terça-feira, 9 de junho de 2009

Porque sou tão sagaz?

Rodrigo Moita Deus escreveu isto: «é preciso dizê-lo com frontalidade. É rico, poderoso, faz o que quer, faz o que lhe apetece e escapa impune. E mesmo com aquela idade consegue "envolver-se em escandalos sexuais". Desculpem lá qualquer coisinha mas o meu único problema com Berlusconi é mesmo a inveja.» Mas isto é estúpido! E é preciso dizê-lo com frontalidade. Tal como em Campilho, existem aqui problemas de integração. Eu, com efeito, já suspeitava que esta malta da liberdade individual e do mercado como maximizador da eficiência e pardais ao ninho, em suma, vive apenas aterrorizada com a proibição das oportunidades de receber, via net, ou, quem sabe, com o favor de Berlusconi, talvez mesmo ao vivo, alguma gratificação estética pelo seu denodado esforço a bem da causa liberal. Que eles não façam o que querem, acho normal em indivíduos que, necessariamente, devem cultivar uma ascese mortal a fim de suportar os textos de Raposo e Ramos. Já me surpreende que se sintam tão pouco confiantes quanto às performances na curva descente da vida. Mais confiança camaradas, mais confiança nos méritos do exercício individual que a concorrência - e neste campo ela é feroz - proporciona aos mais audazes produtores de ideias.

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