sexta-feira, 10 de setembro de 2010

De boas intenções está o inferno cheio

A entrada de Portugal no Euro foi saudada com entusiasmo porque se acreditava que finalmente o governo seria obrigado à disciplina orçamental. Alguns anos depois verifica-se que disciplina foi coisa que nunca existiu nos orçamentos pós-euro.

Agora rejubilam-se porque o orçamento vai passar a ser alvo de censura prévia por parte da UE. Aposto singelo contra dobrado que vai ser pior a emenda que o soneto.

A propósito de cortes no orçamento, Fareed Zakaria relatou algures que o Reagan parece que tinha como objectivo eliminar tudo quanto era despesa supérflua do orçamento americano. Falhou redondamente. Se um presidente republicano nos EUA não conseguiu eliminar despesa, porque razão um governo português (PS com ou sem D) respaldado pelos euros de Berlim, será capaz de o fazer ?

Cada vez mais me convenço que a UE foi um erro e quanto mais depressa saírmos, melhor. Ou o país cresce de forma sustentada, mesmo que devagar, ou rebenta a bolha inflada com dinheiros europeus.

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