Ai Saramago, Saramago... Tão longe da verdade que estás. Tão longe.
Quando Barack Obama, no calor da campanha para a presidência, anunciou uma reforma sanitária que permitisse proteger os 46 milhões de norte-americanos não abrangidos pelo sistema em vigor para os restantes, isto é, aqueles que, directa ou indirectamente, pagam os seguros respectivos, esperávamos que uma onda de entusiasmo varresse os Estados Unidos. Tal não sucedeu e hoje sabemos porquê. Mal se iniciaram os trâmites que levarão (levarão?) ao estabelecimento da reforma, o dragão despertou. Como escreveu Augusto Monterroso: o dinossauro ainda estava ali. Não foram só as cinquenta companhias de seguros norte-americanas que controlam o actual sistema a abrir fogo contra o projecto, fê-lo também a totalidade dos senadores e deputados republicanos, e igualmente um apreciável número de representantes democratas, quer no congresso quer no senado.
Por favor façam-lhe chegar isto: I,II.
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