Leio que a malta que está à rasca armou banzé no jantar do PS em Viseu. E que, passo a citar, "Enquanto os jovens eram expulsos do salão onde decorria o jantar, os participantes gritavam PS." Trocado por míudos, enquanto uns berravam por não ter mama outros chamavam pelam mama que têem.
Este tipo de comportamentos, a copiar os Euro-festivaleiros Homens da Luta, não se pode admitir em democracia. A democracia exige, vão ao dicionário, respeito pelo outro e o entendimento que o diálogo é a única forma de discurso possível. Ora, torna-se difícil dialogar com quem nos está a gritar aos ouvidos de megafone na mão.
Aqui chegados, convêm fazer um esclarecimento. Com a possível excepção do juiz de Aveiro, ninguém neste país tem mais vontade do que eu em chegar a roupa ao pêlo ao nosso primeiro-ministro. Mas para além de conseguir cama e comida durante uns meses em estabelecimento prisional a designar e um breve estrelato no facebook, isso ia resolver exactamente o quê ? Os protestos em democracia fazem-se através das urnas. E se o povo é demasiado asinino para escolher correctamente (seja lá o que isso for), então tanto pior para o povo.
A terminar uma nota de humor. Reza a crónica do evento que entregaram aos Sócrates duas máscaras: "Uma delas laranja e a outra rosa, que era para se decidir pela políticas que toma, porque estamos fartos, não só das políticas do PS, como do PSD. Varia sempre entre os mesmos, o país vai de mal a pior e somos nós que sofremos". Lindo, um protesto contra toda a classe política. Portanto vamos governar o país com o voto do público, likes no facebook e número de seguidores no twiter. Para memória futura, convêm lembrar que estes métodos elegeram o Salazar como o maior português de todos os tempos (esta ainda não consigo perceber) ou os Homens da Luta para a Eurovisão. Auspicioso futuro nos é prometido pela democracia directa.
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