O problema da literatura tem ocupado quantidades de tempo da minha vida, inacreditavelmente disponíveis, para fazer alarde de erudição às cavalitas de um conhecido bloger, o que não tem sido suficiente para resolver esta questão base: como integrar qualquer esforço de dignificação de uma actividade na qual Luísa Castelo-Branco já vai na 4ª edição do seu último produto? Claro que os mais experientes enconstam-se à coluna canelada do templo e recomendam, com um ar profundo de sacerdote já muito baralhado pelos incensos dos ritos públicos, que me agarre ao trabalho do texto como o náufrago ao mastro flutuante. O problema é que entretanto estes eventos (e outros que me escuso de contar) vão fazendo o seu trabalho de minhoca, decompondo os restos mortais de motivação que ainda me assistiam. Se optar por dar importância ao que diz o gravador maluco, William Blake, a minhoca cortada em dois perdoa ao arado. Como não sou Blake resta-m ser uma minhoca erudita, o que não é pouco, com todo o respeito pelos escaravelhos.
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