O Filipe Vicente pode eventualmente ter acertado no retrato dos manifestantes de ontem, mas vamos entrar pelos estereótipos adentro: então porque não estender o exercício aos que estavam cercados no palácio de Belém?
Tenho pena que nenhum dos membros do Conselho de Estado tivesse tido os tomates de se dirigir à multidão e escutá-la. Sim, o mais provável era a meio caminho levar com um cocktail molotov nos cornos, mas lá está, estamos de novo a cair no estereótipo. Nem a vasta maioria do povo na manif pretende ir às fuças aos políticos, nem todos os conselheiros são homens, e logo, à partida, não possuem tomates.
Seria um belissímo exercício de cidadania, comparável à moça que abraçou o polícia no sábado passado, se os conselheiros de estado se dignassem a dialogar com o povo presente na manif. Não sairiam dalí nenhumas decisões, nem o país ia mudar, nem o Sporting passaria a jogar melhor. Mas permitiria ultrapassar os estereótipos, o que para primeiro passo, não estaria mal.
1 comentário:
Político só dialoga com povo em campanha eleitoral... e a tomatada da maioria dos representantes já nem representação gráfica terá, penso eu de que...
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