quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

eu só falo de futebol

porque do resto não sei nada. apenas que a tvi tem um programa onde as mamas da alexandra lencastre ameaçam explodir e matar toda a gente. pronto era so isto. e logo ganhamos só por causa das coisas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Da derrota

Quando ouvi o presidente dizer que tem a minha confiança, pensei logo que o Domingos iria para o Porto em breve. Ora bem, já vai bem encaminhado, tendo em contas as ultimas noticias. Caro Alf, conforme falamos hás dias nos proximos 10 anos, talvez 1 seja para nós. Se é que não fechamos portas.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Carnaval em perspectiva

No intervalo da minha calma ascensão a caminho da eterna galeria dos imortais homens de letras gosto de ler o Herique Raposo, da mesma forma que Robert de Niro, em Touro enraivecido, pede ao seu doce irmão que lhe esmurre os cornos apenas com o intuito de experimentar a superioridade do seu sistema nervoso periférico na resistência à dor, bem como a robustez dos seus maxilares perante os punhos entoalhados de um agressor pouco perigoso. Do mesmo modo, Raposo esmurra violentamente a minha sensibilidade estética e literária e posso revigorar a minha grandeza intelectual perante o auge das atitudes verbais de uma pessoa que tem tanto desrespeito pela elegância escrita como ausência de rigor lógico nos textos que afanosamente são acolhidos por esse Renova classe da imprensa portuguesa, o Expresso, dirigido por uma pessoa licenciada em História, uma disciplina que desde os gregos nunca mais interessou a ninguém, a não ser os proprietários do Expresso. Muitos me têm confrontado com a inutilidade de referenciar - é o que eles querem, dziem - os mesmos temas, e os mesmo lambe-cus da imprensa escrita, sobretudo quando já abdicámos de serviços mínimos nesta greve-geral em que está mergulhada a opinião pública portuguesa desde a revolução burguesa de 1383-1385. Mas insisto que é um dever moral facultar aos meus amigos e leitores motivos de cólera, bem como fornecer gigantones de serviço para as festividades cívicas, ou acabamos todos transformados num Eduardo Sá - o maior especialista do mundo em broches a si próprio - ou mesmo, muito pior, num D. Manuel Clemente - um dos três maiores especialistas eclesiásticos em broches ao mundo laico (para os interessados em rankigs, os outros dois são o cónego Rego [2º] e o reverendíssimo padre Tolentino Mendonça [3º]). Se é para ser eunuco, ao menos forneçam as rainhas orientais e os manjares, pois castração e deserto mental é muita austeridade para tão pouco proveito. A minha posição sobre a tolerância de ponto no Carnaval fica deste modo demonstrada: prometo lamber a estrada nacional nº 1, de Sacavém até Fátima se o Henrique Raposo conseguir redigir um texto que nos convença de qualquer coisa para além da sua incontestável falta de domínio do português, escrito, falado, ou vomitado.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O drama Bojinov

Hoje passa o "Cool Hand Luke" no cabo, um filme que ando à um ror de anos para ver. Mas tenho que trabalhar esta noite, que a vida está para aí virada. Tenho vizinhos novos no prédio ao lado que gostam de ouvir música alta. É o Tom Waits,  afinal nem tudo vai mal no mundo.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Valium me Deus

Ontem à noite fomos justa e merecidamente brindados com um momento espectacular onde o mais garretiano dos artistas nacionais, Luís de Matos, fez alguns movimentos com os braços desnudos, para gáudio de Pedro Passos Coelho, o mais filho da puta dos políticos da Damaia, e Francisco José Viegas, o mais Bulhão Pato dos políticos nacionais. Não vou aqui desenhar sobre material já mastigado, e qualificar o evento como propaganda de classe Z, mas devo dizer que tudo aquilo cheirava a musical americano mas interpretado por pessoas oriundas do Burundi, sobretudo no momento em que Luísa Sobral, um dos mais injustificados sucessos musicais portugueses depois de Lena d'Água, invadiu o palco com toneladas de poeira, adereços dignos do pior La Feria e um som tão guturalmente inverdadeiro que tudo aquilo me fez correr para a cozinha a queimar os pulsos no fogão, para garantir que não tinha sido raptado pelos americanos e levado para um cave no Kentucky, onde me obrigavam a televisionar espectáculos de liceus de província no Texas dos anos 50. A dado momento, Herman José, provavelmente embriagado, interpretou uma mariscada mascarada de jazz, arrastando o evento para uma dimensão insuportável, o que me traz onde queria chegar desde o início. No canal 2, Paula Moura Pinheiro, cuja descendência dos abades de Cristelo e dos Alcaides de Barcelos parece incontestável, chegou herculeamente ao fim de mais um Câmara Clara sem saltar para cima da mesa e se satisfazer a si própria com o poderoso volume de Charles Dickens que tão galhardamente manuseou em longa conversa com duas cabeleireiras professoras na Universidade Católica que, alegadamente, sabem muito sobre literatura e estão, ao que parece, a organizar uma exposição inolvidável sobre o supracitado escritor, uma pessoa que além de várias amantes tinha o supremo condão de não ter agenda política. Continuo a não vislumbrar qualquer retoma dos indicadores intelectuais portugueses o que significa que está tudo bem.

Fazei isto em memória de mim





Venho por este meio solicitar a todos os leitores deste blogue a deposição de algum numerário electrónico na minha desprotegida conta bancária, a fim de que me seja permitido melhorar a vossa personalidade e entendimento do mundo, por meio do meu extraordinário intelecto, o qual após a compra deste magnífico exemplar, preçado num singelo valor de $90.00 + portes de envio, permitirá ao público conhecer todos os segredos da análise e desvendar os mais obscuros recantos do desconhecido.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cientistas sociais: entre a indigência argumentativa e a grandiosa humildade dos tolos

Não tenho o mais pequeno interesse pela política energética preconizada pelos decisores políticos para aqueles locais inóspitos onde o F.C. Porto teve, pelo menos uma vez nas duas últimas décadas, um útero fértil para produzir arruaceiros alcoolizados travestidos de centro-campistas de alto rendimento, e julgo que empreenderiamos os nossos esforços com mais propriedade e ciência se passássemos ao machado todos os esforços que temos feito para civilizar a consciência através do debate democrático (e com isso resolveriamos, automaticamente falando, o problema da energia, a incerteza dos nossos objectivos mentais e da sub-sub-sequente merdosa confusão gerada pela especialização do trabalho). Não viria mal ao mundo se utilizássemos as faculdades linguísticas para obter um salário, como o cantoneiro coloca pedras num padrão enigmático, a fim de ganhar o dele, mas insistimos em querer resolver problemas, sem resolver o problema filho-da-puta de todos os problemas, a saber, o que é que estamos a tentar dizer quando queremos dizer alguma coisa. Tenho a vaga sensação de que apenas temos obtido, aqui e ali, (parlamento e universidades incluídos) conclusões realmente importantes como, por exemplo, esta: seria desejável contruir um país com o José Manuel Fernandes e o João Pereira Coutinho condenados a fazerem um 69 por dia um ao outro.




Quem me conhece, sabe como oriento a minha vida apenas de acordo com duas grandes convicções: (1) José Mourinho é a maior farsa mundial desde o Capitão Roby e (2) seria necessário organizar um comité central (que tivesse apenas pessoas, e com um nível de leituras superior ao meu) responsável por censurar violentamente o espaço de opinião. Enquanto não for implementada esta eloquente política de comunicação, eu quero é que a razoabilidade se foda, com todo o respeito pelas normas democráticas, que tudo, tudo, tudo fizeram para que hoje fossemos o que somos.




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Morder a cauda

Vêm isto? Bem sei que não é recomendável que o cão volte ao seu próprio vómito, mas há muito tempo que tento levantar a cintura industrial de Setúbal e a Damaia, pelo menos as pessoas de cor que ali residem, contra pessoas como a Judite Nolita de Sousa e já agora outras pessoas que acreditam que o Hospital Central de Atenas tem como problema financeiro estrutural o contrato de trabalho com 15 jardineiros. Não só quem já foi intervencionado cirúrgicamente falando, sabe muito bem o conforto espiritual que é ver um canteiro de roseiras bem tratado, e não um estacionamento pelado pejado de enfermeiras gordas, como, ainda assim, se poupa muito em analgésicos com este descanso paisagístico da alma. A economia é também cosa mentale, já dizia Del Piero. Não se pode passar a vida a lamber o cu ao Arquitecto Ribeiro Teles e depois rasgar as vestes porque há 15 jardineiros na Grécia, território berço da democracia vegetativa e, como é do conhecimento geral, uma potência mundial em floricultura. Por razões que me dispenso de enumerar (mas são 5) não vou comentar a contribuição do Instituto de Ciências Sociais para a qualidade da investigação científica nas «humanidóides», referindo apenas, e novamente, que não convém que o cão volte ao seu próprio vómito.

Sem título mas se tivesse seria triste

Hoje, uma aldeia ficou mais vazia. E a morte volta a visitar-me.

A minha carreira apresenta-se, neste momento, e com efeito, tão fulgurante como uma sardinha e tão grandiosa como uma ventoinha de Secretaria

A certo momento, o narrador de Moby-Dick explica como o pretinho do baleeiro, após cair nas ondas, puxado pela corda de um arpão, foi tecnicamente abandonado, ainda que por breve momentos, no mar alto, e Ismael, impressionado com aquela pequenina cabeça, oscilando para cima e para baixo no meio das gigantescas muralhas prateadas, explica como o oeano imenso aspirou a razão do pobre náufrago, transformando-o num louco, que desde esse momento, mesmo depois de resgatado, passou a errar ao longo do convés, cantarolando como um tolo. Aqueles que têm seguido o meu calvário espiritual, aqui, neste local, sabem como me assemelho a esse pretinho, cada vez mais perdido entre as vagas imensas da blogosfera e crescentemente esvaziado da minha razão. Não vou fazer uma defesa sacerdotal do sacríficio, descansem, nem um elogio das infinitas misérias espirituais da humanidade (para isso temos Manuel Luís Goucha) mas não posso deixar de incitar ao orgulho todos os que, tendo consciência da magnitude do problema que nos foi tatuado na testa no momento do parto, se mantêm firmes, entre as ondas, em vez de seguir um qualquer navio carregado de óleo de baleia, para vender num entreposto manhoso de uma qualquer cidadezinha medíocre do nosso confuso planeta. Entendam isto como um comentário tecnicamente profundo, e elaboradamente objectivo, de todas as variáveis económicas que, durante o próximo trimestre, agitarão a sua cauda de baleia entre as confusas vagas da comunicação social. Uma nota de estima e consideração para os comentários de Marques Mendes porque às vezes, as pessoas não estão boas da cabeça, e é preciso uma cabeça, boa ou má, para que ouçamos uma outra cabeça dizer que podemos não estar bons da cabeça, e mesmo que para isso fosse necessário clarificar o que é uma boa cabeça, não faz mal, porque é uma tarefa tão primária que Marques Mendes (com efeito, meu deus, com que poderoso efeito), evita, com propriedade (com muita propriedade, diga-se) empreendê-la, não só porque trabalha em empresas, e isso, mas certamente porque já se apresenta maravilhosamente dotado de uma cabeça, mesmo que oscilante, tremendamente oscilante, entre muitas coisas que agora me escuso de identificar.




P.S: Alguém sabe quando sai o Shakespeare do Lampedusa? Ameaçam estas merdas nos jornais e um gajo anda duas semanas a lamber o balcão das livrarias, tirando sempre do bolso a mesma pergunta, até as empregada colocarem a sua face de costureira fascista convencidas de que estão a participar numa sórdida inabilidade de tarado.