sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Está tudo bem.

As pessoas fazem o que podem, os escritores são todos muito bons, está tudo muito bem, calma, isto é são só os terríveis mecanismos da inveja, do ressentimento, da portugalidade, além disso, o Hélder Postiga - uma pessoa nascida num bairro de pescadores - acabou de ser expulso. Estão a ver? Para quê tanto nervosismo?

2 comentários:

alma disse...

ehehehheh
amanhã leio os post´s com mais atenção para opinar :)

boa noite :)))

Anónimo disse...

que pessimista!

a portugalidade não é só isso.

até parece que não viste os dois golos de belo efeito que o postiga marcou ao barcelona.

isto não te diz nada sobre a portugalidade?

helder postiga é, no fundo, um jogador mediano, obstinado e abnegado. mediano porque esteve sempre ali na mediania, numa posição confortavel entre a mediocridade e a genialidade (onde estamos nós todos), obstinado porque nunca desistiu, porque sempre esteve convicto de que ser mediano é melhor do que ser medíocre e tentou sempre calar as críticas e abnegado porque nunca teve problemas em renunciar ao interesse próprio (tentar o golo) pelo interesse da equipa (tentar mais uma tabelinha). e tudo isto deu frutos. na actualidade, helder postiga é capaz de jogar em camp-nou, lado a lado com messi e xavi. como foi isto possível? portugalidade meu caro, portugalidade. se postiga não fosse português nunca teria conseguido isto. e "isto" é para nós, portugueses. tenho a certeza absoluta que postiga estava a pensar em nós, em portugal e na portugalidade, aquando da ridícula tentativa de dar uma cabeçada a um irlandês com quase dois metros de altura

mediania, obstinação e abnegação. se isto não é a portugalidade eu não sei o que é ser português.

na literatura também encontras muito disto. gajos medianos mas obstinados e abnegados, que escrevem para nós leitores (nunca para eles próprios, nunca, nunca; sempre que o leitor, esse ser mágico que todos os dias pega num livro diferente e com ele tem aventuras maravilhosas, sempre pronto a aprender; de olhos lacrimejantes e esbugalhados nas filas da bertrand e da fnac com 10 livros debaixo de cada braço) convictos de que ser mediocre é horrivel, mais vale ser mediano; e felizes e orgulhosos por serem , de quando em vez, colocados lado a lado com os messis da literatura

foda-se. viva a portugalidade!