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Um indidvíduo que se apresenta como uma grande
promessa da ciência, uma espécie de Coentrão da Biologia, Johan Lehrer, deu origem a esta magnífica prosa num Jornal de referência:
«Leher começou a aperceber-se de uma inesperada coincidência: parecia-lhe que Proust previra os resultados das experiências que ele ajudava a desenvolver no laboratório. Dito de outra maneira: Proust partilhava com as mais recentes descobertas dos neurocientistas a mesma visão dos mecanismos do cérebro e do mundo. A grande diferença é que o fizera com um século de antecedência.» É tão cansativo, mas tão cansativo, ler este tipo de conclusões, que chega a ser uma questão de caridade alguém escrever ao rapaz do Instituto Gulbenkian - que também frequentou as Américas - portador de óculos «Rui Santos», ganhador de um prémio milionário de ciência para estudar mecanismos de decisão em ratinhos, para que não perca tempo em laboratórios e comece a ler qualquer coisa que valha a pena, uma vez que corre o risco de ter de acrescentar à última da hora um subtítulo à sua investigação, que diga qualquer coisa como «Proust era um neurocienstista» ou «Ao encontro de Espinosa». Para citar Valentim Loureiro: «Foda-se».
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