mas isso não impede que almas bem-intencionadas me tentem puxar para ser um "cidadão mais activo na política. Estás sempre a mandar bocas, mas a ver se te vejo a arregaçar as mangas e mudar o país". A crítica é certeira, mas a verdade é que tenho muito mais que fazer. Tome-se a palhaçada da aprovação do orçamento. Se não estou em erro, o estado contava gastar este ano cerca de 65 mil milhões de euros. Suponha-se que conta gastar o mesmo para o ano que vem. Ora os 500 milhões que tão orgulhoso deixaram o Eduardo Catrógada representam menos de 1% do valor total do bolo. Tanto barulho para isto ?
E claro, hoje o "mercado internacional", essa entidade tão misteriosa e elusiva quanto o bom futebol do Sporting, deu sinais claros de aprovação ao acordo a que se chegou. A sério ? Os dois PS's andaram à bulha durante meses por menos de 1% do bolo, e quando no final lá se fartaram toda a gente elogia o patriotismo destas almas. O sentido de Estado do Passos Coelho e a flexibilidade do Sócrates. Não tenho tempo para perder com palhaçadas. São capazes de dizer um do outro o que Maomé não disse do toucinho, tudo por menos de 1% do orçamento. Mas manter as migalhas do abono de família isso já não ? Nada de despesismos, que estamos em crise. É isso ? Se o Eduardo Catrógada considera a passada sexta-feira o ponto alto da sua vida, imagino a má-vida que tem levado.
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