Há coisas que não ajustam com uma segunda de manhã. Não se ajusta o fácil levantar, o banho reconfortante nem a saída triunfante de casa para o dia de trabalho. Não-não, não é fácil. Apresenta-se mais espontânea a saída do metro para a rua do Crucifixo, avivada pelo grande agitar dos homens das carrinhas que alimentam o centro comercial próximo, provando que a economia do microfone de lapela é bem mais fácil que o duro carregar de caixas no frio da manhã, ainda por cima sem o chocolate quente da Xocoa, sem esperançosas leguens, mas com o estridente grito bem-disposto dos ACDC, trajados, confesso, para mentes mais quietas, logo, mais ávidas de agitação.
Não se coaduna também o prego no pão com uma cervejola das boas. Não se coaduna, mas cedemos à força da memória recente. Fica no fundo da Rua Cláudio Nunes, em Benfica, próximo da Pastelaria O Nilo e chama-se Prego d’Ouro, um nome de fazer inveja a qualquer menino de família formado em Marketing no IADE e promovido ao mercado de trabalho em função da publicidade que dele a família fez. Atrás do balcão, alto, desconhecendo um a um a matilha de psicólogos que se dedica ao estudo da potencialização da estupidez do ser humano, o sr. António, também alto e desajeitado, expondo os óculos-fundo-de-garrafa corta, com uma faca que faz lembrar o clima dos jogos do Sporting, um naco de carne de vaca como de da defesa do mesmo clube se tratasse. Em seguida, ainda com os dedos inteiros, espantando a nossa miopia técnica – o sr. António olha para o lombo de vaca com cerca de 3 quilos como se de um alfinete se tratasse – coloca umas poucas pedras de sal, um dente de alho e leva o dito bife a grelhar numa tostadeira enquanto nos tira a viva imperial. Pode não ser o melhor conselho para uma manhã de segunda, pode não combinar com os dias frios de natal, mas vejam bem, também não combina com tanto jornalismo depressivo-ó--fast food e ainda por cima requentando que nos faz lembrar que as coisas são tão simples e naturais como o golo do di Maria este fim-de-semana.
Não se coaduna também o prego no pão com uma cervejola das boas. Não se coaduna, mas cedemos à força da memória recente. Fica no fundo da Rua Cláudio Nunes, em Benfica, próximo da Pastelaria O Nilo e chama-se Prego d’Ouro, um nome de fazer inveja a qualquer menino de família formado em Marketing no IADE e promovido ao mercado de trabalho em função da publicidade que dele a família fez. Atrás do balcão, alto, desconhecendo um a um a matilha de psicólogos que se dedica ao estudo da potencialização da estupidez do ser humano, o sr. António, também alto e desajeitado, expondo os óculos-fundo-de-garrafa corta, com uma faca que faz lembrar o clima dos jogos do Sporting, um naco de carne de vaca como de da defesa do mesmo clube se tratasse. Em seguida, ainda com os dedos inteiros, espantando a nossa miopia técnica – o sr. António olha para o lombo de vaca com cerca de 3 quilos como se de um alfinete se tratasse – coloca umas poucas pedras de sal, um dente de alho e leva o dito bife a grelhar numa tostadeira enquanto nos tira a viva imperial. Pode não ser o melhor conselho para uma manhã de segunda, pode não combinar com os dias frios de natal, mas vejam bem, também não combina com tanto jornalismo depressivo-ó--fast food e ainda por cima requentando que nos faz lembrar que as coisas são tão simples e naturais como o golo do di Maria este fim-de-semana.
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