segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Manuel Carvalho, aquele senhor que comenta coisas na RTPn: post com referência ao estilo de Manuel Machado

Decidi hoje mesmo iniciar um boicote formal ad eternum à compra do Jornal Público. É certo que o mesmo jornal se encontra, em regime de distribuição gratuita, naquela zona metalizada onde deslizam as compras nas caixas do Continente. Contudo, mesmo gratuitamente, nem a limpeza do rabo se oferece como gesto maximizador de recursos se efectuado a partir das possibilidades materiais disponibilizadas por um folha do Jornal Público. A última página, e isto a mero título de exemplo, costuma trazer uns indicadores de performance das mais variadas incidências, desde o Rato Mickey até ao PIB da Indonésia. Jorge Jesus recebe hoje um titubeante nem mais nem menos, que é como quem diz, assim assim. A avaliação é feita por um dos três (como a santíssima trindade) directores-adjuntos do Público, Manuel Carvalho, e justifica-se, segundo o alegado analista, pelas «enormes fragilidades» demonstradas no jogo benfiquista, apenas superadas devido a um «erro grave do árbitro». O mesmo Manuel Carvalho refere em editorial que «Louçã, sabe que, mais dia, menos dia, a ala pragmática e menos Lux do Bloco lhe imporá a sua vonta de governar». Ia eu a sair do Lux, depois de congeminar com Louçâ a forma como vamos depenar até ao último centavo, Belmiro de Azevedo, quando me ocorreu que talvez Jesus seja o Pedroto do Benfica, sendo que Jesus, o treinador do Benfica, não o salvador da Humanidade, parece ter muito mais cultura táctica, e muito menos vontade de partir os dentes a um seu irmão por motivos futebolísticos, do que Pedroto. Ninguém duvida, e eu menos que ninguém, que o jornalismo é um sub-produto da revolução burguesa, pelo que não existe neste post o mais pequeno ressentimento em relação a Manuel Carvalho. A questão da qualidade do jornal Público prende-se apenas com motivos de preferência racional na escolha de um player, moi, um indivíduo que julga ter chegado o tempo de trocar a leitura do Público pelo jornal A Bola, periódico que passou a ser a minha referência em matéria política. É que eu nunca gostei do Kostadinov, mesmo quando as vozes búlgaras – que é o outro nome daquele movimento de guinchos colectivos vindos do leste - passaram a ser música de referência e a dominar o mercado, tão difícil como saturado, da world music, sobretudo em épocas futebolísticas em que o Benfica apresentava uma probabilidade, digamos, gigantesca, de ganhar com perturbante facilidade, o campeonato português da mais popular das modalidades.

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