Não se irrite o caro leitor, mas vou utilizar um argumento Ad hominem. Estou apenas a experimentar títulos apelativos, a fim de projectar este ignorado blog à fama mediática que lhe está prometida desde o princípio dos séculos. Já agora aproveito para confessar a minha admiração por esse grande bastião do pensamento liberal português (diga-se, em passagem, um homem que veste gravatas pretas de seda merece a eternidade na galeria do pensamento político): a figura, autor prolixo, e jornalista de nomeada - o caro leitor já adivinhou - dá pelo nome de João Pereira Coutinho e confessou-se a Alexandra Lencastre num dos momentos altos da televisão portuguesa dos dois últimos séculos. Entre a proclamação do seu desinteresse pelo pensamento profundo e duas declarações de génio literário, lá deixou, ao fim de dois minutos de entrevista, a confissão de que telefona à mãe com regularidade para saber a sua opinião sobre um vasto conjunto de questões: é isto o pensamento liberal em Portugal. Muita independência face ao Estado, mas muitas declarações de afecto à mãezinha que nos pagará ainda, quem sabe, as contas da lavandaria.
PS: será que este post se inclui na tipologia de que fala Pacheco Pereira, ao referir-se aos cobardes anónimos que pululam pela blogosfera? Ou nem sequer merecerei a atenção de me carimbarem com categorias saídas da pena de um verdadeiro esteio da nossa vida democrática? Desculpem não responder mas tenho uma panela ao lume.
1 comentário:
"Ou nem sequer merecerei a atenção de me carimbarem com categorias saídas da pena de um verdadeiro esteio da nossa vida democrática?"
Nesse caso o que deveremos fazer é passarmos a ser merecedores de tão nobre epíteto através de umas boas peixeiradas via blogosfera.
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