Há mais de meio século, Adhemar de Barros foi eleito governador de São Paulo com o lema "Roubo mas faço"!
Será que isto seria possível fora da América Latina (de meados do século XX)?
Será que em Portugal o resultado poderia ser o mesmo?
Será que é possível votar em alguém que se sabe não ser honesto, dando-lhe carta branca para continuar a fazer o que fez até aqui, podendo fazê-lo até com menos cuidado e agora sem medo de ser apanhado?
10 comentários:
Suponho que as perguntas sejam todas retóricas...
Isaltino Morais, Fátima Felgueira, o presidente da câmara de Ourique. José Sócrates, Paulo Portas, Armando Vara, Duarte Lima (cuja mansão consigo ver de onde estou sentado). Os senhores que levaram à falência um banco açoriano, e ao desespero um cliente nos anos 90. BPP, BPN.
As respostas são, obviamente, rétoricas.
Na minha opinião, o erro é colocar todos esses nomes no mesmo saco.
Um desses políticos já foi condenado e recandidata-se, preparando-se para ser eleito.
Quem vota nele sabe o que ele fez e o que vai voltar a fazer, desta vez legitimidado pela vontade do povo e com a certeza de que será o último mandato...
E o mais incrível é que isto não se passa numa aldeia pequena e isolada do interior do país...
Oeiras: Eurosondagem
Isaltino: 39-43,2% (41,1%)
PS: 21,2-25% (23,1%)
PSD/CDS-PP/PPM: 16,9-20,7% (18,8%)
CDU:7,2-9,4% (8,3%)
BE:4,3-6,1% (5,2%)
PCTP/MRPP:0,4%
No melhor concelho para se trabalhar e viver vota-se na família (do Isaltino)
Na minha opinião o erro é pensar que tais situações só podem (devem?) ocorrer em países do dito terceiro mundo ou em aldeias pequenas e isoladas no interior do país.
"Um desses políticos já foi condenado e recandidata-se, preparando-se para ser eleito."
Condenado, mas que eu saiba não cumpriu pena de prisão nem qualquer outro tipo de sanção. Mais valia terem escrito a sentença na areia à beira-mar.
Parece que mesmo preso (admitindo que se poderia candidatar) ganharia as eleições!
Enfim...
Numa pequena aldeia, basta que o candidato seja o maior empregador para que tenha a vitória assegurada, independentemente do que faça...
À porta de Lisboa, parece que o essencial é ter uma família grande!
É deveras axiomático que nos encontramos no domínio das perguntas retóricas (a palavra "axiomático" tem cá uma pintarola!).
Por que é axiomático que nos encontremos no domínio das perguntas retóricas?
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