"«A única coisa que não foi dita é a óbvia: as pessoas dão uma grande importância aos prémios Nobel. Discutem-nos como se fossem prémios atribuídos por toda a raça humana. Quando se desiludem com uma escolha, sentem-se traídos. Dá sempre a ideia que há uma raivinha de não terem sido consultados.
Os prémios Nobel são prémios como outros quaisquer. (...) Só porque dão mais dinheiro do que outros - dinheiro que cresceu graças à invenção da dinamite, esse poderoso químico da paz -, não quer dizer que sejam mais importantes. É um prémio concedido por cinco gajos e gajas que não conhecemos de parte nenhuma, nomeados pelo Parlamento norueguês. Toda a gente adora a Noruega, mas calma aí no alvoroço. São cinco incumbidos, coitados. E todos os anos fazem o melhor que podem.
Deixem-nos estar. Reagir como se esses cinco louros representassem a humanidade é representar mal a humanidade. Todos os prémios Nobel são prémios tão banais como os outros prémios. Que lindo seria se só pudéssemos ler os escritores que ganharam o prémio Nobel ou o da Dyrup, se tiver um."
MEC no Público de há uns dias.
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