quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Para o ex-jogador de Coritiba, Flamengo e Corinthians, seria 'injusto' para o mundo ver uma Copa sem a equipe onde atua o melhor jogador em atividade


Recorrentemte, inúmeros comentadores desportivos, sejam eles retardados, como Queiró ou Querido Manha, ou amaneirados, como Rui Santos ou Freitas Lobo, emitem juízos jocosos em torno dos "brasileiros" da selecção. Freitas Lobo, um dos mais complexos fenómenos do desvario mediático em que tropeçando vamos a caminho da desgraça, é o campeão dos briosos portucalenses de velha cepa, como se não tivessemos sido nós a inventar o Brasil. Se me é permitido, eu gostaria de chamar a atenção para o facto de os alegados "brasileiros" serem cidadãos da República Portuguesa, com tantos direitos e deveres como qualquer nascituro de Moreira de Cónegos. E para que não se repita, lembrem-se de que a qualificação da selecção não se deve a Raul Meireles, nem a Queirós, mas a esta instituição do empenho e do sacríficio altruísta em prol da equipa, que aparece aqui em cima num momento de rara elegância, que valeu o apuramente, no momento em que definitivamente estávamos arrumados, Liedson, varão ilustre da terra de Camões, que maneja desde pequeno essa pátria que é a língua portuguesa, com bastante mais rigor e clareza que Rui Santos ou Oliveira ou Rui Costa, mesmo estando estes num dos seus raros melhores dias. No final do jogo, Liedson afirmou: «Seria injusto para o mundo não ver Cristiano Ronaldo»: quem, nascido em Portugal, seria capaz de produzir esta prodigiosa frase?

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