Enquanto os fulgurantes analistas do real continuam a utilizar conceitos como neoliberalismo e social-democracia como se fossem entidades objectivas que se movem alternadamente no micro-ambiente sobre-aquecido da história - esgrimindo, além do mais, certidões de óbito, e declarações de revigoramento, conforme a qualidade do leitinho com que foram alimentados pela mamã - eu prefiro analisar as entrevistas de Carlos Martins, um homem que trabalha durante toda a semana para isto, entenda-se para aquilo, livres prodigiosamente marcados seguidos da introdução de um dedo da mão na boca, sem lavagem prévia, facto que, automaticamente, o transforma num indíviduo a abater pela direcção geral de saúde.
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