Fatal como o destino, após o sarrabulho de Paris, as reacções cristalizaram em torno das categorias já comuns: "morte aos sarracenos", "condeno, mas a culpa é nossa" e, o alvo deste texto, "a liberdade de expressão é sagrada".
As duas categorias, sendo as de mais fácil accesso intelectual, foram e continuam a ser mastigadas na comunicação social. Não vale a pena gastar largura de banda com elas. Centremos a mira da 338TP na última categoria, portanto.
D. Duarte criticou o Charlie Hebdo, subrepticiamente introduzindo o termo pasquim na discussão, um abraço e um bem haja, pasquim é claramente sub-utilizado no português moderno. Os comentários rapidamente concorreram para a necessidade de liberdade de expressão, como se fosse um fim em si mesmo. E quando aqui se bate, ao de leve e mansinho, no Papa, lá aparece o tradicional "Mas alguém disse que o Papa não tem direito a ter uma opinião livre? Ele tem o direito de ter e dar a sua opinião, e eu tenho o direito de, depois de a ouvir, ter uma opinião sobre a opinião dele, e criticá-la. Foi só isso que fiz." pelo autor do post.
A liberdade de expressão é tal qual como arrear o calhau em plena Rua Augusta. Todos temos o direito de o fazer, mas será que devemos ?
A liberdade de expressão é um meio, não um fim, e parece-me impressionante que tanta gente ainda não tenha percebido isso.Se nos ficamos pelo estúpido "não concordo com o que dizes mas defenderei o direito de o dizeres", estúpidos ficamos. Tão óbvio quanto a inaptitude para o futebol de Naby Sarr, é o facto de a expressão da mente humana se querer livre. Porque só assim nos podemos levantar da lama primordial onde todas as outras bestas da criação chafurdam alegremente. Aceitar a discussão só porque o outro grunho tem o direito a babosar idiotices, é um puro desperdício de tempo. Mais vale ir ver o Goucha mais a Cristina.
A liberdade de expressão é um meio, não um fim, e parece-me impressionante que tanta gente ainda não tenha percebido isso.Se nos ficamos pelo estúpido "não concordo com o que dizes mas defenderei o direito de o dizeres", estúpidos ficamos. Tão óbvio quanto a inaptitude para o futebol de Naby Sarr, é o facto de a expressão da mente humana se querer livre. Porque só assim nos podemos levantar da lama primordial onde todas as outras bestas da criação chafurdam alegremente. Aceitar a discussão só porque o outro grunho tem o direito a babosar idiotices, é um puro desperdício de tempo. Mais vale ir ver o Goucha mais a Cristina.
3 comentários:
ora, isto é tudo uma questão de geografia.
Mas passa pela cabeça de alguém arrear o calhau em plena rua augusta?
foda-se, claro que não!!!
agora substitui rua augusta por bairro alto, por exemplo.
"todos temos o direito de arrear o calhau no bairro alto, mas será que devemos?
A resposta a esta pergunta é: claro que sim!!! até parece mal não o fazer. para que é que serve o bairro alto?
Fosga-se, que puta de confusão vai na tua cabeça, ó ngonçalves.
Para ti, para o Papa, para os hayekzinhos do Insurgente e para todos os outros que, como vocês, estão mais interessados em fazer disto um Totobola (1 X 2), o único conselho é este: pensem antes de abrir a boca e antes de escrever. Vão ver que não dizem tanta parvoíce.
E vai lá perguntar se eu sou um robô para o raio que te parta. Que é que tens a ver com isso? E se eu for um robô, não posso escrever aqui? Cromalhada do caralho, que vidas infelizes que vocês têm sempre com os vossos "temas virais" e essas merdas típicas de quem não tem nada para fazer...
sim as acusações menos uma. O captcha é cortesia do hayeckzinhos dos Google. Quando ao resto, temo bem que seja verdade....
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