segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Argumento lógico-dedutivo do tipo "paga aí a minha tosta mista"

O recurso à acusação "neo-liberal" é o maior responsável por um crescente empobrecimento das nossas discussões públicas. João Maques de Almeida apelida de inquisidores todos aqueles que qualificam argumentos políticos com o epíteto "neo-liberal". Há por aí um grupo de inquisidores que anda atrás dos “neo-liberais”. Composto maioritariamente por jornalistas e políticos de esquerda, vivem entre a ignorância e a perseguição ideológica. A conclusão deve necessariamente comover o leitor perante a força do argumento aqui apresentado. Se há políticos de esquerda e jornalistas ignorantes que matam a discussão pública qualificando as políticas de direita como "neo-liberais", isso em nada deve perturbar o leitor, sobretudo se o dito leitor se sentir levado a considerar João Marques de Almeida como um jornalista (ou político de direita) ignorante que mata a discussão pública qualificando de ignorantes todos aqueles que matam a discussão pública aplicando o epíteto de "neo-liberais" a todas as políticas apresentadas por instituições profundas, como o Compromisso Portugal, que, oferecendo dados e argumentos interessantes, são merecedores de uma discussão aprofundada e séria. Não vou elaborar sobre o significado objectivo do que seriam "dados e argumentos interessantes", e muito menos me sinto apto a opinar sobre os contornos orgásmicos de "discussões sérias e aprofundadas", sendo, contudo, claríssimo como as nascentes do Alviela o facto de João Marques de Almeida rabiscar textos onde figuram conceitos como a "A Europa Kantiana", enigmas místico-filosóficos que não me sinto apto a solucionar, não me restando mais do que, anão solitário e verme repugnante, recuar para a lama dos meus pobres argumentos, meditando nas ideias da incontornável análise intitulada “O Debate sobre o Kosovo e a Insustentável Leveza dos Simplificateurs”, da pena de Marques de Almeida, e leitura que pode substituir o disco mais recente de Floribela, isto se devidamente acompanhada pelas obras completas de Elvis Presley, sobretudo o tema A Little Less Conversation .

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