Aqueles que foram dotados – pelo criador – com um elevado índice de paciência, puderam ontem constatar a entrada solene no período tragicómico do nosso espaço público. A Causa Real está de volta, com trombetas, charamelas e bombardas. Claro que falta ainda um mordomo-mor de qualidade. Contudo, o Dr. Teixeira Pinto não está nada mal no cargo. É preciso dizer que apreciámos o tom profético das suas palavras – Padre António Vieira, História do Futuro, Abelha Maia, Harry Potter, Ah, Ah, Ah minha machadinha, Homem Aranha, enfim, toda uma galeria de aventuras e promessas de riso e sonhos, em torno da nossa comunidade de amor: a "mátria". Se o Dr. Teixeira Pinto tivesse lido Natália Correia com atenção, toda esta discussão do sistema político seria enfadonha e pouco entusiasmante. Contudo, a leitura da Mensagem - salpicada com umas páginas de António Veiria, muita numerologia e noites mal dormidas a ver relatórios financeiros -, atravessada pelas meditações do Caminho, resulta nesta canção que sopra do fim dos tempos e nos promete a alvorada da nação. Apesar de tudo, é, sem dúvida, uma boa proposta. Restabeleçamos a monarquia.
Com efeito, a causa real era um dos nossos mais prementes défices em termos de vida pública e participação. Sem esta importante reflexão sobre as virtudes do sistema monárquico, o país definhava, os portugueses empobreciam, a estrutura económica mirrava. Solução? Viva o rei D. Duarte Nuno, que não é pretendente a nada, segundo as palavras do Dr. Teixeira Pinto. Claro que não. Em Portugal nunca ninguém é pretendente a nada. A Estoril Sol não pretendia um edíficio, apenas servir a pátria. O Professor Aníbal não pretendia ser político profissional, apenas servir a pátria. O Dr. Teixeira Pinto não pretendia aumentar o seu capital pessoal na direcção do BCP, apenas servir a pátria. Todos os portugueses estão valorosamente empenhados em servir a pátria. Daí que não sejam precisas instituições republicanas mas uma comunidade de amor que consagre todo este afecto, toda esta irmandade de afecto e bons sentimentos. Ó como é bom ser português.
Caro leitor, não esqueçamos que a história é o fundamento do progresso – sobretudo se a história for contada num registo semelhante ao desse livro modelar, escamoteado do ensino público – para nossa aflição e desgosto. Porém, em breve, o resgate miraculoso da liberdade de aprender e ensinar corrigirá estas e outras assimetrias e colocará o verdadeiro saber nas bocas de todos os portugueses. Falo – é claro – da magnífica obra “Nossa Senhora na História de Portugal” que, decerto, nos traria mais paz, mais prosperidade e mais amor. Trará concerteza.
Na verdade, a monarquia é a solução. Além de que há toda uma genealogia temática, retirada do baú, cujo regresso muito saúdo: o amor da pátria, a estabilidade do regime político, os valores da família, o consenso nacional, a unidade do país.
Todos nós devemos agradecer debates como este. E mudar rapidamente para o outro lado do passeio.
Com efeito, a causa real era um dos nossos mais prementes défices em termos de vida pública e participação. Sem esta importante reflexão sobre as virtudes do sistema monárquico, o país definhava, os portugueses empobreciam, a estrutura económica mirrava. Solução? Viva o rei D. Duarte Nuno, que não é pretendente a nada, segundo as palavras do Dr. Teixeira Pinto. Claro que não. Em Portugal nunca ninguém é pretendente a nada. A Estoril Sol não pretendia um edíficio, apenas servir a pátria. O Professor Aníbal não pretendia ser político profissional, apenas servir a pátria. O Dr. Teixeira Pinto não pretendia aumentar o seu capital pessoal na direcção do BCP, apenas servir a pátria. Todos os portugueses estão valorosamente empenhados em servir a pátria. Daí que não sejam precisas instituições republicanas mas uma comunidade de amor que consagre todo este afecto, toda esta irmandade de afecto e bons sentimentos. Ó como é bom ser português.
Caro leitor, não esqueçamos que a história é o fundamento do progresso – sobretudo se a história for contada num registo semelhante ao desse livro modelar, escamoteado do ensino público – para nossa aflição e desgosto. Porém, em breve, o resgate miraculoso da liberdade de aprender e ensinar corrigirá estas e outras assimetrias e colocará o verdadeiro saber nas bocas de todos os portugueses. Falo – é claro – da magnífica obra “Nossa Senhora na História de Portugal” que, decerto, nos traria mais paz, mais prosperidade e mais amor. Trará concerteza.
Na verdade, a monarquia é a solução. Além de que há toda uma genealogia temática, retirada do baú, cujo regresso muito saúdo: o amor da pátria, a estabilidade do regime político, os valores da família, o consenso nacional, a unidade do país.
Todos nós devemos agradecer debates como este. E mudar rapidamente para o outro lado do passeio.
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