sábado, 1 de novembro de 2008

Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado disse uma vez Einstein

Ao clicar no google notícias dou de caras com a seguinte expressão: «Público é facilitista». Isto a propósito do mais recente ranking das escolas secundárias. Claro que a frase, infelizmente, não passa de uma gralha. Na verdade, Couto dos Santos, antigo ministro da Educação, teria afirmado que a ecola pública é facilitista, não o Público, esse pobro jornal dirigido por José Manuel Fernandes. Eu, contudo, acho que seria mais apropriado manter a primeira versão: Público é facilitista. E é facilitista porquê? Porque baseia a análise de um dos mais complexos fenómenos do mundo moderno - a escola - num ranking rídiculo e feito à medida dos estabelecimentos privados. Não porque o cálculo das médias seja feito por mecanismos esotéricos mas porque a simples avaliação baseado numa média aritmética é a chave de ouro na estupifificação positivista do jornalismo português.
Eu, porém, tenho uma solução. Extinguir desde já a escola pública e nomear José Manuel Fernandes como líder de uma nova organização libertária: a escola de excelência desmultiplicada por alguns dos pontos fundamentais de liderança no ensino: S. Jão de Brito, Salesianos, Sagrado Coração de Maria, Mira-Rio, Mira-Sintra, Trio-Odemira, Escravas do Sagrado Coração de Maria, Excelsíssimo e Sacratíssimo Espírito Santo, os meninos do senhor, os meninos do senhor que manda, os meninos do senhor que ganha, os meninos do senhor que pode, etc. Ora estes centros - de excelência - lançariam os seus projectos educativos, de rigor e sucesso, por todo o país, deixando aos cidadãos - especialmente os do bairro do Cerco - a liberdade de se organizarem em novas celebrações da inovação, do conhecimento exigente, exigentíssimo - que digo eu - novas celebrações desse amanhã que canta - Greenspan, o mercado ainda há-de ser nosso.

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