domingo, 20 de dezembro de 2009

Lucílio quê?

Entretanto, encontro-me neste momento em estágio psico-emocional a fim de como espectador suportar as pressões competitivas a que vou estar sujeito, sobretudo ao nível da contenção de arremessos de garrafas de vinho, que serão algumas, na direcção de indivíduos cujo apelido rima com vigarista. Entretanto, a leitura de Nabokov é redentora e aprende-se tudo sobre as infinitas possibilidades de perfilar um percurso literário aristocrático, heterossexual e iniciado com grandes exibições na baliza da equipa da Universidade de Cambridge, confessando o russo americanizado que, em três anos, não entrou na Biblioteca uma única vez e que apenas pisou o enlameado na área de baliza, ao que parece com grande prazer. Obrigado, Senhor, a literatura, afinal, ainda pode salvar-nos. Entretanto posso desde já adiantar que a discussão entre a JR e o estimado Leitor Panão, em torno da sabedoria da Cruz e das inúmeras possibilidades de ligar a homessexualidade a evidências genéticas, com alusões a argumentos antropológicos e sociológicos (ó fragilidade das fragilidades perante argumentos bíblico-sacerdotais) é bastante ilucidativa daquilo a que os católicos chamam o dom da caridade. Já que não podemos recomendar Maria como estrela da manhã, aqui fica um voto de santa paciência e perseverante meditação nos mistérios da Cruz para a JR que ainda tem a generosidade de gastar tempo a discutir problemas institucionais com leitores preocupados com a distribuição matrimonial do poder prersbitérico (grande palavra). Como explicar ao leitor interessado na salvação do mundo, em geral e da JR, em particular, que a verdadeira sabedoria da Cruz é suportar a estupidez dos Católicos, como um indivíduo chamado Cristo, em tempos que já lá vão, suportou a estupidez dos Judeus, e que está tudo bem connosco, e com o Benfica, e com os homossexuais e que o mundo, talvez infelizmente, não vai mergulhar num lago de fogo?

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