quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Rubem Micael

Creio que já falei no tópico do comentador televisivo que procura disciplinar a sua língua, entre a serradura do palato e a dentição amarelecido do fumo ventil, a fim de conceder-lhe uma configuração que possa ajustar-se à sua incontrolável necessidade para condicionar a trajectória físico-mecânica (palavra de que muit gosto) da bola no sentido mais favorável ao alinhamento homeostático (obrigado Manuel Machado) do corpo do referido comentador. Isto quer dizer que se o FCP depende de um madeirense labrego, largado esta madrugada de Bergen-Belsen (é favor a comunidade judaica fazer acompanhar as cartas insultuosas com as obras completas de Kafka) a necessitar com urgência de corrigir uma gestualidade técnico-táctica algures entre Paulinho Santos e Semedo, isso só poder querer dizer que nunca como este ano se perspectivou um alinhamento astral capaz de fazer o mais céptico adepto benfiquista (leia-se Bento XVI) aspirar a uma vitória com um mínimo de dois tentos de diferença, ou pelo menos um vitória em que dois dos tentos o sejam com o mínimo de vitoriosa intenção. Pelo contrário, se Paulo Rangel ganhar, nada disto se perspectiva. Antes de outro modo. Como é bom de ver, estou manifestamente alcoolizado.

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