terça-feira, 23 de março de 2010

Este texto não está relacionado com o facto de estar em Tomar e esperar voltar a Lisboa de combio

Os maquinistas da CP estão em greve. Lá terão os seus motivos. Mas pretendem exactamente o quê com a greve ? Para além de lixar a vida a quem utiliza o comboio, quais são os exactamente os objectivos da greve ? A CP e Refer são empresas públicas habituadas a dar prejuízo, mais milhão menos milhão não vai fazer diferença. Porque motivo deveriam os admnistradores destas empresas ceder aos trabalhadores, se o pai estado paga os prejuízos ? Aliás, só lhes ficava bem neste clima de crise económica mostrar dureza com os malandros dos maquinistas, em perfeita ressonância com o governo que quer reduzir o subsídio de desemprego dos malandros dos desempregados.

Não haveria outra forma de resolver os diferendos sem chatear a vida de quem, como eu, utiliza o comboio e ainda por cima paga os prejuízos ? Faz cá falta uma câmara cooporativa.....

2 comentários:

JR disse...

Mais grave é a greve dos pilotos da TAP (7 dias de greve prevista!) que ganham rios de dinheiro e trabalham pouquíssimo. Sei até de um piloto que uma vez confessou a uma pessoa minha conhecida que tinha vergonha de quanto ganhava, tendo tanto tempo livre.

ngoncalves disse...

Não sei quanto ganha um maquinista da CP e terá alguma razão quando fala da greve dos pilotos da TAP.

Mas o meu desabafo é mais no sentido de encontrar alternativas à greve. Será que a greve é a única forma de, em empresas públicas, a administração e os funcionários resolverem os seus diferendos ?

O Salazar criou as câmaras coorporativas para resolver diferendos entre trabalhadores e patrões. Não sei até que ponto funcionaram como centros de arbitragem imparcial (provavelmente não funcionaram). Mas como ideia, parece-me uma boa.