segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Onde andam as ermitoas, que não escrevem?
´Tá-me a querer parecer que neste blog são os homens quem tem mais tempo...
sábado, 27 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Portugal e os outros
Ainda é cedo para falar, mas a concretizar-se a fusão do BPI com o BCP, o novo banco, que poderá chamar-se Millennium BPI (nome muito português), terá como principais accionistas investidores estrangeiros.
O líder do BPI Fernando Ulrich diz que o BCP deve ficar em mãos nacionais, mas isso não acontecerá se a fusão avançar.
La Caixa controla 25% do BPI. Num cenário do Millenium BPI fica com 8,17%.
Depois dos holandeses da Eureko ainda aparecem os brasileiros do Itaú.
Fazendo um ponto de situação já vamos com mais de 21 por cento do maior banco privado português.
Os accionistas portugues aparecem, finalmente, em quarto lugar. Joe Berardo, através da fundação e Metalgest, fica com 5,34 por cento. Teixeira Duarte ficará com pouco mais de cinco por cento. Ou seja, cerca de 10% em mãos de investidores portugueses.
Será este o futuro do maior banco privado nacional?
O governo já respondeu - pela voz do ministro Teixeira dos Santos - que diz que o governo vai acompanhar a situação e que o mercado deve funcionar.
Vamos ver se no final desta novela, Portugal não ficará, mais uma vez, nas mãos dos estrangeiros.
A crise continua. Infelizmente
Isto foi há 25 anos. De uma actualidade que até assusta. Enfim. Aceitam-se comentários.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Isto tinha que ser dito
O Sporting perdeu este fim semana. Jogou em Belém, no campo da equipa da Cruz de Cristo, contra o Fátima, cujo presidente é padre. Pior de tudo, terça feira vai jogar a Roma. São demasiadas coincidências e vai dai já acendi todas as velas que encontrei.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Os números não enganam
"José Sócrates, na campanha eleitoral de 2005, diz que 7,1% de desemprego são a "marca de uma governação falhada" e de uma "economia mal conduzida". Em Outubro de 2007, com José Sócrates como primeiro-ministro, Portugal tem 8,3% de desempregados e, pela primeira vez em quase 30 anos, a taxa de desemprego é superior à de Espanha."
via Zero de Conduta
Os números não enganam. 2 anos depois estamos piores. Muito piores. O que vamos fazer em relação a isto?
As noticias deixam-me deprimido. É listas de espera de 5 anos. O aumento da pobreza. As desigualdades e quebra dos salários. O aumento do desemprego. Enfim. Alegrem-se os povos. O futebol está de volta no fim de semana.
via Zero de Conduta
Os números não enganam. 2 anos depois estamos piores. Muito piores. O que vamos fazer em relação a isto?
As noticias deixam-me deprimido. É listas de espera de 5 anos. O aumento da pobreza. As desigualdades e quebra dos salários. O aumento do desemprego. Enfim. Alegrem-se os povos. O futebol está de volta no fim de semana.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Digam que foi mentira, que não sou ninguém,
que atravesso apenas ruas da cidade abandonada
fechada como boca onde não encontro nada:
não encontro respostas para tudo o que pergunto nem
na verdade pergunto coisas por aí além
Eu não vivi ali em tempo algum
Ruy Belo
Provavelmente um dos anos mais trágicos no já longo caminho deste amargo território. Ruy Belo morreu em 1978, fulminado algures entre Queluz e o Oceano Atlântico, enquanto procurava emprego, depois de lhe ter sido recusado um lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Gaudeamus Igitur, viva a Academia). Depois disso que houve para Portugal? Umas quantas medalhas de ouro nos jogos olímpicos, alguns naufrágios marítimos, um primeiro-ministro morto repentinamente num desastre aéreo, um fortuita carga policial na ponte, vários escândalos políticos, inúmeros cinemas encerrados, alguns emigrantes deportados, as lágrimas de um miúdo madeirense num estádio de Lisboa.
Retornemos então a 1978.
George W. Bush concorre à Câmara dos Representantes e é derrotado pelo democrata Kent Hance.
Bernard Hinault vence a 65ª edição da Volta à França em bicicleta.
A Argentina conquista pela primeira vez o título do Campeonato do Mundo de futebol.
Em Portugal eram 13h15 e em Oeiras nasceu André Alexandre da Silva Costa.
Mas disso nada há para dizer.
que atravesso apenas ruas da cidade abandonada
fechada como boca onde não encontro nada:
não encontro respostas para tudo o que pergunto nem
na verdade pergunto coisas por aí além
Eu não vivi ali em tempo algum
Ruy Belo
Provavelmente um dos anos mais trágicos no já longo caminho deste amargo território. Ruy Belo morreu em 1978, fulminado algures entre Queluz e o Oceano Atlântico, enquanto procurava emprego, depois de lhe ter sido recusado um lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Gaudeamus Igitur, viva a Academia). Depois disso que houve para Portugal? Umas quantas medalhas de ouro nos jogos olímpicos, alguns naufrágios marítimos, um primeiro-ministro morto repentinamente num desastre aéreo, um fortuita carga policial na ponte, vários escândalos políticos, inúmeros cinemas encerrados, alguns emigrantes deportados, as lágrimas de um miúdo madeirense num estádio de Lisboa.
Retornemos então a 1978.
George W. Bush concorre à Câmara dos Representantes e é derrotado pelo democrata Kent Hance.
Bernard Hinault vence a 65ª edição da Volta à França em bicicleta.
A Argentina conquista pela primeira vez o título do Campeonato do Mundo de futebol.
Em Portugal eram 13h15 e em Oeiras nasceu André Alexandre da Silva Costa.
Mas disso nada há para dizer.
Em jeito de aniversário e parabéns e tal
"Conheço as palavras pelo dorso. Outro, no meu lugar, diria que sou um domador de palavras. Mas só eu - eu e os meus irmãos - sei em que medida sou eu que sou domado por elas. A iniciativa pertence-lhes. São elas que conduzem o meu trenó sem chicote, nem rédeas, nem caminho determinado antes da grande aventura.
Sim. Conheço as palavras. Tenho um vocabulário próprio. O que sofri, o que vim a saber com muito esforço fez inchar, rolar umas sobre as outras palavras. As palavras são seixos que rolo na boca antes de as soltar. São pesadas e caem. São o contrário dos pássaros, embora «pássaro» seja uma das minhas palavras. A minha vida passou para o dicionário que sou. A vida não me interessa. Alguém que me procure tem de começar - e de ficar - pelas palavras.
Através das várias relações de vizinhança, entre elas estabelecidas no poema, talvez venha a saber alguma coisa. Até não saber nada, como eu não sei."
Ruy Belo, "Não sei nada", Imagens Vindas dos Dias, in Homem de Palavra[s]
G & S
Sim. Conheço as palavras. Tenho um vocabulário próprio. O que sofri, o que vim a saber com muito esforço fez inchar, rolar umas sobre as outras palavras. As palavras são seixos que rolo na boca antes de as soltar. São pesadas e caem. São o contrário dos pássaros, embora «pássaro» seja uma das minhas palavras. A minha vida passou para o dicionário que sou. A vida não me interessa. Alguém que me procure tem de começar - e de ficar - pelas palavras.
Através das várias relações de vizinhança, entre elas estabelecidas no poema, talvez venha a saber alguma coisa. Até não saber nada, como eu não sei."
Ruy Belo, "Não sei nada", Imagens Vindas dos Dias, in Homem de Palavra[s]
G & S
terça-feira, 16 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Liderança. Ou como ser incompetente
Segundo o principio de Dilbert, as organizações tendem a promover os mais incompetentes para ocupar os cargos mais importantes de gestão. Desta forma e na ausência de alguém que o questione os incompetentes sobrepõem-se aos que realmente trabalham e produzem resultados. Será isto verdade poderão questionar os mais incrédulos. Eu acho que sim. Basta estar ATENTO às noticias, para encontrarmos n casos onde este principio se aplica. Normalmente a incompetência traz consigo a capacidade extraordinária da megalomania e do personagem todo poderoso, acima da lei, que tudo pode, tudo consegue. Surpreendentemente são estes que são aplaudidos e elogiados. Costumam também fumar charuto. Ou então passar "férias" no Brasil.
Foi você que pediu uma nova constituição?
Parece que se anuncia uma nova constituição. Parece que passaram trinta e tal anos e esta já não serve. Parece que esta (a que já não serve) refere coisas como justiça social, habitação e outro palavreado bolorento, ao estilo 'camisa axadrezada e bigode' (toda a gente sabe que não se usa bigode - a não ser líderes sindicais, devidamente autorizados e só se maiores de cinquenta - para além dos frequentadores da cinemateca, mas esses por influência do cinema francês dos anos setenta. Parece que o país não se adequa à Constituição, porque como sabem o novo modelo económico e tal, um tipo de enriquecimento 'patine' em forma de sustentação competitiva. Que não se presta aos ventos do futuro. Que já não serve. Que não se adapta.
A este propósito talvez se justifique uma citação de Carlos Paião na voz, um pouco bolorenta e axadrezada de Lenita Gentil: "eles foram tão loge, eles foram tão longe e ficámos tão perto de sermos alguém".
domingo, 14 de outubro de 2007
Ermida - Espero que um pouco mais que sustentados.
A Ermida realiza daqui a pouco mais uma reunião. Ou seja, tentamos pôr de pé este núcleo crítico (quanto a crítica penso que estamos, para já, entendidos - e bem servidos) mesmo se o clima português é completamente adverso a estas estranhas formas biológicas que dão pelo nome de Associações.
Ossos do ofício! Quanto a propostas de pensamento semanal parece-me que todos teríamos a ganhar se cultivássemos o gosto por desenterrar do passado alguns pedaços da nossa vida pública.
Eu desenterrei uns pedaços curiosos.
Nuno Teotónio Pereira, ao Expresso em 1989
“O que distingue uma dada política é a forma como se coloca perante os agentes que transformam a gestão do território e a cidade”
“Os agentes, movimentando-se numa economia de mercado e transportando interesses particulares, fazem do território e da cidade uma vasta arena de conflitos”. Vamos repetir novamente UMA VASTA ARENA DE CONFLITOS.
“A administração dispõe de vários instrumentos (planos e programas de legislação fiscal, política de crédito, regulamentação da construção e do urbanismo, financiamento público)” para arbitrar estes conflitos segundo o bem comum, ou seja, o bem do maior número.
Se não fosse esta entrevista esclarecedora o que poderia ter acontecido a Portugal (de 89 para cá) quando a política do território se transformava gradualmente numa zona livre de vale-tudo-menos-cumprir-os-requisitos-legais-quanto-a-espaços-verdes-entre-prédios-urbanos? O vasto solo pátrio teria sido transformado numa zona de vale-tudo-menos-cumprir-os-requisitos-legais-quanto-a-espaços-verdes-entre-prédios-urbanos. Porque é que isto não ocorreu? Porque inteligentes e sustentadas políticas de urbanismo descobriram que desenvolvimento sustentado passava por construir torres de 10 andares que sustentadamente se erguiam e não caíam. Se não caíam é porque o desenvolvimento era sustentado. Se foi sustentado foi porque nós o sustentámos. E se nós o sustentámos é poque merecemos estar exactamente no ponto em que estamos. Sustentados.
Ossos do ofício! Quanto a propostas de pensamento semanal parece-me que todos teríamos a ganhar se cultivássemos o gosto por desenterrar do passado alguns pedaços da nossa vida pública.
Eu desenterrei uns pedaços curiosos.
Nuno Teotónio Pereira, ao Expresso em 1989
“O que distingue uma dada política é a forma como se coloca perante os agentes que transformam a gestão do território e a cidade”
“Os agentes, movimentando-se numa economia de mercado e transportando interesses particulares, fazem do território e da cidade uma vasta arena de conflitos”. Vamos repetir novamente UMA VASTA ARENA DE CONFLITOS.
“A administração dispõe de vários instrumentos (planos e programas de legislação fiscal, política de crédito, regulamentação da construção e do urbanismo, financiamento público)” para arbitrar estes conflitos segundo o bem comum, ou seja, o bem do maior número.
Se não fosse esta entrevista esclarecedora o que poderia ter acontecido a Portugal (de 89 para cá) quando a política do território se transformava gradualmente numa zona livre de vale-tudo-menos-cumprir-os-requisitos-legais-quanto-a-espaços-verdes-entre-prédios-urbanos? O vasto solo pátrio teria sido transformado numa zona de vale-tudo-menos-cumprir-os-requisitos-legais-quanto-a-espaços-verdes-entre-prédios-urbanos. Porque é que isto não ocorreu? Porque inteligentes e sustentadas políticas de urbanismo descobriram que desenvolvimento sustentado passava por construir torres de 10 andares que sustentadamente se erguiam e não caíam. Se não caíam é porque o desenvolvimento era sustentado. Se foi sustentado foi porque nós o sustentámos. E se nós o sustentámos é poque merecemos estar exactamente no ponto em que estamos. Sustentados.
sábado, 13 de outubro de 2007
Definições para um arranque
E assim começa a escrita activa no blog. Apesar de acompanhar há muito a blogoesfera, a minha participação era (quase) nula. Sempre assumi que este tempo seria perdido, pois há outras coisas mais importantes na vida. Então o que me faz mudar de ideias? Talvez a Ermida e seus desafios inovadores, talvez a vontade de escrever, talvez nada. Escrevi em jeito de brincadeira num site que fiz para mim, que o meu hobbie era salvar o mundo. Talvez seja mesmo. E assim começa a escrita.
Para já, e em resposta ao André deixo algumas definições que encontrei no Wikipédia* e que traduzi como as interpreto. Fiz isto porque como sendo do ramo cientifico não sou dado a Kant (embora acho que o devesse ser), preferindo as definições e os teoremas. Há que começar por algum lado.
A palavra Critica surge da palavra Grega κριτικός, kritikós - aquele que discerne, que por sua vez surge da palavra grega κριτής, krités, significando aquele que faz uma análise detalhada, um julgamento com valor, interpretação ou observação. Uma critica, em termos gerais significa um julgamento democrático sobre determinado assunto, em contrário ao autoritatismo que pretende uma absoluta realização da vontade da autoridade, não estando assim aberto ao debate.
Para já, e em resposta ao André deixo algumas definições que encontrei no Wikipédia* e que traduzi como as interpreto. Fiz isto porque como sendo do ramo cientifico não sou dado a Kant (embora acho que o devesse ser), preferindo as definições e os teoremas. Há que começar por algum lado.
A palavra Critica surge da palavra Grega κριτικός, kritikós - aquele que discerne, que por sua vez surge da palavra grega κριτής, krités, significando aquele que faz uma análise detalhada, um julgamento com valor, interpretação ou observação. Uma critica, em termos gerais significa um julgamento democrático sobre determinado assunto, em contrário ao autoritatismo que pretende uma absoluta realização da vontade da autoridade, não estando assim aberto ao debate.
A Cidadania é a adesão numa comunidade e que transmite direitos a uma participação civil e politica activa. À pessoa que assume estes direitos, chama-se um Cidadão.
Um Cidadão tem deveres morais e éticos imediatos:
- Criticar construtivamente as condições da sua vida civil e politica que o rodeia.
- Participar activamente na sociedade para melhorar as suas condições de vida
- Respeitar os direitos dos outros
- Defender os seus direitos e os dos outros, daqueles que abusam dos direitos que exercitam ou disponibilizam
Um Cidadão tem deveres morais e éticos imediatos:
- Criticar construtivamente as condições da sua vida civil e politica que o rodeia.
- Participar activamente na sociedade para melhorar as suas condições de vida
- Respeitar os direitos dos outros
- Defender os seus direitos e os dos outros, daqueles que abusam dos direitos que exercitam ou disponibilizam
*Fonte de conhecimento questionável e que pode estar distorcida ou não; apenas depende de nós pôr em causa o que se lê. Assim como tudo na vida. Há que ter jogo de cintura e ficar à tona da água, assumindo à partida que se vai ter que beber uns pirolitos. Porque o raio da vida é complicada.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
O significado da Ermida
Ermida – Associação Cultural
A Ermida – Associação Cultural, recém fundada, irá desenvolver em 2007-2008 quatro áreas de trabalho, procurando despertar a vivência das comunidades do Concelho de Oeiras para uma ‘vida pública’ vinculada ao centro histórico de Paço de Arcos, articulando as suas actividades em torno de três temas fundamentais: a arte, a ciência e a cidadania.
O Coro da Ermida
O Coro da Ermida surgiu em Fevereiro de 2007 com o intuito de desenvolver actividades culturais no centro histórico de Paço de Arcos. Actualmente é constituído por cerca de vinte cinco jovens com idades compreendidas entre os oito e os trinta e cinco anos, todos com experiência coral anterior. O Coro pretende interpretar repertório sacro, não excluindo outros géneros musicais, mas conferindo à tradição cristã um papel destacado. A realização de concertos regulares na Capela do Senhor Jesus dos Navegantes e a formação musical dos jovens que constituem o Coro são os objectivos fundamentais do grupo. É dirigido pela Maestrina Margarida Simas.
T.U. na ERMIDA (Tempo Útil na Ermida)
A actividade T.U. na Ermida pretende apoiar os jovens alunos fornecendo-lhes práticas e métodos de estudo. Neste sentido, a Ermida assume como uma tarefa global da comunidade a educação e pretende envolver-se, dentro da sua vocação de parceiro cultural, na construção de melhores práticas de estudo, na divulgação de que o cuidado do saber é a mais importante tarefa da ‘cidade’.
A Arte da Ciência e a Ciência da Arte
Como Álvaro de Campos escreveu um dia, “O Binômio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo. O que há é pouca gente para dar por isso.” O ciclo de debates ‘A Arte da Ciência e a Ciência da Arte‘ procura envolver os participantes no gosto pelo saber. Reunidos em torno do conhecimento convidamos todos a experimentar o mistério de o poder partilhar e interrogar. As datas serão anunciadas em breve.
Caminhadas Filosóficas
As Caminhadas Filosóficas são percursos pedestres que pretendem sensibilizar um público diverso para dois planos essenciais da relação entre os cidadãos e o território: o interesse pela paisagem e o gosto pela interrogação e pelo debate, entendidos como base da participação na vida da ‘cidade’. Numa fase inicial, e experimental, os percursos realizam-se em Lisboa, Sintra, Sesimbra. Pretende-se depois manter o mesmo espírito das caminhadas filosóficas em espaços do Concelho de Oeiras. Cada caminhada contará com a presença de um convidado responsável pela apresentação do tema. As datas serão anunciadas em breve.
A Ermida – Associação Cultural, recém fundada, irá desenvolver em 2007-2008 quatro áreas de trabalho, procurando despertar a vivência das comunidades do Concelho de Oeiras para uma ‘vida pública’ vinculada ao centro histórico de Paço de Arcos, articulando as suas actividades em torno de três temas fundamentais: a arte, a ciência e a cidadania.
O Coro da Ermida
O Coro da Ermida surgiu em Fevereiro de 2007 com o intuito de desenvolver actividades culturais no centro histórico de Paço de Arcos. Actualmente é constituído por cerca de vinte cinco jovens com idades compreendidas entre os oito e os trinta e cinco anos, todos com experiência coral anterior. O Coro pretende interpretar repertório sacro, não excluindo outros géneros musicais, mas conferindo à tradição cristã um papel destacado. A realização de concertos regulares na Capela do Senhor Jesus dos Navegantes e a formação musical dos jovens que constituem o Coro são os objectivos fundamentais do grupo. É dirigido pela Maestrina Margarida Simas.
T.U. na ERMIDA (Tempo Útil na Ermida)
A actividade T.U. na Ermida pretende apoiar os jovens alunos fornecendo-lhes práticas e métodos de estudo. Neste sentido, a Ermida assume como uma tarefa global da comunidade a educação e pretende envolver-se, dentro da sua vocação de parceiro cultural, na construção de melhores práticas de estudo, na divulgação de que o cuidado do saber é a mais importante tarefa da ‘cidade’.
A Arte da Ciência e a Ciência da Arte
Como Álvaro de Campos escreveu um dia, “O Binômio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo. O que há é pouca gente para dar por isso.” O ciclo de debates ‘A Arte da Ciência e a Ciência da Arte‘ procura envolver os participantes no gosto pelo saber. Reunidos em torno do conhecimento convidamos todos a experimentar o mistério de o poder partilhar e interrogar. As datas serão anunciadas em breve.
Caminhadas Filosóficas
As Caminhadas Filosóficas são percursos pedestres que pretendem sensibilizar um público diverso para dois planos essenciais da relação entre os cidadãos e o território: o interesse pela paisagem e o gosto pela interrogação e pelo debate, entendidos como base da participação na vida da ‘cidade’. Numa fase inicial, e experimental, os percursos realizam-se em Lisboa, Sintra, Sesimbra. Pretende-se depois manter o mesmo espírito das caminhadas filosóficas em espaços do Concelho de Oeiras. Cada caminhada contará com a presença de um convidado responsável pela apresentação do tema. As datas serão anunciadas em breve.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
ermida - arte, ciência e cidadania
Em conversa na Câmara Municipal de Oeiras, como combinado, o Projecto começa a ganhar contornos mais institucionais. Três linhas de desenvolvimento foram apresentadas - Arte, Ciência e Cidadania. Porque julgo que todas as nossas valências se enquadram neste eixo e porque penso que é em torno deste eixo que se joga a transformação da realidade, Por outro lado, é também aqui que mais se confundem as ideias e se embaraçam discursos pouco claros.
Por isso cabe-nos intervir na cidade e exercer a crítica, se entendida no sentido iluminista (sem dúvida a passar de moda) e Kantiano: a crítica é a configuração dos contornos, a definição dos limites. Mas limites de quê ou de quem?
Os limites da produção da verdade, produção que, em todas as épocas, possui instrumentos precisos que é preciso limitar, configurar, fazer aparecer para melhor se perceberem as relações de força em tudo presentes.
É preciso uma vez mais retomar o combate face à menoridade em que os homens se mantêm (como Kant definiu - menoridade caracterizada pela incapacidade de o Homem se servir do seu próprio entendimento, sem estar sujeito à direcção de um outro). Kant definia em 1784 três áreas fundamentais onde homem devia sacudir essa sujeição: a religião, o direito e o conhecimento. Ninguém duvidará que elas são, ainda hoje, os grandes discursos da verdade sob os quais o homem baixa a cabeça.
Não implica a crítica, como ficou dito, uma negação da religião, do direito e do conhecimento, mas precisamente o estabelecimento dos seus limites.
Aqui eu julgo que a Ermida deve usar a crítica como instrumento da sua participação (daí as três áreas com as quais a crítica pode ser exercida). Daqui a prática da arte (pelo canto em coro e pela teoria da música), a prática da ciência (pelo pensamento crítico, sujeito à revisão e à contestação presente nos debates - reparem como a ciência se transforma gradualmente, pelo menos no discurso corrente, no seu contrário: é usada como certeza inabalável, como arma para a ausência de discussão, como verdade divina a ser respeitada de imediato), a prática da política, como vida na cidade (pela relação com a educação, pela relação com a vida do Concelho de Oeiras).
À religião oporemos a ciência; ao direito a arte; e ao conhecimento a cidadania.
P.S. não se assustem que este texto só me vincula a mim. O que quero é justamente motivar o debate em torno destas questões para, à maneira socrática, cuidarmos de nós, reflectindo sobre o que é justo fazermos.
Por isso cabe-nos intervir na cidade e exercer a crítica, se entendida no sentido iluminista (sem dúvida a passar de moda) e Kantiano: a crítica é a configuração dos contornos, a definição dos limites. Mas limites de quê ou de quem?
Os limites da produção da verdade, produção que, em todas as épocas, possui instrumentos precisos que é preciso limitar, configurar, fazer aparecer para melhor se perceberem as relações de força em tudo presentes.
É preciso uma vez mais retomar o combate face à menoridade em que os homens se mantêm (como Kant definiu - menoridade caracterizada pela incapacidade de o Homem se servir do seu próprio entendimento, sem estar sujeito à direcção de um outro). Kant definia em 1784 três áreas fundamentais onde homem devia sacudir essa sujeição: a religião, o direito e o conhecimento. Ninguém duvidará que elas são, ainda hoje, os grandes discursos da verdade sob os quais o homem baixa a cabeça.
Não implica a crítica, como ficou dito, uma negação da religião, do direito e do conhecimento, mas precisamente o estabelecimento dos seus limites.
Aqui eu julgo que a Ermida deve usar a crítica como instrumento da sua participação (daí as três áreas com as quais a crítica pode ser exercida). Daqui a prática da arte (pelo canto em coro e pela teoria da música), a prática da ciência (pelo pensamento crítico, sujeito à revisão e à contestação presente nos debates - reparem como a ciência se transforma gradualmente, pelo menos no discurso corrente, no seu contrário: é usada como certeza inabalável, como arma para a ausência de discussão, como verdade divina a ser respeitada de imediato), a prática da política, como vida na cidade (pela relação com a educação, pela relação com a vida do Concelho de Oeiras).
À religião oporemos a ciência; ao direito a arte; e ao conhecimento a cidadania.
P.S. não se assustem que este texto só me vincula a mim. O que quero é justamente motivar o debate em torno destas questões para, à maneira socrática, cuidarmos de nós, reflectindo sobre o que é justo fazermos.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Orgulho...
Nunca escrevi num blog...
nem sei muito bem qual é o "esquema" desta coisa, por isso quero apenas partilhar o imenso orgulho que senti ao ver o blog com o NOSSO logotipo.
A Ermida está mesmo a dar os seus primeiros passos e o sentimento é de grande realização:)
Vemo-nos em breve, espero! Há tantas coisas para fazer...
Sara
nem sei muito bem qual é o "esquema" desta coisa, por isso quero apenas partilhar o imenso orgulho que senti ao ver o blog com o NOSSO logotipo.
A Ermida está mesmo a dar os seus primeiros passos e o sentimento é de grande realização:)
Vemo-nos em breve, espero! Há tantas coisas para fazer...
Sara
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
O nosso logótipo: a nossa identidade
Olá novamente. Após algum periodo de férias e de concepção de projectos para a associação estamos de volta. Já com ideias delineadas. Já postas em movimento. Em breve o programa completo de todas as actividades.
Por agora, fica o logótipo da Ermida. Uma forma que envolve o mundo. Um diferente espaço de relação-interacção. Uma nova dimensão para a realidade, resultante de novas formas de diálogo.
Por agora, fica o logótipo da Ermida. Uma forma que envolve o mundo. Um diferente espaço de relação-interacção. Uma nova dimensão para a realidade, resultante de novas formas de diálogo.
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