segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Perder ou ganhar, tudo é derrota.

Ensinariam os manuais de micro-economia se fossem capazes de ensinar alguma coisa que a melhor forma de combatermos a asfixiante garra de realidade implícita em qualquer situação crítica é não mexer sequer um dedo contra aquilo que dita a nossa memória operativa, o que é o mesmo que dizer não penses, não faças força, não mexas, não controles e continua a adaptar-te tal como tens feito maravilhosamente até aqui. Acontece que para aquele que comeu da árvore do conhecimento vem a caminho uma grande chatice, e desde a descoberta da seleção natural temos assumido vários e ridículos compromissos com a descodificação da natureza a fim de repetir o que a natureza nos pede que sejamos, o que a mim me parece algo parecido com um cão a morder a própria cauda, só que neste caso com um efeito mais engraçado.


A Porto-editora, fazendo fé no argumento da quantidade, lembrou-se agora de vender caixotes de maus livros com vista ao estímulo da curva de rendimentos dos livreiros, e decide, desta forma, espetar com o valter hugo mãe num cadeirão a sugerir um controlo sobre as nossas preferências - o que me pregou um susto de morte durante o televisionamento do espectacularmente doloroso para a minha pessoal experiência, Milão-Juventus, um jogo em que Van Basten foi aplaudido de pé durante a contemplação de um conjunto de imagens disponibilizadas no placar electrónico de San Siro naquilo que terá constituído, quando for reconstruída meticulosamente a biografia deste autor, um dos mais significativos conjuntos de estímulos dolorosos intermediados pela televisão, na economia da minha sensibilidade  imagética, um acontecimento capaz de fazer disparar neurónios desde o inesquecível trio holandês da equipa italiana até ao assassinato de Corrado Cattani à porta de um hospital de Milão, isto depois da sua trágica experiência palermitana como jovem comissário e representante do poder policial do Estado. Os polícias que representam o respeito pela lei democrática continuarão a ser metralhados pela máfia (a sentimental ou a outra), o mundo continuará a ser misterioso, as coisas continuarão a ser naturalmente o que são e as pessoas continuarão naturalmente a fingir que possuem toneladas de classe na aceitação das pequenas derrotas e humilhações, enquanto todos os dias conspiram contra a disposição natural das coisas (só que na sombra) porque afinal de contas, mudar a trajectória da queda em público, mais do que constituir uma violência sobre as leis da natureza pessoal da nossa visão dos problemas, exige não só um certo cálculo dos impactos como uma consistente capacidade para os apresentar e justificar de forma elegante.
 
 
Nella storia del calcio tre squadre hanno espresso il gioco migliore: l'Ajax di Cruijff, poi il Milan degli olandesi e l Barcellona di Guardiola con il suo gioco entusiasmante

3 comentários:

AM disse...

eu é mais música

http://www.youtube.com/watch?v=_bJPIPCoKpU

Izzy disse...

eu eh mais bolos...

http://www.youtube.com/watch?v=ph490dE_VaQ

alma disse...

Não há que ter medo de nada com a certeza que acabamos todos mal se sofrermos de lutas interiores entre dever e ambição .
para alguém que vive plenamente no dever de cumprir o que lhe dita a sua consciência nunca acabará mal...