Para conseguir acabar o doutoramento, tenho andado nestas últimas semanas a passear um robot pelo campus doTécnico. Regra geral, sempre por volta das 17h em dias de semana, que é quando se verifica um considerável volume de tráfico automóvel derivado ao zelo dos funcionários em sair a tempo e horas do local de trabalho. Para além dos olhares tipo "olha pó crómo c'ali vai", nunca ninguém me incomodou durante os passeios.
Hoje, no justo e exacto dia em que não havia em todo o campus mais de 5 carros, vem ter comigo um dos seguranças (os antigos Mikes) de carro para me explicar que, passo a citar, "sem autorização escrita do professor responsável você não pode andar com o robot pelo Técnico." Porque, e volto a citar, "pode desaparecer com o equipamento e depois é uma chatice." Claro está que o senhor foi simpático comigo já que, novamente cito, "eu até conheço o senhor, sei que não há problema".
Este tipo de coisas é típico do Técnico, e aventuro-me, de provavelmente o resto do país. Porque haveria um funcionário fazer uso do seu bom senso ou puxar pelas meninges quando basta uma prece à Nossa Senhora das Autorizações Escritas para lhe resolver os enigmas insofismáveis que todos os dias lhe aparecem no local de trabalho. O senhor deseja defecar na porta de entrada enquanto canta o malhão e bate palmas ? Tem autorização escrita ? Pois então, ó meu amigo esteja à vontade.
Sem comentários:
Enviar um comentário