quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Porque escrevo tão bem, quando há milhões de blogues onde se escreve tão mal.

Tudo bem com toda a gente? Quero iniciar este post com um profundo sentido de gratidão e verdadeiro reconhecimento a todos aqueles que, do Minho ao Algarve, continuam a fazer de mim uma das pessoas mais inteligentes do mundo nos últimos trezentos anos, concedendo-me reiteradas oportunidades para demonstrar a minha superioridade intelectual, estética, gastronómica, artística e patológica, podendo verificar-se a cada segundo - tal como nesta espectacular manifestação do mais ridículo zelo - uma comprovada falta de carisma, raciocínio, eloquência, originalidade, domínio da língua, ostensivamente presentes em variadíssimos dos mais frequentados blogues da direita portugesa, o b fachada é uma porcaria. Perante os factos quotidianamente apresentados neste lugar, não há como duvidar da coluna de camiões carregados de pertinência que assistem toda a minha obra, erguida por mim (tudo bem com todos?) à força de imperiais, livros e chamuças, para além da frequência (incompleta) de um curso das Novas Oportunidades (um dos mais fundamentais projectos políticos desde as reformas de Sólon em Atenas), isto depois de ultrapassadas algumas dificuldades, na obtenção dos diplomas necessários, por meio de favores sexuais a um chefe de Secretaria com mais de oitenta quilos, sócio do Sporting, e politicamente empenhado, em todas as direcções possíveis, com todos os projectos de grandes obras públicas desenvolvidos em gabinetes ministeriais nos últimos quarenta anos. Os últimos trabalhos de uma das mais incontornáveis personalidades do mundo ocidental, explicam à saciedade quer as graves lacunas ao nível da espiritualidade oriental presentes nas caixas de comentários da blogosfera, quer um dos mais graves problemas da nossa democracia: a saber, além do b fachada ser uma grande porcaria, há ainda a constatar a ausência de um plano concertado para ensinar a língua de Fernando Pessoa, Elsa Raposo e Júlio Isidro, ao conjunto da população portuguesa ainda não familiarizada com o facto das práticas discursivas e a expressão do pensamento individual (iluminado, esclarecido, não subjugado a sub-formas de pensamento político contraídas com o vírus da adolescência, e não determinado por paixões obscuras) ser o principal alicerce da política e de todas as aspirações dos seres humanos em torno do bem público, uma coisa que se encontra algures entre os nossos desejos mais secretos e um Arraial no Concelho de Amares. Um santo e feliz Natal para todos, bem como para todos os entes mais queridos de todos os entes que habitam esta bola de lama que vai pelo pelo céu como a andorinha, a terra.

2 comentários:

Anónimo disse...

infelizmente a sua opinião terá pouco impato, suspeito

silvia disse...

Um feliz Natal :)