segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Prefiro duzentos biliões de vezes Lady Gaga a B Fachada - uma das coisas mais estúpidas de que há memória desde a Vénus de Willendorf

É devido à acção fisiológica, política, cultural, social e espectacularmente estúpida de parvos como B Fachada (indivíduos que pretendem refundar no Barreiro movimentos sociais da Baía de S. Francisco que significaram o fim da nossa indústria têxtil - mas que merda de camisa é esta? Importada da China?) que a esquerda nunca ganhará umas eleições nos próximos quatrocentos milhões de anos-luz. Primeiro: isto já foi feito por John Lennon, com conhecimentos musicais, afinado, e sem a parte maricas. Segundo: e não é que este gajo quer gravar canções onde figuram Etelvinas e alusões à terra, sem fazer a mais pequena filha da puta de uma idéia do que será a vida de uma Etelvina, uma coisa que, entre muitas outras, manifestamente, Lady Gaga poderá ensinar de cátedra, enquanto vende dez milhões de discos e sem perder a elegância que a caracteriza?
Lady Gaga - alguém que vale a pena ouvir, quanto mais não seja porque sabe do que está a falar, isto é, escreve, canta e dança sobre coisas que experenciou materialmente, quer num sentido Kantiano, quer num sentido Continente S.A., quer no sentido daqueles que sentem com o cérebro e não com os dentes da frente, como é o caso de B Fachada. A verdade é isto. Não venham é depois com o Sitemeter.


Desenvolvimento do tema.
Sempre que as reflexões blogosféricas resvalam para a vala comum da contabilidade de visitas diárias, a depressão espreita o meu círculo vital e tenho imediatamente que mergulhar num dos volumes do Cambridge Studies in Romanticism que, felizmente, têm chegado com regularidade capitalista à minha caixa do correio, instrumentos vitais para o resgate da minha homeostase mental, ultimamente muito abalada por pressões de temperatura das mais várias origens. Vou deixar eventuais comparações entre o sitemeter e um Guarda-livros embriagado para atacar já o problema mais perturbante dos últimos vinte anos, isto não considerando a análise das relações íntimas entre a dispersão salarial das cabeleireiras e a compra da revista Lux nos últimos quinze dias de cada mês. Um dos fenómenos emergentes no último combate de blogues - além das unhas da Filipa Martins, episodicamente devolvendo-nos aos filmes de terror da adolescência, onde emergiam tonéis de sangue e miúdas vagamente giras mas desorientadas - parece ser um blogue denominado Estado de Sítio. Como estou muito cansado, e não me suicido desde já com uma mola da roupa na jugular, apenas porque o Presidente da Academia das Ciências, das Ciências, meu Deus, das Ciências, está a explicar, perante as protuberâncias mamárias de Fátima Campos Ferreira, como o globalismo não deve ser contrário às identidades, no contexto do mais jovem deputado eleito no contexto do defunto império Austro-Húngaro, fica apenas um exemplo da frase estruturalmente mais ignorante dos últimos três séculos, onde se afirma que um desorientado com menos de quarenta quilos, maricas, sem gota de talento e completamente analfabeto em pelos menos três direcções e de um ponto de vista completamente completo, B Fachada, seria um dos grandes músicos da nova geração e que muito provavelmente virá a ser considerado um novo Fausto, ou até mesmo um novo Zeca.
(o sublinhado é nosso). Ora, isto demonstra que nesse blogue, Estado de Sítio, não só existe uma pessoa cujos ouvidos foram arrancados por uma máquina registradora em queda, como várias outras que, permitindo-se não degolar o autor destas declarações, permitem que José Afonso possa estar neste preciso momento a revolver-se algures no interior de uma campa algures num cemitério de Setúbal. Passando por alto pelo facto de até Lady Gaga estar mais próxima de ser um novo Zeca do que B Fachada (para já não falar no dianteiro do Vitória de Setúbal), avanço para o extermínio do referido blogue, apgando-o da minha memória com uma garrafa de vinho verde. Em todo o caso, a noite estará ganha se, como tudo indica, Barata Moura arrancar as barbas de António Barreto apenas pela aplicação meticulosa dos seus dentes cerrados, enquanto declama aforismos Kantianos na língua original. (...) E aí está: António Barreto acaba de sacar uma referência a Álvaro Pais, um antigo Bispo de Silves, vou repetir, um antigo Bispo de Silves, que terá aconselhado o mestre de Avis, (depois do especialista em marcas, é Barreto quem agora retira do bolso o cadáver pestilento de D. João I) perante a rápida reacção de Barata Moura, o único comunista potuguês cuja extensão sináptica é estimulada electricamente e com satisfação, e perante a desorientação burguesa de António Barreto, um dos académicos mais parecidos com um espantalho de pomar e um homem cada vez mais transformado no filho da puta que sempre foi.

6 comentários:

Unknown disse...

Deste comentário aprendemos:
1) Que o seu autor é um Alf;
2) Que se calhar não mora no Barreiro;
3) Que confunde a baía de Cascais (parece que o b fachada é de Cascais?) com a baía de S. Francisco;
4) Que é um desempregado da indústria têxtil;
5) Que está chateado por "a esquerda" não ganhar eleições;
6) Que já ouviu falar de John Lennon e até sabe que a Lady Gaga foi pobre!!
7) Que maneja bem os sentidos "Kantiano" e "Continente SA.";
8) Que entende muito de acção fisiológica, política, cultural e social;
9) Que acha que o b fachada nunca conheceu a Etelvina (que por acaso nem é uma música dele mas sim do Sérgio Godinho - não sei se o Sérgio chegou a casar com ela . . .);


O que não conseguimos foi saber se ele (o Alf) por acaso ouve música portuguesa actual e se por acaso também já ouviu algum dos discos deste autor e de outros que andam a fazer música em Portugal.


É que isso seria talvez mais relevante, tendo em conta que o b fachada é APENAS músico . . .!!!

ASSINA: João Lopes

P.S.: Não conhecia este berlogueiro e descobri que não perdia nada.
Filosofia da barata (...diz que tem sapatinho de veludo, é mentira da barata ela tem é pé peludo!!!...)

binary solo disse...

Obrigado Ze que assina como João Lopes pela visita. Nós que viviamos na escuridão da blogoesfera gostamos muito de visitas. Ainda por cima quando não gostam de ler o que se escreve aqui. Volta sempre pá.

Quando ao B fachada, acho curioso que não se possa criticar ou dizer mal. Dá a ideia que esta malta que anda agora ai a cantar tem uma especie de aura que os protege. Há gostos bons e gostos maus. O mais importante da posta do alf talvez seja o facto de precisamente quererem elevar tipos como o Fachada que ainda só agora começaram, a novos idolos todos espectaculares (a comparação no texto linkado com Zeca é mesmo de quem não sabe nada). Enfim talvez seja eu que já saiba que perdi, ou como diria esse poeta português tão esquecido: "uma vez que já tudo se perdeu"

Unknown disse...

Tanto que se pode dizer mal que o alf foi dizer mal dele (mas não da música dele, curiosamente) num blog onde se dizia bem. Parece é que não se poode dizer bem nos blogs onde se diz mal!! Isto é que é prosa e filosofia da verdadeira!!
De facto acho que há gostos bons e maus.
Se perdeu alguma coisa, lamento mas talvez na secção de perdidos e achados da PSP se safe.

binary solo disse...

e claro que pode dizer bem aqui. até agradecemos o contraditório. no meu caso só digo disparates. que até agora ninguém queria saber. dai saber que já perdi a guerra. e isso não se encontra na psp. mas obrigado por continuar a vir aqui.

Anónimo disse...

Caro Ze-João Lopes,não lastime tanto a vida. Claro que se perderia imensa coisa se não tivesse descoberto a minha vocação berlogueira. Todos nós, por exemplo, perderíamos a sua magnífica exegese da minha crítica ao parvo do b fachada. Estou muito grato pela leitura atenta, o que, manifestamente, é um privilégio inolvidável e, terá sido, apesar das dores da conversão, uma das poucas coisas inteligentes que o Ze-João Lopes leu nos últimos dois anos, ou não teria treslido algumas das coisas que (não)são ditas. Como só o Ze-joão conhecer a música portuguesa actual, estou plenamente justificado. Naturalmente, não oiço música portuguesa com menos de quinhentos anos de vida, o que me remete para o reinado de D. Manuel I, uma pessoa que apreciava um bom serão, no tempo em que os portugueses famosos, antes de iniciarem uma actividade,se tinham dedicado ao estudo da mesma, mas isso era antes da revolução industrial e dos discos de b fachada - apenas um músico - se venderem por (apenas) 9,99 euros e o To-Zé ser aconselhado a não ir à escola para não produzir, pelo que aposto que toda a matéria constante do disco de b fachada - apenas um músico - foi deduzida espiritualmente do seu génio, actual e moderno,e ninguém precisou de ir à escola, chegando a boçalidade dos textos de b fachada para alimentar toda uma indústria de medíocre criação musical a que somos condenados a gostar, sob pena de logo nos acusarem de não vivermos no barreiro. A música de b fachada é boa porque é portuguesa e, ó grande Deus do século XXI, muito actual.

Anónimo disse...

B Fachada é mau, Lady Gaga é bom? Nunca tinha ouvido tal coisa...

Acho que não vale o esforço de estar aqui aqui a debater este disparate. Só sei que quando oiço B Fachada oiço algo muito raro, arriscado, unico, pessoal. Quando oiço Lady Gaga oiço música feita em modo copy paste, letras básicas e merdosas, e todo um aparato industrial que só engana os ingnorantes e os que tem falta de consciência própria (se o mundo vai...eu vou). E esta pequena fatia representa a maioria da população. Já os Santa Maria faziam em 95 o tipo de música que a Lady Gaga faz agora.

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