O meu problema é que não tenho passado algum tempo a estudar a poesia de Ausiàs March, um dos grandes espíritos da primeira metade metade do século XV mediterrânico. Pelo contrário, só me interessam espíritos pequenos, daqueles que depois de arranjarem moscambilha no balneário do Sporting, seguida de entrevista de três páginas ao jornal Record, passam a responder a perguntas difíceis com reflexões sobre o trabalho quotidiano, elaboração que não se encontra ao alcance de todos. Como referi, só mesmo os pequenos, muito pequenos, os pequeníssimos espíritos são capazes de tais cambalhotas, isto na eventualidade de não desejarem ardentemente partir o pescoço. Isto quando não me encontro a estudar ciência política e relações internacionais com vista à preparação do programa de governo do CDS, já que todos nós queremos servir Portugal, servir Portugal, servir.
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