quinta-feira, 14 de maio de 2009

O povo semi-soberano

Soube hoje deste livro, que é a tese de Doutoramento de Maria da Conceição Pequito Teixeira (douta senhora que desconheço totalmente).

Sobre o livro, Adriano Moreira diz isto:

«ESTE EXCELENTE LIVRO vem relançar um tema fundamental da democracia representativa, que é o da salvaguarda da soberania do povo, fonte da legitimidade do poder, face às derivas dos aparelhos organizados para, em seu nome, governar». «A longa e interessante análise a que a autora se dedicou, meditando sobre os textos dos teóricos, dos observadores e dos analistas, mas também sobre as atitudes dos cidadãos críticos, descontentes e cépticos, procurando escutar a «voz» da mão invisível que fala pelas estatísticas, termina com esta pergunta de algum modo angustiada: «Se não podemos deixar e reconhecer que (...) os partidos são instituições essenciais à democracia, sendo esta impensável na sua ausência, resta-nos porém saber o quê e como fazer para ultrapassar as suas tendências fechadas, oligárquicas e autoreferenciais através de novas estratégias de democratização?»
«O presente livro concretiza assim o objectivo da proposta indagação, que é evitar que o povo seja tratado como um agente semi-soberano (...) quando a democracia deixa de ser uma forma de poder delegado pelo povo, para se converter numa forma do poder exercido pelos partidos e pelos políticos profissionais sobre o povo».

Agora que, mais do que nunca, me sinto politicamente activo (só foi preciso uma crise mundial de consequências nunca antes vistas) isto parece ser uma grande leitura e podem ter a certeza que vou comprar.

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