a gente quisesse ficar a falar sozinha doravante. Parece estranho, parece louco, mas é verdade. E Louco, sem dúvidas. Ora vê.
o "Economicamente" (seja lá o que isto for) deixou-nos a olhar para baixo, Crise, dizem, mas olhamos para baixo. Acredita, é a forma única de perpectuar o liberal individualismo quando olhamos à volta e percebemos que estamos lixados. Olhamos para baixo, percebe, não por estarmos lixados, mas porque toda a gente o está, o que nos lixa o individualismo. Não há maior comunitarismo que o que deriva da igualdade na ausência de esperança;
o "politicamente" (seja lá o que isso for) traduz-se numa punhado de homens que ,vistos de cima, mais parecem uma cultura de inverno queimada pela geada, não há nada a fazer? Replantar? Acredito que sim, mas desta vez mais fundo.
Ah pois, era disto que eu falava, o futebol português. aqui é mais simples, não há utopia. Olha, mas sem piedade, promete-me, para o Sporting. É verdade que desfruta (porque assim o quis) de anos e anos a sustentar o FCP pela simples razão de detestar o Benfica; mas é verdade que é uma espécie de planta a tentar crescer à beira de uma árvore maior mas maléfica, trazida pelos ventes do norte. à sua sombra não cresceu. Não crescerá agora, esboço de deserto.
Com o Benfica a coisa é diferente. O FCP representa a Idade Média do futebol português, nada cresce, nada floresce à sua volta. Um dia, mais tarde, a perpectuação deste estado de coisas a que alguns chamam sistema, e bem, e que muitos não querem contestar poderá fazer desse maldito clube do norte um vencedor perpéctuo, incontestável quase louvável. E digo quase porque, compare-se, eu poderia ser eleito o melhor escritor do mundo.. se fosse o único, por aniquilar marginalmente todos os meus opositores. Um dia, o FCP será o melhor cristalizado de Portugal. Será o melhor, mas único. Nessa altura já não haverá futebol. E a continuar assim, ainda bem

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