quinta-feira, 18 de junho de 2009

Match point

Para encerrar esta desagradável questão da falta de humor dos professores, deixo aqui um mapa sobre a forma como respondem espectacularmente às questões colocadas, eles, os professores que estão habituados aos labirintos espinhosos da pedagogia. E com isto, fazendo uma vénia, deixo assuntos que, de facto, transcendem a minha curta capacidade de absorção.
Disse eu:
Um post, ilustre Guinote, nunca é ao lado quando o espera a correcção de quem já criticou erros da formação passada e presente e até tem ideias sobre o que se poderia fazer. Confesso que não fiz a referida pesquisa. Compreenda as minhas razões: estou normalmente imerso na escrita de posts ao lado, desfeito pelas bicadas dos galináceos que, de todo o lado, correm a disputar o milho do galinheiro. De qualquer modo, fica prometido que o vou fazer. Na verdade, parece-me que acusou um pouco o toque, ao jeito de quem tem coutada nestas matérias, uma vez que coloquei questões que julgava pertinentes, mesmo se no fim se considera a contra-tecnocracia como insultuosa. Porque não trocar a publicação de sínteses blogosféricas pela organização de equipas de trabalho que encontrem solução para as ignominiosas injúrias a que são sujeitos, qual mártir cristão nos pelourinho de Roma, os honrados professores. Neste sentido, seria bom ter-me poupado uns minutos e ter deixado aqui o link para as ditas reflexões. Pelo que a questão fica em stand by.
Disseram eles:

bulimunda Says: Junho 18, 2009 at 9:14 pm
Pois então vá adorar o seu grande líder coreano…costuma-se dizer que o carácter de uma pessoa se vê PELA FORMA DE ESCREVER E PELA FORMA DE COZINHAR…ou seja se nada tem a esconder a sua cozinha +é simples e nada sofisticada…se por outro lado é alguém com carácter dúbio , falso…enche os prato de reduções , molhos e afins…tenta encobrir o verdadeiro sabor da comida…na escrita é o mesmo…uma escrita escorreita e simples como o Torga o Ferreira de Castro ou até o Virgílio Ferreira são como à agua de um cachoeira….outros tentam elaborar escritas labirinticas kafkianas de tal forma herméticas que quase não percebem o que escreveram…apenas para armarem ao intelectual de café …
Paulo Guinote Says: Junho 18, 2009 at 9:03 pm #34,Escritura arrevesada para pouca uva.Parece-me gostar de se ler a si mesmo.Acontece a todos, até a mim de quando em vez.
coeh Says: Junho 18, 2009 at 9:31 pm
18#isto não é um espaço de discussão? É também um espaço de liberdade…Quem entra em casa alheia sujeita-se ao anfitrião e à sua disponibilidade? regra básica da boa educação…
Disse eu:
Aí, caro coeh, temos um ponto. Apenas confessei a minha surpresa, não cuspi no prato que me puseram diante. O anfitrião não está, é certo, temos que aguentar o silêncio da sua ausência, estalando na noite, quais foguetes de lágrimas que o próprio céu chorará. Desde já, peço perdão à Professora de Literatura. A prosa é má: é um facto. Nem todos podemos ser esclarecidos e eu, negro como um cão, diria que a minha «boca é bilingue» e que, normalmente, sou «um homem de palavras[s]» para citar, novamente, um colega do ensino nocturno, desaparecido há alguns anos, no tempo em que os professores escreviam com correcção.
Continua a faltar o tal link para as ideias sobre avaliação. Sobre escritura arrevesada confesso que não estou familiarizado com o conceito. Como é evidente, embora não esteja satisfeito comigo, gosto de me ler a mim mesmo: se isto acontece ao Paulo Guinote, mesmo que de quando em vez, é porque deve ser uma coisa positiva. Já reparou como estes comentários estão cheios de gente ressabiada? Compreendo que seja desagradável, de quando em vez chocar com a realidade, mesmo se os aplausos vêm de todo o lado. Na verdade, não pretendia ofender ninguém, não sei se repararam. Apenas continuo a supreender-me (já sabem, sou narcisista) no meio de várias perplexidades, tendo em conta a forma como os professores conduzem o problema da educação. Sugiro que me digam um ministro que tenha feito um bom trabalho nos últimos trinta anos? Aceito a lição que derem, neste como noutros assuntos. Os senhores é que são, afinal, os professores. E desde já regresso ao silêncio de onde talvez não deveria ter saído.

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