sábado, 31 de outubro de 2009

Amor



No segundo vídeo os senhores foram ver o leão um ano depois de o terem dado e foi-lhes dito pelos senhores do parque que o leão não os reconheceria. Foi assim que o leão os recebeu após um ano de vida com outros leões:

É preciso dominar a técnica

Existem muitas e variadas formas de insultar um ex-ministro pela sua ignominiosa ignorância (a leitura excessiva de António Nobre resulta nestes defeitos de linguagem), o problema é que, como é do conhecimento dos leitores deste blogue (três ex-frequentadores da missa em S. Domingos de Benfica, uma jovem promessa falhada do Atlético de Porto Salvo, um proprietário de um Talho no Beato e quatro amantes da prática do tiro aos pratos), costumo deambular por sítios onde o trabalho produtivo não é um valor de referência. Acresce a esta problemática - já de si bastante complexa por não se articular devidamente com os profundos conhecimentos de ju-jitsu jornalístico de Ricardo Costa - a escandalosa falta de sentido de responsabilidade que me anima desde as primeiras fraldas, aspecto vigorosamente assinalado pela minha mãe com a seguinte frase «olha para o que fizeste» e devidamente consagrado por uma Professora de Matemática (cujo cabelo ostensivamente pintado até à testa, e as sobrancelhas carbonizadas, explicam uma certa austeridade, na época incompreensível) que após um teste, digamos, menos feliz, sentenciou «que miséria Franciscana». O insólito da situação reside no facto de a saudosa Professora desconhecer que era eu o único aluno do secundário que havia lido, na totalidade, as obras completas de Francisco de Assis - graças à eterna bondade de Deus, não eram vastas - no tempo útil das aulas de matemática, o que resultava num cruzamento entre especulação lógica e as virtudes celestes dos malmequeres do campo, que não se verificava no planeta terra há pelo menos 650 anos. Grças também ao senhor por esta leitura não ter provocado danos irreparáveis na observação táctica das sucessivas equipas do Benfica que, ao longo dos anos, se têm despenhado na mais atávica imobilidade, perante o meu prognóstico, claro, objectivo e muito antecente ao desfecho do jogo. Se me tivesse deparado com frases cujo esquema geral invocasse um qualquer autor dos PALOP, as consequências seriam irreversíveis. Este reconhecido sentimento de irresponsabilidade leva-me, portanto, a não poder insultar ex-ministros que insultam jovens invocando a suposta ignorância da aritmética de jovens que, devido à incompetência de ex-ministros como esse que agora me abstenho de insultar, vão ter que trabalhar como caixas de supermercado, sem as devidas habilitações aritméticas e, assim, cumprirem a sua função de objectos de insulto catedrático. É que ontem (antes de evoluir no palco da Cornucópia a mulher mais bela do mundo, com um sentido de velocidade e leveza, neste momento só acessível às virtudes de Fábio Coentrão, com vertiginosas deambulações de sentido e raciocínios lógicos, golpes de emoção desferidos apenas com a íris - o que obrigou Luís Miguel Cintra a perder-se duas vezes no texto), estavam três adolescentes, dois rapazes e uma rapariga, não mais que dezasseis anos, à porta do Teatro, na esperança de conseguir Bilhetes. Esperaram, a fim de numa almofada (dada a superlotação da sala) sentados no chão, com o Hamlet fotocopiado debaixo do braço, aprenderem a arte de gastar uma vida inteira sem produzir uma única coisa que tenha a miníma rentabilidade no tecido produtivo e na competitividade das empresas. Não consigo sequer acabar de digitar a palavra competitividade sem me vir à cabeça a ideia de que o ferro de engomar, comprado a baixo preço, numa competitiva loja de um rentabilíssimo centro de comércio, acaba de me encher uma camisa branca de manchas castanhas. Aimar vai hoje ser expulso. Mas isso não será nunca um problema.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Afeganistão III









Resto das fotos aqui.

jornalismo conceptual

Muito atraso, demasiado atraso. Mas vi, entre alunos, mas vi. Pollock, a sua "action Painting" e o resultado final. Assim podia ser o jornalismo ou até o comentário, desportivo (é sempre desportivo, procura-se sempre uma vitória em cada comentário, senão o silêncio). Pollock derramava, explodia, ejaculava enfim, deixava cair uns pingos de tinta em telas brancas criando, inatingíveis, os seus quadros. A crítica (quem?) chamou-lhe arte e à técnca despida de raizes, conceito, pintura de acção. E como sabe quando umna obra está pronta? pergunta a jornalista, E quando sabe quando acaba de fazer amor? responde o pintor
Assim poderia ser o jornalismo português, conceptual. Imaginem um Pós e Contras em que todos os convidados vomitassem para uma tela branca ou um I feito à moda antiga, com o revisor a misturar todos os caracteres antes da impressão. Seria o resultado final diferente do que hoje é? Pelo menos teriamos o conceito, JORNALISMO CONCEPTUAL, ou seja, continuava a ser a mesma merda de sempre, mas suportado seria por um conceito que o levaria à categoria de arte.

p.s. o mesmo poderia e deveria ter acontecido com este texto ,acredito

Como agora se diz por aí: LOL


"Um indivíduo da cor do Eusébio"

escutado ontem no regional Tomar - Lisboa. O politicamente correcto, versão tuga.

Os pobres são uma cambada de langões, languescendo todo o santo dia na tasca

Ontem li que a directora do Banco Alimentar alertou contra "os efeitos perversos do Rendimento Mínimo" e que deveriam ser exigidas contrapartidas tais como obter um emprego.

Eu gostava de lembrar a esta senhora, e ao Paulo Portas também, que a contrapartida para receber o Rendimento Mínimo é ser-se mais pobre que o resto dos remendados deste jardim à beira-mar plantado. Exigir contrapartidas, e digo-o sem qualquer ironia, é que é perverso. Ao nível de obrigar desempregados a limpar mato. Quem recebe um subsídio do Estado porque se enquadra numa determinada categoria (pobre, desempregado, etc) não tem que contribuir em nada para sociedade. Ponto.

Pai, afasta de mim este cálice.


Vamos fazer uma roda, de mãos dadas todos juntos, ora aperta, ora alarga, quando nós já somos muitos

Um indidvíduo que se apresenta como uma grande promessa da ciência, uma espécie de Coentrão da Biologia, Johan Lehrer, deu origem a esta magnífica prosa num Jornal de referência: «Leher começou a aperceber-se de uma inesperada coincidência: parecia-lhe que Proust previra os resultados das experiências que ele ajudava a desenvolver no laboratório. Dito de outra maneira: Proust partilhava com as mais recentes descobertas dos neurocientistas a mesma visão dos mecanismos do cérebro e do mundo. A grande diferença é que o fizera com um século de antecedência.» É tão cansativo, mas tão cansativo, ler este tipo de conclusões, que chega a ser uma questão de caridade alguém escrever ao rapaz do Instituto Gulbenkian - que também frequentou as Américas - portador de óculos «Rui Santos», ganhador de um prémio milionário de ciência para estudar mecanismos de decisão em ratinhos, para que não perca tempo em laboratórios e comece a ler qualquer coisa que valha a pena, uma vez que corre o risco de ter de acrescentar à última da hora um subtítulo à sua investigação, que diga qualquer coisa como «Proust era um neurocienstista» ou «Ao encontro de Espinosa». Para citar Valentim Loureiro: «Foda-se».

Luta de classes II, seguida de uma quase tentativa de cambalhota de um homem que nunca estará a morrer da escrita

Aí pelos anos oitenta, José Barata Moura celebrizou um tema de referência para crianças com menos de oito anos que não comessem a papa com alusões específicas a um tema que tem preocupado Luís Campos e Cunha, um indivíduo cuja origem de fama pública oscila entre a posse de uma cátedra de Economia e o facto de pentear o cabelo com um cilindro de comprimir alcatrão (parece que agora é uma mistura de pneu reciclado). O tema cantado pelo filósofo referia-se a um indivíduo chamado Anacleto Parafuso, grande inventor que, na aldeia do Juzo, montou um computador maravilha (supermioleira) com esperteza de mangueira e miolos de ervilha, acontecendo, porém, o estranho caso do dito computador se enganar com alguma frequência em diversas matérias. Estamos, como é bom de ver, diante do dilema razão/opinião, isto é, estamos diante do tema, trabalha se não levas no focinho. Neste sentido, Campos e Cunha espraia com apreciável luminosidade a separação entre a legitimidade política eleitoral e a razão científica da ciência económica, razão que, entre outras verdades gravadas a ouro nas tábuas da lei científica, decreta a impossibilidade do aumento do salário mínimo para 2010, já que o referido aumento «aumentará o desemprego dada a gravidade da situação económica e da inflação, que tem sido negativa». Seria a ocasião para descrever como justamente a ciência económica se explica decisivamente na necessidade setecentista de vergar a opinião pública a interesses comerciais coloniais mais do que duvidosos, invocando o alcance de supostos, mas duvidosos, benefícios públicos, para utilizar outra expressão do século XVIII. A verdade é que a ligação entre economia e ciência burguesa, hoje fora de moda, exlica a capacidade de financiar o novo poder tecnocrático que torceu a democracia e deixou novamente inquestionável a natureza do poder como ciência, que é o mesmo que dizer «trabalhe o preto e nós lucramos todos». Daí à criação da ciência económica como razão da política foi um saltinho. É claro que a ciência económica continua a explicar isto com o custo ideológico do cumprimento dos contratos.
Por outro lado, os pretos vão mudando de cor consoante mudam o tempo, as conjunturas e a geografia. Em todo o caso, o capitalismo continua a manter a sua lei de ouro: sem trabalho escravo não há acumulação, que é como quem diz que não há criação de riqueza. Eu já sabia. Mas eu gosto de cafés no Barreiro, de onde rompem chaminés às riscas vermelhas a furar um céu escuro e carregado por nuvens de pombos e gaivotas. Não vivi em Nova Iorque ou em Washington. Continuo a preferir a estação da Amadora, onde se comem, em pastelarias de paredes espelhadas e mobiliário plástico de tons mármore e ébano, as melhores sandes de panado do mundo, a baixo custo e com largos benefícios para quem quer deixar este planeta o mais depressa que for possível.

Caro Rodrigo, conto estar contigo logo à noite

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Luta de classes


Ia agora explicar a Henrique Raposo que o "O Dever da Verdade" é a última coisa que deve abrir-se para perceber «o nosso estado» sobretudo quando se acha que a realidade é constituída por um quadro de facilidade para todos quantos beneficiam de direitos adquiridos, à excepção dos bravos politólogos, onde presumo que se deva incluir o clube de Oxford, que, galhardamente, resistem contra a mediocridade global do país, agitando a bandeira da guerra ao estado social, essa figura responsável pelo nosso falhanço económico. Ia explicar, é certo, mas, além da inevitável consciência de que não estou a morrer da escrita, e por isso tenho muito mais que fazer, entre outras coisas, regar as geribérias do quintal, reparei que Carlos Azenha está a explicar os efeitos psicológicos da bola-que-bate-na-barra-e-não-entra quando num plantel profissional de futebol, chega o momento em que a chamada pressão aumenta na exacta proporção em que se apertam os esfincteres, mal surge no enfiamento das alas dois indivíduos que ainda há dois meses estavam votados à galeria das jovens promessas falhadas e que têm em comum a maravilhosa coincidência, ó bem aventuranças do monte, de ter nascido em bairros, digamos, problemáticos.

Livros cuja capa é suficiente para denunciar um conteúdo baseado numa adaptação de Miami Vice mas sem as palmeiras, as pistolas e as camisas floridas


E eu que estou a morrer de mamar alheiras de mirandela com ovo mas com toda a elegância que é possível a um neto de pastores


Um vintém é um vintém e um Walter Hugo Mãe é um Walter Hugo Mãe

Porquê insistir na prática de uma actividade em que outro dos praticantes o faz muito melhor do que nós? À excepção de Jorge Jesus, depois de um insulto erudito do Professor Manuel Machado, cujas incursões etnológicas no linguajar popular - dignas de Orlando Ribeiro, ou do Alberto Sampaio das «Póvoas Marítimas» -, arrebatam a análise antropológica do povoamento de Portugal a níveis explicativos capazes de transformar o falhanço da reforma agrária numa equação de primeiro grau, ninguém coloca a questão da objectividade tão bem como o autor de «A Causa foi Modificada». A visita ao Senhor Palomar produziu o meu contacto com uma capa do Ípsilon, em que se informa que o Valter Hugo Mãe (ao que tudo indica, um escritor) é, e passo a citar - como sabem eu nunca invento nada -, "um homem que está a morrer da escrita". Desde o "morreste-me" do José Luis Peixote que não vomitava tanto. Para quê acrescentar mais, quando a exactidão vive no coração da simplicidade?

Jorge Sousa


Jorge Sousa foi o árbitro escolhido para o Braga-Benfica.
Estatisticamente, o Benfica ganha mais jogos do que perde... Com Jorge Sousa, a estatística inverte-se. Porque será?
Aqui ficam os resultados dos últimos jogos do Benfica com arbitragem de Jorge Sousa:
- Leixões - Benfica: 1-1;
- Benfica - Setúbal: 1-1;
- Benfica - Porto: 0-1;
- Benfica - Braga: 1-1;
- Sporting - Benfica: 5-3;
- Benfica - Setúbal: 3-0;
- Benfica - Porto: 1-1;
- Trofense - Benfica: 2-0;
- Benfica - Vitória Guimarães: 0-1;
- Nacional - Benfica: 3-1;
- Leiria - Benfica: 1-3.

Justiça

Perante esta noticia trágica diz um "anónimo" comentador:
Justiça
Agora era fazer justiça a essa senhora que se diz "Mãe", uma pedra de 500kg ao pescoço e deitá-la ao mar.

Cada vez que leio estes comentários não sei o que pensar. Fico assustado para não dizer mais

Dedicação a Oeiras

a 12 de outubro

À agência Lusa, Marcos Perestrello reafirmou de que não haverá nenhum entendimento com a autarquia novamente liderada por Isaltino Morais, mas que irá assumir-se como vereador da oposição.

a 29 de outubro

Marcos Perestrello, antigo vereador da Câmara de Lisboa e actual autarca em Oeiras, vai ser secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar no ministério agora tutelado por Augusto Santos Silva.

Um exemplo a seguir atentamente nos próximos anos. Este vai ser o novo sócrates

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

por um momento de silêncio

De tudo o que se diz sobre Portugal, o dos grandinhos, apenas 4.25 % é verdade. Sabem porquê? Porque é a parte em que Pulido Valente, Fátima Campos Ferreira, Medina Carreira e uma interminável série de homens com cabeça de altifalante, se calam (com imaginação, espero que calem).

Afeganistão II

As fotos todas estão aqui.

A recent U.N. report recorded 1,500 Afghan civilian deaths in the first six months of 2009 alone, describing this as the deadliest year for civilians in Afghanistan since the start of the U.S.-led war against Taliban eight years ago.

Mas o que vale é que é tudo em nome da paz mundial e acabar com o terrorismo. 








Asan Bibi, 9, (R) and her sister Salima,13, (L) stand in the hallway of Mirwais hospital October 13, 2009 Kandahar, Afghanistan. Both were badly burned when a helicopter fired into their tent in the middle of the night on October 3rd, according to their father. Three members of the family were killed in the incident.

 

Seven-year-old Attiullah poses in front of an x-ray of the bullet that entered the small boy's back coming out through his chest standing by his bed at Mirwais hospital October 13, 2009 Kandahar, Afghanistan. According to his grandfather, Attiullah was shot by U.S forces as he was walking in the field near his home






 

 




 

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Isto é extraordinário



Uma das maiores capacidades do ser humano é de facto a imaginação e aquilo que consegue para a cumprir

Vejam o site do rapaz aqui

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Obama é um brincalhão

E é um brincalhão dos grandes. Reproduzo aqui o que recebi do Ralph Nader (sim o Ralph Nader envia-me emails...not!)

Sem mais delongas cá fica o texto na íntegra:

I just received a letter from President Obama. Right there on the outside envelope are the words “I need you.” After not answering several letters which I have mailed and faxed to him, I was, for the briefest of moments, curious about this personal plea for help. Then, of course, I realized that it was a form letter from Mr. Obama via the auspices of the Democratic National Committee (DNC).

I started reading the two page, single-spaced missive. His words prompt responses.

He opens with undeniable declarations, to wit: “There are times in the life of our nation when America’s course can only be set by the concerted effort of citizens determined to pull our country through.

This is one of those times—and your personal involvement in moving America forward is absolutely essential.”

Just what this “personal involvement” is all about is unclear, other than to make a “contribution of $25, $35 or even $50 to the Democratic National Committee” which is somehow supposed to make sure that “America’s families are actively engaged in the critical decisions that lie ahead.”

This money will fund something called “Organizing for America” under the DNC which will unleash “volunteers and activists” to “carry our message…all across this great country of ours.”

The “message” includes “reforms that will bring down the cost of health insurance for families.” But Mr. Obama has taken the one reform—single payer, which he used to support—off the table and replaced it with a bill over a 1000 pages that will do just the opposite—to the delight of the drug and health insurance industries (see singlepayeraction.org).

Continuing into the letter, Mr. Obama emphasizes that “in communities all across America, people are worried about whether they’re going to have a job and paycheck to count on.”

But he has done nothing to support the card check reform to facilitate workers forming unions—an objective he supported during his presidential campaign. Still no push on Congress, no ringing statement of support, as he has uttered numerous times in promoting his various bailouts of Big Business.

One way to help low income workers to pay their bills is to elevate the federal minimum wage to $10 an hour which is what the minimum wage was in 1968, adjusted for inflation. The federal minimum wage is now $7.25. Adding $2.75 per hour would increase consumer demand in our faltering real economy.

The Democrats and Republicans, who gave bailouts in the trillions of dollars for the paper economy of the mismanaged, speculating, reckless big banks, big investment firms and insurance giants like AIG, should provide some economic assistance to workers on Main Street and not just Wall Street.

Mr. Obama writes: “Let’s put America’s future in the hands of people who are willing to work hard, willing to take their responsibilities seriously….” Perhaps Mr. Obama should read the short book by one of his Harvard Law School professors, Richard Parker, titled Here the People Rule. Professor Parker makes a strong case that the government has a constitutional duty to facilitate the political and civic energies of the people.

An important pathway toward this objective is to provide facilities whereby the people can easily band together in their nonprofit civic advocacy associations which they would fund themselves. Mr. Obama can start this process now by supporting a provision to establish a financial consumer association (FCA) with the pending legislation to start a consumer financial regulatory agency.

Senator Chuck Schumer (D-NY) supported a Financial Consumer Association in 1985 when he was in the House of Representatives. Remember the savings and loan bailouts?

A similar provision can be included in the pending health insurance legislation. These facilities help to redress the present severe imbalance of power between the unorganized people and the corporate power machines which are often taxpayer subsidized and able to deduct lobbying expenses.

These consumer facilities have some precedents. In Obama’s home state of Illinois thousands of consumers of electric, telephone and gas companies voluntarily pay their membership dues to their private advocacy group: Illinois CUB (see http://www.citizensutilityboard.org).

He asks for our “personal participation.” Well why doesn’t he meet with the leaders of consumer, worker and poverty groups in the White House with the frequency with which he meets with the CEOs of giant corporations in the banking, insurance (Aetna), oil, gas, coal, auto and other commercial interests?

Instead he has turned his back on the very constituencies which gave him most of his votes. These are the people who remember Mr. Obama’s campaign promises and all his intonations of “hope and change,” including moving to reform the privileged tax laws for the rich and corporations and revising the notorious trade agreements.

Since Mr. Obama wants “personal participation,” how about moving for D.C. statehood or at least his expressed desire for voting rights and Congressional representation for the residents of the nation’s capital? As the months drag on with a Democratic Congress and a Democratic White House, people are losing hope for any change in their present state of political servitude

domingo, 25 de outubro de 2009

Numa coisa

estou de acordo com o Dweeby: a catequese em Portugal é bastante primária e infantil e isso explica muitas das reacções anti-Saramago.

sábado, 24 de outubro de 2009

Sobre o ranking de Portugal e a liberdade de imprensa

Comecemos com um texto de Orwell que era suposto aparecer como um prefácio ao livro "Animal Farm". Neste prefácio Orwell pretendia tonar público o facto de qualquer crítica ao governo da URSS ser activamente suprimida pela imprensa inglesa.
Este estranho fenómeno devia-se ao facto de a Segunda Guerra Mundial ainda estar a decorrer e como tal não se queria dar a conhecer às pessoas as atrocidades várias cometidas a mando de Stalin.
Orwell expõe pela primeira vez (tanto quanto eu saiba) a forma que estados ditos democráticos têm de controlar a sua população e marginalizar opiniões dissidentes. Novamente existe uma pretensa liberdade e essa liberdade tem que ser constantemente propagandeada de modo a que as pessoas a tomem como sendo certa.

Mas como já foi aqui escrito num post anterior a maior parte das pessoas tem acesso a informação através dos mass media e estes são frutos de corporações e a visão que fornecem do mundo é fortemente distorcida e incompleta.

É verdade que estes mecanismos são mais fortes nos países mais poderosos mas ainda assim a sua actividade não deve ser menosprezada em Portugal.
Vários exemplos podiam ser dados de pretensas verdades que mais não são que mentiras, e de muitas verdades incómodas que não são noticiadas uma vez que a ralé tem é que discutir todo o tipo de assuntos tangenciais e deixar os que fazem dinheiro continuar a fazer mais dinheiro.



Deste vídeo muitas coisas poderiam ser ditas mas a que quero focar é um processo muito simples, mas muito eficaz, de se controlar o pensamento de uma população: faz-se a asserção do oposto de um assunto para se controlar a discussão desse assunto. O exemplo de dado é a natureza das fontes de informação. Por esse mundo fora o que se assume é que os media são parciais para a esquerda e o que se faz é afirmar isto mesmo. Assim sendo o que se discute é quão a esquerda são os media e não se os media são de facto parciais e se sim qual a natureza política dessa parcialidade.
Este é um modo de argumentar que não se deve menosprezar porque de facto é muito convincente. Totalmente falacioso, mas muito convicente. A atenção das pessoas é distraída para uma direcção e depois aí acaba por ficar como não é capaz de fazer o melhor prestidigitador.

O que estou a tentar dizer é que rankings de liberdade de imprensa não querem dizer muito. Porque, das duas uma, ou a imprensa enquadra-se num país de regime totalitário e, trivialmente, não é livre; ou então a imprensa enquadra-se num país dito democrático e nesse caso tem toda a liberdade de transmitir os factos e opiniões respeitáveis/aceitáveis que formarão cidadãos devidamente formatados e preparados para o seu lugar no mundo.

Mas a mim o que me espanta espanta mesmo é a posição 124 da Venezuela. Só isso já me diz o real valor deste "estudo".

O problema é que eu prefiro Beatles

Queria, no fim, tomar uma vez mais outra palavra-chave do « segredo » que justamente se tornou famosa: « O meu Imaculado Coração triunfará ». Que significa isto? Significa que este Coração aberto a Deus, purificado pela contemplação de Deus, é mais forte que as pistolas ou outras armas de qualquer espécie. O fiat de Maria, a palavra do seu Coração, mudou a história do mundo, porque introduziu neste mundo o Salvador: graças àquele « Sim », Deus pôde fazer-Se homem no nosso meio e tal permanece para sempre. Que o maligno tem poder neste mundo, vemo-lo e experimentamo-lo continuamente; tem poder, porque a nossa liberdade se deixa continuamente desviar de Deus. Mas, desde que Deus passou a ter um coração humano e deste modo orientou a liberdade do homem para o bem, para Deus, a liberdade para o mal deixou de ter a última palavra. O que vale desde então, está expresso nesta frase: « No mundo tereis aflições, mas tende confiança! Eu venci o mundo » (Jo 16, 33). A mensagem de Fátima convida a confiar nesta promessa.

Deus cheira mal da boca

Uma das grandes virtualidades do concurso «A Bíblia: quem consegue dizer o disparate mais hilariante?», foi revelar-nos essa bem-aventurada realidade que é o facto de António Bagão Félix, Vasco Pulido Valente e António Lobo Xavier não apreciarem a literatura de José Saramago. Eu, que por vezes tenho que recorrer à Bíblia para cimentar uma identidade própria, através do mecanismo clássico da exclusão (Deus conhece cada um dos meus cabelos - e espero que cada um dos meus piolhos, uma vez que, nao fazendo acepções de pessoas, o Senhor não fará também segregação de parasitas) vejo-me assim aliviado da leitura chata dos textos sagrados, por meio desta claríssima declaração de diferença entre mim, que amo e louvo o senhor José Saramago, com todo o meu coração, e aqueles três comentadores da realidade portuguesa, por sinal, também três dos mais eruditos opinadores na categoria de «não sei do que estou a falar mas ele também não e eu sou mais rico e mais bem nascido por isso, cala-te já!». Outra das grandes virtualidades foi ter sido revelado a esta nesga de terra, comprometida com o culto perene da Imaculada Conceição, que surge um exegeta e profundo conhecedor da Bíblia a cada pontapé num cagalhão de um cão, para citar o meu avô, aliás, homem profundamente conhecedor da Bíblia mas também das trinta e uma maneiras de assassinar Almeida Santos e Mário Soares com instrumentos pirotécnicos, de cada vez que aqueles ilustres políticos apareciam, fortuitamente, no jornal da noite, após o decote de Serenela Andrade, e antes das pernas esbeltas da apresentadoras da metereologia, a louvar os benefícios da espectacular descolonização feita pelo Estado Português, isto quando corria o ano de 1974, e Portugal era um pais feliz, já que José Saramago não tinha ainda ganho o prémio nóbel da literatura.

Gostava de lá ter estado

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cobarde me confesso

Já há algum tempo que quero escrever algo sobre o Saramago-gate mas não consigo. A razão é muito simplesmente cobardia da minha parte. Sei que já coloquei aqui coisas que não agradaram nem a gregos, nem a troianos; mas até mesmo pelos meus padrões o que teria a escrever sobre isto me pareceu demais.

Até falei com um amigo meu sobre isto e ele disse-me que o deveria escrever, mas que não deveria escrever muito se não ninguém o lia.

Decidi então escrever algo quando chegasse à casa, mas novamente não fui capaz de fazê-lo.

Hoje finalmente depois do debate lá escrevi algo (ainda assim bastante contido. ) e publiquei-o. Claro que não publiquei aqui porque muito sinceramente não quero associar as outras pessoas que contribuem com textos a este blog ao que escrevi.
Está escrito e está na blogosfera. Quem tiver curiosidade que o vá ler, mas que vá com cuidado porque posso ferir algumas susceptibilidades.

Aqueles que procuram chegaram aqui de certa forma

Estas foram das mais interessantes palavras de busca que levaram o google a concluir que o elogio da derrota seria uma boa alternativa:

"angela joly de decotes" - adorei o pormenor dos decotes
"ana malhoa de fato macaco" - no comments
"a revolução formalista da teoria dos conjuntos" - ??
"22 homens atrás de uma bola e no final ganha a alemanha, porque?" - sim porque?
"porque as pessoas suam tanto" - deve ser de jogarem tanto à bola
"fátima salvai-me" - sem duvida
"nosaa senhora de fatrima de um metro no mercado livre" - tirando os erros de ortografia, veja-se a importância dos mercados no negócio das imagens de nossa senhora
"o que a biblia esplica sobre derota" - aqui dou uma ajuda. explica tudo sobre a derrota.

Religion is not bulshit

e convêm ter isso bem presente. Há uns tipos na Palestina a suicidarem-se em nome da religião, os descobrimentos portugueses foram feitos para "dilatar a fé e o império" e os US of A formaram-se com exilados religiosos. Religion is serious business. O que não impede "The Life of Brian" de ser um excelente filme.

O evangelho de Jorge Jesus



Enquanto isso o meu Sporting faz que o Livro de Job seja de leitura agradável

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Isto é o meu Corpo que será entregue por vós


O complexo do pastor coxo em ovelhas com síndrome de desorientação: algumas consequências nos ritmos de perseguição e soluções para o tresmalhe

A desqualificação da voz de Saramago como autor que seria portador de uma «ignorância confrangedora» em assuntos bíblicos apenas coloca a questão onde nós há muito tempo já a sabiamos colocada, a saber: 1) quando fala um Bispo trata-se de um problema profissional, altamente especializado, onde o diálogo resvala quase sempre para a novena de monsenhor Joaquim Alves Brás, como traduziria uma mente humilde, a fim de alcançarmos algo que nas palavras um pouco mais eruditas de Bento XVI se podia qualificar como o «estar coração a coração com Ele, tal como exige a participação na oferenda sacramental da Eucaristia e a obediência docil à Igreja», que é a outra forma de dizer pastor de ovelhas, características que pertencem, como é bom de ver, à índole relacional do presbítero, o que lhe permite pertencer a Cristo numa «existência ontologicamente configurada com Cristo», seja ele Bispo ou padre diocesano e mandar em indivíduos a quem a educação torcida e o medo cortaram a cabeça; 2) a questão da legitimidade do discurso é tão ancestral que me rangem as articulações e latejam as fontes só de execer um esfroço retrospectivo de tal envergadura que estou neste momento em espiral infinita, rodopiando de braços e pernas abertos pelo espaço sideral tendo já ultrapassado BucK Rogers, que vai em andamento bastante mais moderado, depois de se ter perdido da sua nave; 3) o direito de cidade, no que toca ao discurso, sobre qualquer matéria que seja, da auto-ajuda à desmontagem de G-3, não se encontra regulado por uma pretensa exigência de sabedoria em si. A sabedoria é uma mulher que ama os guerreiros, lembrei-me agora de um filósofo alemão que clamava que para o padre, só a casa de correcção. Isabel Stilwell acaba de publicar um calhamaço de 400 páginas sobre a rainha de Inglaterra, sendo que se minha excelência, isto é, EU, submetesse à editora Esfera dos Livros um ospúculo de 10 páginas sobre secretários de estado no reino de Portugal, nos séculos XVI-XVII, assunto em que me considero um razoável especialista, ainda por cima confirmado por instituição pública de reconhecido mérito, levava, no máximo, com um martelo de S. João na cabeça, pelo que a razão de tal diferença não encontra na confrangedora ignorância biblíca de ninguém mas no singelo facto de eu me chamar Costa e a referida autora se chamar Stilwell; 4)deve ser consultado, em qualquer circunstância, o mister Jorge Jesus a fim de formar opinião mais qualificada em assuntos de índole espiritual, isto porque, como afirma Luís Figo, o Benfica a ganhar mexe com o país, como talvez não mexam as aparições de fátima, ainda que, aqui e ali, se sintam a cada 13 de Maio algumas cócegas no flanco da pátria.

1h20 dentro de um carro. Só para chegar ao trabalho.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Afinal parece que menti...

Desculpem qualquer coisinha:

E por hoje é só mais esta

We democrats have two options: one, to compromise with a warlord, drug-lord government, those who came into power after 9/11 with the mask of democracy. To compromise with people who are like Pinochet, Hitler, Khomeini… The second way is to tell the truth and not sit silent. It’s a mockery of democracy in Afghanistan. Your governments have replaced the fundamentalist rule of the Taliban with another fundamentalist regime who are responsible for killing, torture and repression.

E deixo também uma frase de uma outra entrevistas, mas esta fica para o leitor descobrir a proveniência: "A majority of Afghans have come to the conclusion that these elections were just a dirty game that the United States and NATO (who heavily influenced the elections) played with the fate of our people, much more undemocratic and fraudulent than the previous one. I think these elections are just efforts by the United States to give legitimacy to its puppet regime in Afghanistan. Everyone knows that there could not be a free and fair election while the Taliban have a presence in 80% of Afghanistan, the rest of the country is controlled by brutal warlords, and the government has no control at all."

Inicio o ciclo Afeganistão

Em vésperas de uma escalada do número de soldados (outra alternativa é material bélico mais eficaz) enviados para o Afeganistão decidi que estava na hora dos pobres diabos que lêem este blog levarem com um manancial de informação (desinformação dirão uns e contra-informação dirão outros) do que realmente se passa naquele país.

Sem mais delongas apresento Malalai Joya que já há vários anos se bate no underground do Afeganistão para trazer um pouco de decência e liberdade para o povo daquele país. Começou nos anos 90 altura em que os Taliban eram meninos queridos dos EUA (e por extensão do habitual grupinho de compadres) e executavam homens, mulheres, e crianças porque sim e ainda hoje lá está a tentar fazer algum daquela total bandalheira. Já esteve no parlamento, mas decidiu sair porque achou que havia melhores condições em estábulos (foi isso mesmo que ela disse), e agora continua com o seu activismo naquela que é uma das regiões mais difíceis e perigosas do mundo (claro que tudo isto é altamente não merecedor de um Nobel (desculpem mas não consegui resistir)). Seja como for como primeira apresentação desta senhora fica esta entrevista:



Fiquei viciado logo no génerico



Sim, eu sei que a série é de 2007 e já vai na 3ª temporada. Mas eu tenho a mania que sou intelectual e portanto só posso ver quando já passou de moda e todo o mundo já está noutra. E para quem tenha um bittorrent à mão, este filme vale bem a largura de banda:

Aquela coisa esguia a que se dá o nome de Ciência

Às vezes consegue ser bem apanhada.

Recomendo uma leitura muito atenta de todo o texto assim como a maior parte dos links.

Ora tomem lá mais

Acho que nunca vi as coisas expostas desta maneira nos mainstream media:

"A história da América Latina é a história de golpes de Estado contra governos democráticos e reformistas - da Guatemala de Arbenz na década de cinquenta ao Chile de Allende na década de setenta, passando pelas recentes tentativas de depor Chávez e Morales na Venezuela e na Bolívia, estas últimas felizmente fracassadas."

Só faltou é dizer quem financiou e apoiou os ditos golpes...

Estou praqui a pensar

Escrevi mais uma porcarias sobre o Nobel do Obama (já para aí há uma semana), mas estou na dúvida se posto ou não...

Posto?...

Eu sou a favor

A favor do que aqui se diz.

A ler depois de almoço

O texto do João Rodrigues, ladrão de bicicletas

"Numa época em que o conhecimento, a nova riqueza comum, é alvo dos apetites capitalistas de quem só entende a linguagem estreita dos muros privados, que dificultam a cooperação ancorada em motivações que vão muito para além do egoísmo – a chamada tragédia dos anticomuns -, o trabalho realista de Ostrom é de uma grande utilidade. Sobretudo para os cientistas sociais que apostam na diversidade institucional, a promover por políticas públicas inteligentes, como solução para as crises de uma economia onde as pessoas têm muito poucas oportunidades genuínas de dizer uma palavra importante: nós"

Inicio de semana

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ora toma lá esta

Vi o texto que se segue n'O MacGuffin e aqui o deixo. Por azelhice não consigo descobrir como se faz o link para o post em questão...

“The Greeks right again. The light indeed pours from our eyes – its little, dim, narrow human light: we stand before the world like a projectionist behind his dusty cone of shadows, illuminating only what we already know.”

“The worst thing about thinking nothing of yourself is that you assume that your behaviour has no consequences. This makes you much more dangerous than the egomaniac, who at least spends all his time calculating for his own effect.”

“Blessed is the wrongdoer who makes no attempt to justify his actions by anything than pure evil.”

Only the mad are safe from doubt. I am always bewildered by those who regard a revised opinion as a sign of weakness; it strikes me as a fine guarantee of the commentator’s sanity.

De facto tenham um bom fim de semana

O maradona é o maior

Aqui

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

São 23h15 e ainda aqui estou. Aqui no sotão ouve-se música da cave

Bolaño

Pese embora ainda não ter terminado a leitura, uma vez que motivos de força maior desviam a minha atenção para conjecturas sobre a possibilidade de Aimar poder reverter no tempo (fui convencido desta possíbilidade num sonho em que Clark Kent era um espião húngaro ao serviço da URSS declamava em grego antigo excertos da Montanha Mágica) desenvolvendo nas hostes do SLB seis épocas de irrefutável génio, terminando todos nós -Kent, Aimar e a moscambilha lisboeta - num carro de triunfo pelas ruas da Cidade do México de mãos dadas com alguns dos meus colegas de infância que, entretanto, se dedicaram à mecânica automóvel ou à refrigeração mecânica de unidades de café. Tirando a falta de tempo para melhor exegese, Bolaño é um autor relativamente trivial, com uma imaginação prodigiosa, é certo, mas ainda convencido de que cuspindo sobre autores consagrados, ainda que amando-os - e esse é já um pecado não negligenciável -, misturando apocalipse e empregadas chilenas de solicitação sexual fácil, assassinatos em série - uma espécie de garantia de sucesso hodierna - e discussões intrincadas sobre correntes estilísticas pós-modernas - os literatos dificilmente abandonam os seus vícios - causaria escândalo no templo da literatura. Vieram de imediato as palmas. Mais uma falsa partida para um pseudo-autor maldito que pouco falta para atingir os números do Código Da Vinci. Nada a obstar às vendas massificadas. Mas escândalo, ou génio, para não falar sequer em revelação, seria arrancar uma narrativa efectivamente lida onde nada se passasse, a não ser tiroteiros contra instalações bancárias, e descrições-variações de jogadas inconsequentes de Zidane e Cristiano Ronaldo, fazendo disto um acontecimento com significado semiológico suficiente para ocupar Casanova durante, pelo menos, dois meses.

Ora aí está o segundo maior autor de língua portuguesa da actualidade: com especial dedicatória ao talhante Eduardo Barroso

Ah o desporto, essa actividade que faz tão bem á saude

O exemplo nórdico

Com tanta coisa para se preocuparem, lembram-se disto: Finland makes 1Mb broadband access a legal right

Espero que em Portugal não se lembrem de tamanha palermice.

Moço tenta o Largo do Rato que na Lapa parece que a coisa está preta. No Largo das Caldas talvez se arranje qualquer coisita



Visto aqui: Vendo a minha mãe

Je ferais de la pop, pour toi Penélope

Ouvi ontem na rádio que as pensões que o estado paga deveriam descer porque estão indexadas à inflacção, que este ano foi negativa. Sublinhe-se "deveriam", porque o governo, e todos os partidos representados na assembleia, imediatamente se propuseram a modificar a lei para que as pensões não diminuam.

Esta situação ilustra perfeitamente a política tal como ela é em terras lusas: os problemas resolvem-se com a legislação. As pensões devem descer, e eu enfatizo "devem", porque se decidiu que estas devem de estar indexadas à inflacção. A intenção é boa, proteger os pensionistas, mas como sabemos bem, de boas intenções está o o inferno cheio.

Se o governo quer evitar que as pensões desçam, então tem que explicar aonde é que vai cortar no orçamento para obter o dinheiro extra que vai gastar com as pensões. A ideia peregrina de que os bolsos do governo não têm fundo tem consequências sérias. Da última vez em Portugal, este tipo de brincadeiras terminou com um senhor de Santa Comba Dão no poder.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ouvido ontem na rádio quando já passava da meia-noite

"É necessário compaginar os timings para esta discussão" - Marco Horário, do PSD Porto.

Touché

"«A única coisa que não foi dita é a óbvia: as pessoas dão uma grande importância aos prémios Nobel. Discutem-nos como se fossem prémios atribuídos por toda a raça humana. Quando se desiludem com uma escolha, sentem-se traídos. Dá sempre a ideia que há uma raivinha de não terem sido consultados.
Os prémios Nobel são prémios como outros quaisquer. (...) Só porque dão mais dinheiro do que outros - dinheiro que cresceu graças à invenção da dinamite, esse poderoso químico da paz -, não quer dizer que sejam mais importantes. É um prémio concedido por cinco gajos e gajas que não conhecemos de parte nenhuma, nomeados pelo Parlamento norueguês. Toda a gente adora a Noruega, mas calma aí no alvoroço. São cinco incumbidos, coitados. E todos os anos fazem o melhor que podem.
Deixem-nos estar. Reagir como se esses cinco louros representassem a humanidade é representar mal a humanidade. Todos os prémios Nobel são prémios tão banais como os outros prémios. Que lindo seria se só pudéssemos ler os escritores que ganharam o prémio Nobel ou o da Dyrup, se tiver um."
MEC no Público de há uns dias.

Não é só por cá que se discutem assuntos marginais

Now, a profound debate on the Goldstone report is going on. Not about its content, God forbid. What’s there to discus? But about the one point that is really important: was our government right in deciding to boycott the commission? Perhaps it would have been better to take part in the deliberations? Did our Foreign Office act as foolishly as it usually does? (Our Ministry of Defense, of course, never behaves foolishly.) Tens of thousands of words about this world-shaking question were poured out from the newspapers, the radio and TV, with every self-respecting commentator weighing in.

SO WHY did the Israeli government boycott the commission? The real answer is quite simple: they knew full well that the commission, any commission, would have to reach the conclusions it did reach.

In fact, the commission did not say anything new. Almost all the facts were already known: the bombing of civilian neighborhoods, the use of flechette rounds and white phosphorus against civilian targets, the bombing of mosques and schools, the blocking of rescue parties from reaching the wounded, the killing of fleeing civilians carrying white flags, the use of human shields, and more. The Israeli army did not allow journalists near the action, but the war was amply documented by the international media in all its details, the entire world saw it in real time on the TV screens. The testimonies are so many and so consistent, that any reasonable person can draw their own conclusions.

Bizarro, bizarro é o facto deste tipo de coisas ainda me surpreender e chatear

So, naturally, as a reward for all your strenuous efforts on behalf of keeping the world a place that is less safe, less stable, and less worth living in than at any time since the outbreak of World War II, you are bestowed with – yes, that’s right, the Nobel Peace Prize. This, however, isn’t just any Nobel Peace Prize – oh no It’s a Bizarro Peace Prize – the natural result of us having slipped through a crack in the space-time continuum, and landed in a world where up is down, right is left, and war is peace – Bizarro World!

E recomendo também a leitura dos vários links que surgem ao longo do artigo.

Se levassemos a vida tão a sério não teriamos inventado a imperial e o tremoço

Segundo o ultimo relatório da Transparency International, Portugal está mais corrupto. Se tivermos em conta a meteorologia e as eleições de domingo passado, estão criadas as condições de nos tornarmos oficialmente as caraíbas da Europa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Já que dão prémios por promessas e não por actos um dia destes isto há-de ser realidade

The surprise choice of first-year graduate student Quintus Pfuffnick for the Nobel Prize in Economics drew praise from much of the world Friday even as many pointed out the youthful economist has not yet published anything in scholarly journals.

É oficial: O Fidel está mesmo gagá

Só pode:

"Many will say that he still hasn't earned the right to receive such distinction. We prefer to see in the decision, more than a prize for the president of the United States, a criticism of the genocidal policies that not a few presidents of that country have followed."

Isaltino, Isaltino, Isaltino

Ontem, cerca das vinte horas e trinta e dois minutos, preparava eu um vómito convicto de uma sandes de mozarela com rucla selvagem, comprada no pingo doce de uma estação ferroviária, vómito que se revelaria fruto de uma caminhada ao sol de inverno, entre Santa Apolónia e o convento do Beato, a fim de frequentar uma suposta feira do livro antigo, lugar detentor da mais alta taxa de betos e cagões por metro quadrado, onde uma biografia de Eça de Queiróz - da pena de João Gaspar Simões, donde pendia um papelito com nota manuscrita cujo conteúdo era, e passo a citar, da biblioteca de Afonso Praça, o que supostamente justificaria os duzentos euros que pediam por um livro que vale qualquer coisita apenas por versar sobre um tipo genial que passou a vida a encavar os Afonsos Praças e tipos que organizam e frequentam os salões do livro antigo -, quando, dizia, eu, a biografia do consul de Portugal em Paris me chamou a atenção para o facto de isto, Oeiras, ser um lugar onde, com toda a naturalidade, um indivíduo chamado Paulo Vistas poder fazer um discurso ridículo, transmitido num canal de televisão, sem que desabe sobre o mesmo Concelho - onde, supostamente, Vistas secunda um ladrão de baixa categoria -, uma revolução de punhos serrados e alfaias agrícolas, e isto sem sequer ser necessário mencionar que, na verdade, temos todos o que merecemos, eu o justo vómito, e os oeirenses mais quatro anos de espectacular progresso e prosperidade.

São estes momentos inolvidáveis que fazem de Maradona o maior autor de língua portuguesa da actualidade

Carlos Heitor Cony: Joaquim Ajax Caralhy.

Quando forem à neve lembrem-se disto.




Mais aqui

Não só, mas também

Decididamente, o sentido cívico de alguns eleitores poderá não andar de muito boa saúde. Mas o entendimento institucional da sua demissão chegou a um estado patético — e pateticamente político. João Lopes

Eu acrescentaria que a própria mensagem está errada. As eleições servem para escolher quem vai escolher por nós. E não raras vezes, eleger é assinar um cheque em branco. É triste que as cabecinhas da CNE acreditem na utopia de que é através de eleições que o povo governa. É triste e é perigoso, porque em Portugal existe uma especial dificuldade em lidar com a desilusão.

Ontem adormeci no sofá

"Apesar da derrota, sinto-me vitoriosa", a frase de Elisa Ferreira resume bem o que se passou ontem à noite. Vencedores apenas. As derrotas são sempre relativas. Dependem da táctica do Queiróz e do Liedson. Sintomático de um país de gente que não gosta de assumir derrotas. Ninguém admite que é possível perder simplesmente porque os outros são melhores.

Valha-nos Felgueiras e Marco de Canaveses que lá se lembraram e votaram noutros que não os condenados do costume. Fátima Felgueiras mostrou bem a sua classe ao dizer que não continua, porque ao não ganhar aquele deixa de ser o projecto dela. O Avelino nem falou.
Em Oeiras o Isaltino ganhou. E agora vou começar a deixar de pagar a minha contribuição para a autarquia e exigir a minha parte das "sobras" desta campanha. Ontem perdemos todos em
Oeiras. Veja-se o resultado:














O PSD tem uma queda vertiginosa, provando que a senhora com pinta de cabeleireiro nem mesmo com o CSD, PPM e outros que tal foi a pior escolha. Os outros ficam mais ou menos na mesma, com Isaltino a subir.

Enquanto isso a frase da noite talvez tenha sido mesmo quando o jornalista perguntou a Santana Lopes o que tanto justificava as suas constantes passeatas:"Mas vai fazer o que? vai à casa de banho, ali?"

Um bom dia para vocês.

sábado, 10 de outubro de 2009

Everybody's Free (To Wear Sunscreen)

Lindo!

Por favor vejam o vídeo todo que vale bem a pena.



Como alguém diz nos comentários: "I was hoping there was going to be an on mass charge and the lions would get driven into the water and the crocodiles would have a fight with the lions.
That would have been amazzzzing."

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Se dúvidas houvesse, o outono já chegou. Obviamente tiradas do melhor site do mundo


Conhecem a expressão dar um tiro no pé?

"A famosa t-shirt com a foto de Che é um símbolo do mundo capitalista, e não do mundo socialista (o norte-coreano, coitado, não tem t-shirts, nem a do Che, nem outra qualquer)"
O regime da Coreia do Norte não é socialista.

"É um pouco como Michael Moore. Esse “propagandista” faz filmes a criticar o capitalismo, mas está rico devido ao tal capitalismo. É o malvado “sistema capitalista” que transforma os filmes de Moore em sucessos mundiais."
O Michael Moore tem a profundidade intelectual da Paris Hilton após uma noite regada álcool e Cristiano Ronaldo.

"Com meia hora de leitura, qualquer pessoa pode descobrir os crimes de Che"
Com cinco minutos de leitura qualquer um pode descobrir os crimes de todos os neo-movimentos que este senhor (e uso este termo de forma muito liberal) defende.

"A minha geração foi educada a desprezar a história."
Como tão bem exemplifica este belo espécime...

Eu não sei porque ainda me dou ao trabalho de ler aquilo... A sério que não sei...

O Obama ganhou o Nobel da Paz

Acho que ele está em muito boa companhia:

Roosevelt; Woodrow Wilson; Kissinger, Al-Sadat e Menachem Begin; Arafat, Yitzhak Rabin, e Shimon Perez; Jimmy Carter...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sobre a dinâmica da gestão camarária

O gráfico em baixo mostra a evolução em relação ao ano de 2001, do passivo da câmara de Lisboa e do valor da taxa de conservação de esgotos. A única conclusão possível é que os esgotos olissiponensses estão forrados a ouro. Existem outras conclusões, mas este é um blogue familiar.

Hoje deu-me para isto. Pouco a pouco vou ficando um pouco mais louco. Deve ser do trânsito. Mas gosto de favas com chouriço

Eu já ficava contente com um cd do José Cid

Também pode ser este

Caso não gostem do anterior este também me parece muito relevante:

Federalist papers II

Leiamos mais um pouco de um dos autores dos Federalist Papers:

"A necessary fence agst. this danger would be to select a portion of enlightened citizens, whose limited number, and firmness might seasonably interpose agst. impetuous councils. It ought finally to occur to a people deliberating on a Govt. for themselves, that as different interests necessarily result from the liberty meant to be secured, the major interest might under sudden impulses be tempted to commit injustice on the minority. In all civilized Countries the people fall into different classes havg a real or supposed difference of interests. There will be creditors & debtors, farmers, merchts. & manufacturers. There will be particularly the distinction of rich & poor. It was true as had been observd. [by Mr. Pinkney] we had not among us those hereditary distinctions, of rank which were a great source of the contests in the ancient Govts. as well as the modern States of Europe, nor those extremes of wealth or poverty which characterize the latter. We cannot however be regarded even at this time, as one homogeneous mass, in which every thing that affects a part will affect in the same manner the whole. In framing a system which we wish to last for ages, we shd. not lose sight of the changes which ages will produce. An increase of population will of necessity increase the proportion of those who will labour under all the hardships of life, & secretly sigh for a more equal distribution of its blessings. These may in time outnumber those who are placed above the feelings of indigence. According to the equal laws of suffrage, the power will slide into the hands of the former. No agrarian attempts have yet been made in in this Country, but symtoms, of a leveling spirit, as we have understood, have sufficiently appeared in a certain quarters to give notice of the future danger. How is this danger to be guarded agst. on republican principles? How is the danger in all cases of interested coalitions to oppress the minority to be guarded agst.? Among other means by the establishment of a body in the Govt. sufficiently respectable for its wisdom & virtue, to aid on such emergences, the preponderance of justice by throwing its weight into that scale. Such being the objects of the second branch in the proposed Govt. he thought a considerable duration ought to be given to it. He did not conceive that the term of nine years could threaten any real danger; but in pursuing his particular ideas on the subject, he should require that the long term allowed to the 2d. branch should not commence till such a period of life, as would render a perpetual disqualification to be re-elected little inconvenient either in a public or private view. He observed that as it was more than probable we were now digesting a plan which in its operation wd. decide for ever the fate of Republican Govt. we ought not only to provide every guard to liberty that its preservation cd. require, but be equally careful to supply the defects which our own experience had particularly pointed out."

Ora aí está uma grande noção do que é democracia: as leis de sufrágio não podem permitir que a maioria pobre faça com que se tomem medidas de modo a que haja uma distribuição equitativa da riqueza. Parece-me muito bem de facto!
Devo também dizer que a esperança de Madison na bondade e sabedoria nas pessoas do governo é enternecedora.

Ps: Este texto não reflecte nada que esteja nos Federalist Papers, mas é o pensamento de um dos seus principais contribuidores.

Omnia mutantur?

In the grim period that followed Lehman’s failure, it seemed inconceivable that bankers would, just a few months later, be going right back to the practices that brought the world’s financial system to the edge of collapse. At the very least, one might have thought, they would show some restraint for fear of creating a public backlash.

But now that we’ve stepped back a few paces from the brink — thanks, let’s not forget, to immense, taxpayer-financed rescue packages — the financial sector is rapidly returning to business as usual.

Alguém me oferece?

Em caso afirmativo deixe o email para onde devo enviar a morada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A 5 dias de algumas respostas...

Há mais de meio século, Adhemar de Barros foi eleito governador de São Paulo com o lema "Roubo mas faço"!
Será que isto seria possível fora da América Latina (de meados do século XX)?
Será que em Portugal o resultado poderia ser o mesmo?
Será que é possível votar em alguém que se sabe não ser honesto, dando-lhe carta branca para continuar a fazer o que fez até aqui, podendo fazê-lo até com menos cuidado e agora sem medo de ser apanhado?

Uma vez que não se pode dizer asneiras (se calhar até se pode, mas a que me apetecia dizer é mesmo ordinária) deixo ao invés uma pergunta

Mas que raio tem este excerto a haver com o resto do artigo?!:

"Mainstream media has repeatedly shown itself to be worse than useless in reporting science and health in many, many fields," says Goldacre. "Scientists should communicate directly with the public via blogs."


E já agora diz-se "a ver", ou "a haver"? A mim parece-me que a segunda alternativa faz mais sentido, mas já ouvi defensores da primeira.

Naquela que é a pior capa de jornal de sempre

sábado, 3 de outubro de 2009

Federalist papers

From this view of the subject it may be concluded that a pure democracy, by which I mean a society consisting of a small number of citizens, who assemble and administer the government in person, can admit of no cure for the mischiefs of faction. A common passion or interest will, in almost every case, be felt by a majority of the whole; a communication and concert result from the form of government itself; and there is nothing to check the inducements to sacrifice the weaker party or an obnoxious individual. Hence it is that such democracies have ever been spectacles of turbulence and contention; have ever been found incompatible with personal security or the rights of property; and have in general been as short in their lives as they have been violent in their deaths.

As democracias são más porque são incompatíveis com segurança pessoal e a existência de propriedade privada...

The two great points of difference between a democracy and a republic are: first, the delegation of the government, in the latter, to a small number of citizens elected by the rest; secondly, the greater number of citizens, and greater sphere of country, over which the latter may be extended.

The effect of the first difference is, on the one hand, to refine and enlarge the public views, by passing them through the medium of a chosen body of citizens, whose wisdom may best discern the true interest of their country, and whose patriotism and love of justice will be least likely to sacrifice it to temporary or partial considerations.

Ou seja o pequeno grupo eleito de cidadãos, só pelo facto de ter sido eleito, torna-se sábio (a outra opção é que a ralé de facto consegue eleger os mais sábios. Mas neste caso pergunto se um grupo de pessoas consegue de facto eleger um grupo de sábios para os representar porque precisam eles de eleger?) e a partir daí têm como desígnio inferir os verdadeiros interesses do país (sim, porque os boçais que têm sabedoria suficiente para eleger os homens que vão guiar o país não têm sabedoria suficiente para guiarem eles próprios o país) de maneira patriótica, justa e sem qualquer falha...

Under such a regulation, it may well happen that the public voice, pronounced by the representatives of the people, will be more consonant to the public good than if pronounced by the people themselves, convened for the purpose.

Isto é tão cómico que de facto nem merece comentários. Mas para sermos justos também temos isto:

On the other hand, the effect may be inverted. Men of factious tempers, of local prejudices, or of sinister designs, may, by intrigue, by corruption, or by other means, first obtain the suffrages, and then betray the interests, of the people. The question resulting is, whether small or extensive republics are more favorable to the election of proper guardians of the public weal; and it is clearly decided in favor of the latter by two obvious considerations:

In the first place, it is to be remarked that, however small the republic may be, the Representatives must be raised to a certain number, in order to guard against the cabals of a few; and that, however large it may be, they must be limited to a certain number, in order to guard against the confusion of a multitude. Hence, the number of representatives in the two cases not being in proportion to that of the two constituents, and being proportionally greater in the small republic, it follows that, if the proportion of fit characters be not less in the large than in the small republic, the former will present a greater option, and consequently a greater probability of a fit choice.

In the next place, as each representative will be chosen by a greater number of citizens in the large than in the small republic, it will be more difficult for unworthy candidates to practice with success the vicious arts by which elections are too often carried; and the suffrages of the people being more free, will be more likely to centre in men who possess the most attractive merit and the most diffusive and established characters.

Gostava imenso de saber de onde tira Publius essa conclusão. Uma vez que não apresenta um argumento (não apresenta nada digno desse nome) só posso assumir que, como muito bem se diz por terras do tio Sam, "He took it out of his ass!"

E para finalizar:

A rage for paper money, for an abolition of debts, for an equal division of property, or for any other improper or wicked project, will be less apt to pervade the whole body of the Union than a particular member of it; in the same proportion as such a malady is more likely to taint a particular county or district, than an entire State.

Uma divisão equitativa da propriedade é visto como algo impróprio ou projecto malvado. Realmente isto de querer oportunidades iguais para todos é de uma malvadice que só lembra a pior corja que por aí anda.

O texto que por agora cito encontra-se aqui na íntegra.