sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Quod erat demonstrandum

Tenho acompanhado este tema ao longe, mas do que tenho lido existe uma imensa opinião do que o ensino privado é muito melhor do que é oferecido pelo Estado (e do qual fiz parte durante 17 anos). Estas opiniões baseiam-se em analises aos exames do 12ºano e que colocam as escolas privadas no topo. Parece-me demasiado redutor este tipo de análise pois não leva em conta o cenário sócio-económico onde se enquadram estas escolas. É claro que uma escola em Lisboa tem mais hipóteses do que uma em Bragança, porque os alunos que as frequentam tem acesso a mais e provêm de meios económicos mais favoráveis. Uma escola numa zona desfavorável não tem as mesmas hipóteses, porque o aluno que a frequente tem que lidar com muito mais do que o simples facto de estudar (trabalhar, violência, desmotivação, falta de perspectivas de futuro, e por ai fora).

Mas será que existem assim tantas diferenças entre o privado e o público? Via memória inventada, reparei neste post que demonstra bem (matematicamente como deve ser sempre) que as "imensas" diferenças não assim tão visíveis como se apregoam. Para acabar coloco aqui um excelente ponto de vista que arruma definitivamente com a questão (via Zero de Conduta)


1, 2, 3, 4

e de onde retiro esta seguinte citação:

"Ideologia e preconceito contra o sistema público, baseada no aproveitamento demagógico do senso comum. Não tem nenhuma base, nacional ou internacional, que a suporte. É o preconceito de classe travestido de preocupação social. Tudo em nome da liberdade da iniciativa privada que, veja-se, só é verdadeiramente livre se for o Estado a financiá-la. E diz-se esta gente liberal."

QED - Quod erat demonstrandum

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