segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Amanhã faz 100 anos

que do balcão da Câmara Municipal de Lisboa foi declarada a república. Os mamíferos, para utilizar uma das palavras mais frequentes no "God is not great" do Hitchens, que pululam neste vestuto edifício decidiram imputar-me a a soma de 200 euros para o esforço colectivo de conservação dos esgostos alfacinhas. Agradeço,antes de mais, a preocupação demonstrada pelas sanguessugas, para não utilizar outas expressões vernaculares frequentes nos comentários ao plano de austeridade do governo, em manter os canais que diariamente têm testemunhado a única obra que tenho até hoje regularmente produzido em quantidade, por regra entre as 9 e as 10 da matina.

Mas já que me chulam 200 aéreos, em expressão popular, para manter os canais subterrâneos desta fermosa estrabaria, alguém sabe onde encontro o livro do cavaleiro d'Oliveira ?, gostaria de chamar atenção para a parte sobterrânea desta cidade. As ruas de Lisboa, se são caracterizadas é pela acumulação de lixo e excreções por vezes caninas, outras  vezes humanas, que nelas se verifica. E o que dizer do ecoponto sito no lado oposto da rua senão que é um verdadeiro santuário ecológico para espécies urbanas tão díspares, o que eu suei para utilizar esta palavra, como o são os ratos, as baratas e os pombos ? Um verdadeiro oásis urbano de pragas mantido a custo pela acumulação de lixo, todo ele reciclável é verdade, mas infelizmente recolhido apenas quando Marte está em conjução com Vénus e Júpiter no 4º quadrante.

Não me ocorre nada mais próprio para celebrar os 100 anos da república do que chamar a atenção a que do mesmo sítio onde esta foi proclamada, agora se cobram 16.6 €/mês em imposto aos munícipes por produzir a matéria que preenche as cabeças com gabinete na Praça do Município.

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