segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
A Economia e o Natal: 1.º o Presépio
Como é sabido, a cruzada liberal tem-se esforçado por tingir de heresia toda e qualquer actividade desenvolvida pelo Estado, argumentando, de forma mascarada, que isso é prejudicial para a economia, uma religião que alberga cada vez mais fanáticos. Eleva-se assim um presépio em que a sagrada família se deseja de tendor totalmente privado, ainda que aqui e ali, uma ou duas vaquinhas para aquecer a menina sejam bem vistas, leia-se, para financiar uma economia que de totalmente privada só conhece as retretes da casa do Medina Carreira. Algumas dessas vaquinhas, ou melhor, vasconas - pelo tanto que engordaram nos prados do Estado - lançaram-se no desafio de tornar o país uma pouco menos dependente do petróleo, até porque como todos sabemos, o grande aumento do preço desse é a grande e verdadeira crise que aí vem. Sob a capa da energia renovável, montou-se um esquema simples: O Estado, via EDP, compra toda a energia produzida pelas mini-empresas produtoras de energia alternativa, sendo que estas empresas não só têm à partida todo o produto que produzem vendido - o sonho de qualquer empresa - como o fazem com preços acima daqueles pratricados pela própria EDP, que depois nos faz chegar a casa "com o preço que o mercado exige", que ainda assim é, por enquanto, abaixo do preço pelo qual o compou. Quem paga a diferença? Os 60% da sua factura que têm uma série de parâmetros que ninguém percebe. É este o paraíso liberal que nos prometem diariamente e que, maliciosamente, ninguém desmonta. É tão simples. Basta dizer, e qualquer criança o percebe, que no final, com vacas tão gordas alimentadas por nós, nem leite nem bife nos chegam, e qualquer dia nem o estrume nos oferecem. Assim é fácil!!!
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1 comentário:
nem mais! grande entrada ó barão!
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