A circulação por canais informativos levou-me ontem à noite a um labirinto de interrogações de onde acometeu de súbito o touro da mediatização. Eu explico! Carlos Abreu Amorim procurava justificar que a liberdade de expressão se constitui numa «questão essencial» propondo até a importação de figuras jurídico-constitucionais dos «Americanos». Noutro lugar, Rui Ramos descascava a caspa discursiva de Paulo Rangel e raspava a patine novi-popular de Passos Coelho. Nesse momento, havia que rir muito no sofá perante a argumentação serôdia de George Steiner em torno do Logos, e do fim da palavra habitada por presenças reais e o poder da comunicação ao outro, e outras mariquices que tenho aqui denunciado com denodo e coragem indómita. Mas não ri. Não ri, (eu nunca me rio). A explicação para tal é que me assaltou a pergunta assassina. E se Carlos Abreu Amorim comentou aqui no Elogio, com a realidade dos seus dedos anafados, e se aquele convite para escrever no Albergue Espanhol, não só não era uma ironia elefantina mas significava, quem sabe, um reconhecimento do génio? É verdade que o Besugo tem o Albergue Espanhol na sua lista de referências. Mas também é verdade que o lançamento da minha voz galgará todos os homens pequeninos. E não é disto que estou a falar.
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