domingo, 5 de janeiro de 2014

A morte não existe, só o estilo.

 
A horas tardias, aqui vai o texto apropriado. Se Eusébio não teve inimigos (só dentro do campo) cabe-nos a nós, os intelectuais avessos ao «humanismo» e à igualdade abstrata, desprezados pelos pais da pátria e da constituição, odiados pelos pares, e insultados pela multidão ululante que, de forma não correspondida, amamos; cabe-nos a nós estarmos à altura do desafio: guindar o povo a um futuro melhor, mas respeitando os heróis do povo, amando o próprio povo na sua forma estética mais estilizada, que é, quase sempre, a forma do próprio corpo humano. 

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