domingo, 24 de maio de 2009

Nós, Europeus, escrevemos muitas vezes no Google a palavra «Mulheres», «Benfica», «Resultados do Euromilhões», «restaurantes», «paraísos de sonho»

O PS escolheu cedo o seu principal candidato e rapidamente colocou na rua um cartaz para o dar a conhecer, sob o lema 'Nós, europeus'. Um lema cujo significado sintetiza bem o resultado de mais de 800 anos de história e de duas décadas e meia de integração europeia, numa afirmação clara daquele que é o nosso espaço natural. Marcos Perestrello, Expresso; Maio de 2009
Pedimos desculpa ao Marcos Perestrello mas estamos apostados numa campanha de divulgação do nosso lema e, como não temos cartazes, temos que recorrer a terrorismo informático. Posto este esclarecimento sobre títulos e técnicas de liderança, passamos, rapidamente, ao que interessa. Nós, Europeus, nascidos em Portugal, podemos todos os dias contemplar o lema do PS, entalados numa rotunda, enquanto buzinamos furiosamente contra um camião, ao serviço da distribuição de fruta, que ultrapassa pela direita, e um taxista, conduzindo uma velinha afundada em sacos, que ultrapassa pela esquerda. E o que diz esse lema? Que nós, europeus, mas portugueses, sintetizamos bem 800 anos de história (800 anos de história bem sintetizados entre o sovaco direito mal perfumado, e a hérnia discal provocada pelo transporte da bilha do gás). Por outro lado, somos o resultado de duas décadas e meia de integração europeia. Logo, integramos, durante duas décadas e meia, aquele que é o nosso espaço natural. Resumindo, temos 800 anos de história mas só integramos, numa afirmação clara, o nosso espaço natural hà duas décadas e meia. O que nos conduz à ideia (natural) de que durante 775 anos estivemos a afirmar com a clareza dos ribeiros minhotos, e de uma forma afirmativa - José Mourinho style -, a nossa pertença à Europa. Daí que Marcos Perestrello não precise de nos relembrar no Expresso que o PS espalhou cartazes, afirmando de forma clara (sustentados por duas décadas e meia de integração e 800 anos de história) que nós - os mais agéis empilhadores de paletes por tudo quanto é cais manhoso nos portos do mundo inteiro - somos, na verdade, europeus.

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