quarta-feira, 15 de julho de 2009

As linhas de demarcação como problema de interpretação moral

Por vezes a bola rola sobre a linha, enquanto os pés do futebolista se multiplicam em pequenos toques na tentativa de evitar a (im)possível transposição. Na linha de golo existe um problema ainda mais terrível: a bola entrou ou não entrou? Isto tem consequências sérias para o marcador e mesmo para o funcionamento cardíaco de milhões de indivíduos em todo o planeta, no caso de se tratar de um futebolista pertencente a um clube afadistado, cujos ex-presidentes não representam a associação de empresas construtoras de obras públicas. De qualquer foram, e de acordo com aquele clube de velhinhos que se ocupa destas coisas, a boa deve transpor na totalidade a linha de baliza, sendo que a totalidade sempre foi um dos problemas candentes da física. (deixo a questão em aberto ti, dweebydoofus). Em todo o caso, o Osservatore Romano vem ilucidar-nos sobre alguns destes problemas, se bem que num sentido mais profundo. O novo filme de Harry potter terá atingido um ponto de equilíbrio, alcançando «uma clara linha de demarcação entre os que trabalham para o bem e os que praticam o mal». Na verdade, desde os tempos da Palestina ocupada por Roma, a sociologia instantânea sempre espreita em cada sacerdote que arrisca um juízo sobre as coisas.

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