quinta-feira, 8 de maio de 2008

Natural Despedida

Na esquina da erosiva tremura
da débil metáfora que eras
do volátil, do desmedido pudor que criavas,
Não podia tresandar mais do teu culto

Não, não podia...
Não podia exceder o triste beijo;
Esquecias-te da natureza minha
do animal que versava a erótica impressão

Porque da turbulenta e absurda hora
nascia a indefinida, a farta, a rica questão,
o enorme cajado que surge do monte
e conduz à desejada crispação

Qualquer música que entoavas era perfeita
Mas tu escolheste o fácil caminho. Eu fiquei.
Fiquei porque tu preferiste o rotineiro caos
enquanto buscava a simples razão

Oh! Agora despeço-me por instantes
Enquanto vives do tédio do contencioso passado
E tu sabes...O poeta que contagia a frase
Não é igual ao homem que te traz como despesa

Se soubesses a absoluta proximidade que sinto
Aquando te visito a todo o ferveroso instante
Oh! Acreditas nesta veracidade que dito?
A todo o cenário que crias de um modo incessante?

Sim acredita...Mas no limiar de toda a meditação
No momento em que todo o tempo exala da razão
Eu peço-me desculpa...
Tudo porque não te poderia "amar"

Eu não te posso amar...Ninguém pode.
Quem to afirma isso mente;
Pediria que eu te amasse mais que a mim
E isso seria viciar a humana razão

Simultaneamente prostrar-me-ei a ti, ao deus
E esparerei por ti, pela moderação do prazer
que me translucidavas em ti; e enquanto
não chega o diletante momento, digo-te adeus.

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