«Aos que nos queiram apontar que não compete a cada cidadão definir a forma de cumprimento das leis que se lhe aplicam, poderíamos evocar o artigo 21º da Constituição da República Portuguesa, mas bastará sublinhar o que acima ficou explicitado sobre a forma como encaramos as consequências dos nossos actos. A todos os que considerarem que esta é uma radicalização excessiva do nosso conflito com o Ministério da Educação reafirmamos que o fazemos em consciência e coerência com os nossos princípios éticos, sem calculismos ou outros oportunismos de circunstância.»
Como o caro leitor poderá observar este é apenas um pequeno excerto da prosa de Paulo Guinote, no que respeita à luta sem quartel em que os professores, ao que parece, devem «saltar das trincheiras e avançar contra um inimigo velho, moribundo e há muito ferido de morte. Um inimigo que só precisa de um sopro para cair redondo.(...) Não tenham medo.Não se ponham com cautelas excessivas.Mudem o mundo! Levantem-se das trincheiras!» Se isto não fosse trágico poderíamos dizer que é ridículo. Devo lembrar que esse inimigo lhes deposita, respeitavelmente, todos os meses, uma certa quantia na conta bancária.
É comovente observar como os professores ainda não repararam que estão a cavar a sua própria sepultura. Aqui fica o 21º artigo da constituição para o próximo estudante que for obrigado a respeitar uma avaliação que considere injusta, ou uma ordem que o obrigue a permanecer numa sala contra sua vontade.
"Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública".
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