quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A irmã morte

Há uns anos atrás li uma biografia de S. Francisco de Assis e chorei no final. Foi como perder um amigo, senti na altura uma tristeza de morte. Apesar disso vivi a alegria de pensar que tinha percebido o sentido das coisas, disto que teimamos em chamar a vida, tipico de idiotice de adolescente parvo que acha que sabe tudo. Falhei redondamente, como este passar de anos o tem provado.

Há uma semana perguntei por ele num jantar de amigos. Ontem ligaram-me e disseram-me que tinha acabado de morrer. Depressa, questão de dias. Numa cama de hospital. O sabor do jantar que rapidamente se tornou azedo com aquele telefonema. O vazio que ficou por não saber.

Saúdo a irmã morte sempre vencedora. Chega baixinho e fica-nos cá dentro. Mais um buraco que levo. Mais uma derrota.

Sem comentários: