segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Post que agora não me permite ser mais objectivo o problema dos cronistas oriundos de famílias brazonadas

Não há neste blogue, e com este autor que escreve, qualquer bloqueio mental, embora se deva reconhecer um padrão de citações bastante regular, quase tão regular como a inoperância de Fernando, médio centrocampista quase revelação mundial na época passado, que agora parece só jogar para trás, jogo efectivamente tão lento na sua regularidade que pode ser comparado com o referido padrão de citações do blogue a Causa foi Modificada. E qual é o problema? Se frases como a que se apresenta em apêndice 1 emergem nesse sítio em toda a sua fulgurância político-ideológica e rapidamente se colocam na dianteira de um pelotão, ainda por cima dopado, de frases feitas-embora-originais-por-via-da-ascendência-nobilitada da imprensa de referência, que pode um simples leitor fazer senão voltar ao lugar onde se respira, para citar um liberal sedado por visões transcendentais, uma transparente liberdade de espírito? Ao leitor baralhado basta conhecer que o problema aqui vagamente abordado implica várias opiniões retumbantes do Professoral arquitecto desse grande palácio inacabado que é a alma crítica portuguesa, Vasco Pulido Valente, e uma alusão a livros publicado em língua inglesa de que parece todos os portugueses deviam ser conhecedores antes ainda do leite materno mas ao que consta preferem, os portugueses, continuar a chafurdar em coisas inopurtunas num país onde, como todo o universo sabe, ninguém lê, à excepção, naturalmente, de Vasco Pulido Valente, que além de ler tudo, tudo faz para salvar este país da sua indigente ignorância. Deus nosso senhor seja louvado por nos ter enviado Vasco Pulido Valente, verdadeiro Jeremias da crítica crítica, perdido nesta Jerusalém de analfabetos.

Apêndice 1
«Não deve a espécie masculina mostrar solidariedade intra-especifica para nos protegermos destes nossos momentos de fraqueza? Deve! Porquê pegar nessa conjuntura tão particular mas nada infrequente, em que a glande abafa o milhão de livros lidos, ainda por cima instalando-a numa montanha de ironia?»
Apêndice 2
Quando não estou ocupado a sofrer síncopes psico-atléticas com as metáforas de Nabokov sobre os seus tempos de guarda-redes na baliza da Universidade de Cambridge, entre gralhas cinzentas penduradas nos ramos dos salgueiros, ante o relvado verde-fresco do prado e o círculo enlameado da área de baliza, também leio livros de estrangeiros, mas não em estrangeiro, uma vez que fiz votos perpétuos de chafurdar numa língua em que é possível dizer coisas tão pertinentes como «Ainda agora dei uma», citação, como é bom de ver, do grande Luiz Pacheco, um indivíduo que não conheci mas que cada vez mais necessita a Portugal.

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