terça-feira, 10 de setembro de 2013

Uma resposta à crítica do piropismo: derradeira fase do capitalismo.

Dada a preocupação dos nossos estimados leitores, e as próprias dúvidas existenciais suscitadas pela riqueza do assunto, vejo-me forçado a regressar ao tema do piropo. Devo dizer, antes de mais, que não partilho da opinião dos que julgam o tema como irrelevante. Antes pelo contrário, dificilmente encontraria um assunto mais pertinente para comentar entre as torrentes de interpretações constitucionais e a resistência ao estimável, desejável e inevitável despedimento de professores em catadupa, e não estou a ser irónico. Simplesmente manifestei a minha posição, o que aliás, repito, sublinha a importância do tema, pois tenho dificuldade em falar sobre coisas que não sejam revelantes, o que explica, desde logo, a distribuição de visitas deste blogue. Numa época de multiplicação de pessoas com a mesma profissão do Mário Nogueira, a incidência da visita blogosférica é inversamente proporcional ao espírito critico, independência de raciocínio e fulgor interpretativo do respetivo blogue. Depois desta introdução, e afastados os tristes, continuemos, tu e eu, caro leitor interessado nas fatais questões desta pobre humanidade. Peço desculpa a tod@s mas vou intercalar estas minhas reflexões justamente com as mais distintas e inesquecíveis pérolas da quase extinta e perseguida arte do piropo.


Por acaso és católica? É que tens uma tranca que valha-me Deus.

Em breve os leitores poderão constatar, por meio da minha própria obra literária, que uma das razões que explicam o meu juízo absolutamente crítico e impiedoso sobre a literatura portuguesa contemporânea (e não só, mas deixemos isso para outra altura) pós Saramago/Antunes (e mesmo estes, enfim) se deve à incompreensível incompreensão, ostentada por quase todos os praticantes da própria arte do romance, sobre a própria génese e natureza do romance. A honrosa exceção, deve reconhecer-se a bem da justiça, é o Professor Doutor Juiz Presidente Gonçalo Albuquerque M. Tavares, o praticante da dita «matematização» da angústia, ou seja, uma forma grosseira de apelidar aquelas piruetas lógicas com que o escritor pensa resolver o problema da decadência do amor cortês como objeto supremo da narrativa, e o pobre homem, assustado pela vertiginosa morte do romance, agita-se em manifestações sobre o facto de «as suas personagens saberem que são personagens», quando o problema é outro: o facto de ele, escritor consagrado, ter sobretudo um projeto de escritor consagrado pelas muitas e profundas ideias da sua espetacular cabeça, e não saber muito bem o que fazer com as suas personagens, como se nota em todos os seus livros. Lamento esta perseguição ao Professor Doutor (que é, apesar de tudo, um escritor interessante) mas era importante arrumar desde logo este assunto, pois tem sido origem de muitos e trágicos equívocos e não admito que os meus leitores andem enganados. Todo este «caso do romance como zombie» parece muito estranho, mas é assim o nosso maravilhoso mundo e a arte não escapa às bizarrias da existência, muito pelo contrário. Em certa ocasião, tive o prazer de ler os lamentos de António Deprimido Lobo Antunes a propósito das tristes repetições epígonas, praticadas pelos seus companheiros, em torno dos modelos narrativos romântico-deprimentes, inventados no já longínquo e igualmente deprimente século XIX. Mas eu tenho uma novidade! O caso é ainda mais grave do que Antunes pensa. Como já aqui escrevi, o romance recorta-se como género, tal como todas as coisas vivas, no momento em que a sua forma completa está já a caminho da morte; chamamos a isso o nascimento. Ora, um maneta chamado Cervantes corresponde já a uma enorme gargalhada desferida sobre o amor cavalheiresco, e os trabalhos ensandecidos em que um homem, D. Quixote, incorre para «conquistar» uma mulher bastaram ao veterano de Lepanto para erguer uma obra de génio em torno da desorientação humana. O prémio do cortejar galante são tareias, a chacota pública e a própria loucura.


Ó jeitosa, és mais apertadinha que os rebites de um submarino.

Quando a sociedade de Corte começava a desorientar-se, multiplicando dúvidas sobre a correta forma de assoar o nariz e trinchar o porco sobre a toalha de linho, os modos de cortejar uma mulher sofriam igualmente os mesmos excessos de linguagem. Então, sobre as cinzas do romance, após as labaredas sopradas por Cervantes, os ignorantes cortesãos, a soldo das academias, inventaram o romance. Mas como se o romance já estava morto? Como? Na verdade, sabiam que a parvoíce não tem limites. Veja-se a ressurreição da narrativa policial neste princípio de século, um dos episódios mais deprimentes de toda a história cultural da humanidade. Bem, o certo é que o rumo do amor cortesão parece ter sofrido uma bifurcação. Começou então a esquizofrenia, não por acaso, ligada por dois conhecidos mas confusos intelectuais ao capitalismo. O capitalismo foi, como já vimos, uma forma simples e eficaz de colocar o desejo a render. Por um lado, a Corte obrigou o homem a pegar em garfos e facas, a guardar os punhais, a não cuspir à mesa, a não apalpar as mulheres, a não as agarrar em qualquer corredor para satisfazer uma necessidade dita «animal», para melhor se poder dedicar ao trabalho especializado, o que tem sido, desde então, uma santa chatice. Cá está, para recortar o animal (o autor dessas violências ultrapassadas) foi preciso inventar um «homem». Mas entretanto, esse homem de Corte, civilizado e puro, sofisticado no falar, com trejeitos e creme nas faces rosadas, com mãozinhas de cisne, com a sua meia esticada, o seu calção de veludo e sapato de fivela, encontrou uma outra forma de dominar, fabricando o matrimónio burguês, ocultando a mulher da sociedade e disciplinando o espaço da casa. Mas era um presente envenenado. Claro que os mais inconformados, por outro lado, transformaram-se em libertinos, preocupados com a libertação da mulher, a demolição do romance, e o amor livre; rodopiaram pelos salões e foram meter-se dentro da cama das damas emancipadas. A partir daqui houve de tudo. Desde a poesia dos lagos ingleses com Woodsworth e Coleridge, com a sua recuperação da experiência mental como padrão da linguagem (e já não o sensual chavascal Ovídeano da antiguidade) e toda a recuperação tardo-medieval da mulher anjo, passando pelas assombrosas experiências de Sade, uma das cabeças mais incríveis do século XVIII, boçalmente ignorada pela cultura universitária, muito por culpa dos burros dos pós-modernos que escreveram os mais estranhos disparates a propósito do marquês.


Queria ser um patinho de borracha para passar o dia na tua banheira.

E pronto, aqui estamos nós, ainda indecisos em matéria de abordagem do problema, ou alguém ignora que a internet, ou seja, o mais sagrado pilar da nossa abençoada economia do conhecimento, se sustenta com um produto que de tão complexo, desmotiva todos os estudiosos, isto é, a pornografia. O George Steiner, entre as muitas tolices que escreveu, teve engenho suficiente para ver na pornografia uma forma altamente tipificada, sofisticada e artificial (e muito pouco natural, ao contrário da lenda) de colocar o grave problema enfrentado pela masculinidade; o segredo mais bem guardado de todos os tempos, capaz de fazer da Irmandade do Graal, e dos barbudos de Sião, e essas cenas do Código Da Vinci, uma brincadeira de crianças, a saber, o facto de uma grande maioria de homens (não digo todos, porque assim como assim, a fisiologia também é um mundo variado) sofrer horrores perante a organização sexual da sociedade dita moderna. Claro que o homem morre de medo ao abordar este problema, aterrorizado pelo desfilar de acusações, do esfomeado até ao paranoico, passando pelo ressabiado e o psicopata, do malcasado até ao tarado, passando pelo virgem tardio. Contudo, dentro da cabeça masculina, e quem sabe da feminina também, mas não me atrevo a explorar essas maravilhas, vive um servo sofredor e agrilhoado, cujas lágrimas já secaram, tantos são os sofrimentos e as privações enfrentados desde a adolescência. O primeiro galante, orgulhoso, delicado e satisfeito consigo próprio, que venha aqui desmentir o seu desvio entre a taxa de concretização dos pensamentos e a taxa de imaginação das cenas que poderia vir a fazer se coisa e tal.


Com uma montra dessas, imagino como é o armazém.

A verdade é que não vejo ninguém preocupado com a profunda alteração provocada pela transformação da iniciação sexual do adolescente. A prostituta desapareceu de cena, com o fechar do século XX, para dar lugar à adolescente emancipada em busca de um salário, ou muito pior, da realização profissional, e olhando de igual para igual o seu parceiro masculino. Os homens passaram a ter acesso a uma iniciação de fino recorte estético e já agora, falemos sem medo, superiormente higiénica, mas passaram a ter que sofrer em silêncio os horrores da «relação amorosa», e calam-se, gelados pelo terror do futuro e a esperança de que a enorme gratificação afetiva trazida pelos filhos (que não nego, é um facto indesmentível) possa compensar a gaiola onde foram metidos. E não se julgue que estou a falar do sagrado sacramento do matrimónio, pois a «relação», sem «papel», mantida enquanto durar o «amor» (deixem-me ir ali dar uma gargalhada) é apenas um esquema desajeitado para controlar a incerteza e uma forma pífia de mudança para garantir que tudo continua a ser como dantes, na consagrada fórmula do atormentado Príncipe de Lampedusa.


Anda cá a cima afagar-me a cobra zarolha.

Mas centremo-nos nas formas de comunicação. O piropo, no modo abrutalhado ou inteligente de nos dirigirmos ao sexo feminino, é apenas uma sobrevivência mais ou menos animalesca da extrema necessidade humana, demasiado humana, em manifestar o desejo e a absoluta derrota mental perante o esplendoroso corpo da mulher, terra do paraíso, rosa mística, estrela da manhã. O grau de parvalhice e brutalidade deve ser entendido como uma medida do desespero, um pobre sinal da queda masculina, um sintoma da mais burlesca comédia, a triste marca de mais um que soçobrou no vale de lágrimas da luta pela dignidade. As mulheres fariam melhor se rezassem uma Avé Maria pelo pobre coitado, pois quem muito pecou, é porque muito amou. O homem, no caso masculino, esse animal público e falante por excelência, só por deprimente necessidade aperfeiçoou com exasperante técnica o piropo, que é tanto mais associado a um incómodo, ou a uma agressão, quanto mais é praticado sem imaginação e falta de domínio da arte da retórica, sinal, como disse, de que as força do praticante do piropo estão muito perto do esgotamento total. Peço ao leitor que siga comigo este espinhoso caminho.


Que rica sardinha para o meu gatinho.

A tipificação do crime de injúria abarca, ou pode abarcar, julgo eu, o piropo. Não precisamos de mais leis. O ridículo da situação está precisamente na tentativa de incluir o piropo no campo do assédio sexual, quando o piropo (em 99% dos casos) é apenas a exteriorização de um juízo subjetivo, caindo com eloquência no pantanoso campo da violência de linguagem. Já no caso do assédio sexual pode praticar-se o crime sem qualquer alusão verbal à fisiologia da mulher, o que em nada retira gravidade, mesmo que aparentemente a esmerada educação do criminoso não seja posta em causa. Reparemos que no caso citado por uma nossa leitora, a devolução do epíteto de porco ao autor de um piropo é, na maior parte dos casos, uma realidade objetiva, isto é, a comparação do porco, isto é, do autor do piropo com um animal, por acaso, o porco. Restaria a um juiz medir os danos do facto, e atenção que casos há em que a injúria não colhe por não se verificarem as condições materiais de intenção, de agredir verbalmente, e todas as outras piruetas que há na argumentação do foro. O problema é que o piropo constitui a subjetividade elevada pelo menos à quinta potência. O piropo é todo o resultado de séculos de sofrimento, toda uma obra socio-semântica de extrema complexidade onde se faz uso, quase sempre, da mais refinada retórica. Eu que não sou particularmente adestrado em piropos, julgo saber o suficiente para dizer que os mais ofensivos são também por vezes os mais subjetivos, ou seja, os mais poéticos, mais codificados e menos grosseiramente diretos o que torna a matéria de complexa criminalização. Prateleira, para-lamas, tranca, os inocentes marmelos, comer, fazer de quatro, isto é, toda a não verbalização objetiva é já de si uma proteção contra o aparato policial do Estado.  Para quem quiser avançar com uma tipificação, deixo aqui material de trabalho.


Só não tenho pelos na língua porque tu não queres.

A mulher ignora o facto de o homem se ver há muito confrontado com a perseguição policial mais impiedosa (creio que Nietzsche já o tinha dito mas é preciso estar sempre a repetir porque as pessoas preferem ler o Nuno Camarneiro) e toda a conversa feminista tem distraído a mulher do essencial: os horríveis e intransmissíveis sofrimentos a que o homem é, desde há pelo menos quatro séculos, sujeito com meticuloso horror, em matéria de comportamento público diante da mulher. Já não cito as incríveis carambolas dos romances russos, em que o mero cumprimento de uma bela mulher em praça pública podia ditar um trágico duelo, veja-se O Duelo de Tchékov ou o episódio do barão alemão e sua mulher, em O Jogador de Dostoievsky. A Igreja, com a sua sabedoria milenar, e o seu profundo conhecimento de todos os recantos mórbidos da personalidade humana, procurou resolver o problema com os seus instrumentos brutais e grosseiros. Mas o facto de a Igreja ser estúpida aos olhos da nossa sofisticação de pessoas que usam computadores, não significa que o problema tenha deixado de existir. Claro que aprendemos a fazer cálculos e não vamos fazer coisas que podem ditar ou a nossa insegurança física ou a mais severa privação em matéria de comércio sexual. Em suma, a boa prática do piropo, ou seja, o piropo embrulhado em finas metáforas, pressupõe a consciência do crime, e o criminoso versado na consciência do crime, é um bicho difícil de apanhar. Mas embrulhar tanto o piropo até que o desejo desaparece entre os laçarotes da nossa pobre e polida linguagem quotidiana, fazê-lo sumir-se naquela novilíngua dos romancistas de sucesso, a cheirar a um piedoso sentimento de afeição, muito incensado e puro, é negar o nosso desespero perante o enigma do desejo, e esconder entre os escombros da pieguice o único tema literário ainda vivo: como é que o desejo me define a mim, organismo vivo, como ser sexuado. Costuma dizer-se que é só garganta. Será, e muito por culpa da repressão a que temos sido sujeitos. Pior, o praticante do piropo é um desesperado que não encontrou o caminho da domesticação e sofre abertamente o que todos nós, pessoas educadas e de bem, sofremos no mais repugnante e cobarde silêncio, a que chamamos civilização. No meu texto limitei-me a sugerir isso. Além disso, a perseguição do piropo pressupõe toda uma exegese que com facilidade se transformaria numa humilhação para todos e em níveis inaceitáveis de desperdício repressivo. Queremos mesmo incorrer nessa despesa? Não será tempo de aceitar que temos aqui um conflito de interesses não resolvido e negociar uma forma amistosa de sermos todos felizes?

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9 comentários:

Unknown disse...

este post está bem grande e demoroso de ler mas valeu a pena ter passado! grande abraço

http://ocarteiravazia.blogspot.com/

alma disse...

alf:)))
Abençoado :)))

Graças ao meu pragmatismo emocional é assim que leio o piropo nas suas váriadas nuances :)

Custa-me a acreditar que alguém no seu perfeito juízo por um mero dito sinta-se insultada :)



binary solo disse...

alf por mais quilometros que escrevas, parece-me dificil que encontres resposta para este problema. o facto de sermos homens e elas mulheres, torna logo impossível perceber a diferença entre quem diz e quem ouve. nunca o saberemos o que é estar do outro lado. é como provar que zero é diferente que um ou que dizer que ontem podiamos ganhar com um rapaz de nome vieirinha na equipa do ronaldo + amigos.

Izzy disse...

Bahaha!

Ora 'xa ca ver. Segundo o Alf, porque o homem pensa em sexo 103.452 vezes ao dia e passa a maior parte da vida em constante estado de frustracao sexual, a mulher tem que se sujeitar a ouvir as porcarias mais imundas que a eles lhes sirvam para aliviar a tensao. E ainda comiserar com o energumeno porque, coitadinhos dos homens, ha mais de 4 seculos que sofrem horrores em publico as maos das mulheres... Da fuck? Em que planeta vives? Sabes quao proximo estas de justificar a violacao? Entao e a prostituicao desapareceu da cena? Agora so ha trabalhadoras do sexo? Conheces os numeros do trafico sexual de mulheres e criancas? Nao conheces. Nao vem nos livros. Ou vem? Investiga.

O binary solo disse-o bem. Nao sabes o que eh estar do outro lado, nao me venhas dizer como me devo sentir.

E ja agora binary, a resposta para este problema eh a discussao publica. Este tipo de discussoes sao importantes e necessarias para que em Portugal se perceba que esse tipo de comportamento nao eh aceitavel. Nao me venham com desculpas ou com desconversas acerca de literatura. O assedio verbal e fisico, nao lhe chamem piropo, eh assedio (que alias comeca bem cedo nas escolas e nao eh exclusivo da construcao civil)eh um comportamento inaceitavel. Ponto final.

Aplaudo-te Alf por achares que este eh um tema serio e importante mas acho que esta na altura de repensares a tua posicao sobre este assunto.

P.S. - Oh Alma, quando a Alma era miuda e, presumo, ate mesmo em adulta, comecou a ser solicitada para a pratica de actos sexuais por marmanjoes a Alma nao se sentiu insultada?

Anónimo disse...

Caríssima Izzy

Não leu o post, uma vez que já vinha embalada pela sua posição estético moral sobre o assunto, posição que aliás partilho. Eu não justifiquei a violação, nem os campos de concentração, nem a existência da maldade no mundo, embora se quiserem me possam atribuir tudo isso. Limitei-me a colocar o piropo em contexto. As pessoas em geral sentem muitas dificuldades perante os contextos, uma vez que as bandeiras coloridas, a tribalização e o aparato policial do Estado são sempre formas maravilhosas de nos sentirmos muito dignos, ámen. Quando a legislação de combate ao piropo estiver pronta enviem-me que eu subscrevo inteiramente.

euexisto disse...

post gigante! vénia ao mestre.

Cuca, a Pirata disse...

A primeira, a segunda e a quinta, para mim, já cabem na injúria.

Cuca, a Pirata disse...

Não me parece que um homem não possa perceber o problema só por ser homem. Felizmente, a generalidade das pessoas não precisa de vivenciar uma coisa para perceber como é que as outras pessoas se sentem nessa situação. E sempre bastaria imaginarem a irmã, a namorada ou a mãe a ouvir certas coisas. Ou eles próprios, até.
A questão é que, a avaliar pelos comentários que este assunto tem gerado, de facto, há pessoas que não se sentem minimamente incomodadas em andar na rua e ouvir desconhecidos dirigirem-lhe bocas de cariz sexual. E parece que há outras que até gostam.
Talvez pudessem criar uma espécie de clube do piropo e ser felizes todos juntos.

Zé disse...

Grande Alf que saudadinhas meu irmão! As férias não te fizeram mal: grande post! O pequeno conteúdo é fraco e/ou incompreensível mas a ideia geral de fundo é boa e a forma - que é o que interessa - excelentíssima. Parabens invejosos